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Estado de Minas MINISTRO DE LULA

Padilha quer PL, sigla de Bolsonaro, em cargos nos estados

Ministro de Lula acena para a entrada de setores do PL, partido de Jair Bolsonaro, em cargos de segundo escal�o e nos estados


29/07/2023 11:10 - atualizado 29/07/2023 11:29
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Alexandre Padilha
Segundo Alexandre Padilha, o presidente Lula (PT) tamb�m pretende consolidar a entrada no governo de PP e Republicanos e definir os espa�os que eles v�o ocupar no minist�rio (foto: Fernando Fraz�o/Ag�ncia Brasil)
Respons�vel pela articula��o pol�tica do governo, o ministro Alexandre Padilha (Secretaria de Rela��es Institucionais) avalia que o Planalto saiu vitorioso nos seis primeiros meses na rela��o com os presidentes da C�mara e do Senado. Ele diz que agora � preciso aprimorar a base de apoio no Congresso, at� ent�o vol�til.

 

Segundo ele, o presidente Lula (PT) pretende consolidar a entrada no governo de PP e Republicanos e definir os espa�os que eles v�o ocupar no minist�rio. Em entrevista � Folha de S. Paulo, Padilha acena ainda para a entrada de setores do PL --partido de Jair Bolsonaro-- em cargos de segundo escal�o e nos estados.

 

Padilha recha�a que essas negocia��es por cargos sejam "toma l�, d� c�" e tamb�m afirma ser leg�timo que parlamentares possam influenciar no destino de emendas e outras verbas do governo.

 

Qual a sua avalia��o sobre a articula��o no primeiro semestre?

N�s conseguimos aprovar todas as cinco prioridades. S�o como as cinco pontas da estrela do PT. A primeira era conseguir garantir presidentes da C�mara e do Senado que se comprometeram e foram decisivos para estancar o golpe de 8 de janeiro. Conseguimos reestruturar dezenas de medidas provis�rias feitas pelo Bolsonaro para que n�o gerassem pauta-bomba nem perpetuar l�gicas terraplanistas do governo anterior. A terceira prioridade foi reorganizar o Or�amento com a PEC da Transi��o. A quarta ponta foi recriar os programas sociais. A quinta foi aprovar o marco fiscal e a reforma tribut�ria.

 

E qual a previs�o para o segundo semestre?

Concluir o que resta da Reforma Tribut�ria. Estou otimista que vamos at� o final do ano ter conclu�do, nas duas Casas, pelo menos a parte constitucional da Reforma Tribut�ria. Tamb�m temos que consolidar a presen�a da frente pol�tica dentro do governo, saudando a possibilidade de parlamentares que representam bancadas de partidos que tiveram compromisso conosco para que eles possam participar do governo.

 

Isso inclui o PP e Republicanos?

Sim. As bancadas desses partidos ofereceram, indicaram diretamente a mim e ao presidente Lula, a possibilidade de terem parlamentares compondo o governo, o primeiro escal�o. Mas estou falando tamb�m de outros partidos, de outras bancadas que n�o necessariamente oferecem parlamentares no sentido de compor o primeiro escal�o, mas que t�m disposi��o, seja nos estados, seja em outros espa�os, de compor o governo. Temos toda a inten��o de ter essas bancadas junto conosco.

 

 

O senhor se refere ao PL?

No caso do PL, n�s temos um conjunto de parlamentares que, at� por afinidade nos seus estados, por posicionamento de n�o passar pano para os atos terroristas no dia 8 de janeiro, por ter votado tanto a Reforma Tribut�ria quanto o marco fiscal e a retomada dos programas sociais. E temos todo o interesse em interagir, sobretudo nos estados, com a participa��o deles no governo.

 

Essas negocia��es podem ser consideradas como um 'toma l�, d� c�'?

Eu vejo como uma consolida��o de uma frente pol�tica que j� se expressou desde a PEC da Transi��o. N�o tinha nem governo, n�o tinha nem cargo, n�o tinha nem minist�rio e essas for�as pol�ticas j� contribu�ram. Depois, esse grupo foi decisivo e firme no dia 8 de janeiro.

 

O governo recebeu cr�ticas de parlamentares e tamb�m teve derrotas no Congresso, como a instala��o da CPI do MST e a nos decretos de saneamento. E agora trocas no minist�rio com menos de oito meses. Houve falha na articula��o pol�tica?

� muito raro um time ser campe�o invicto no campeonato. � uma situa��o excepcional. Num campeonato voc� ganha, voc� empata, voc� perde dentro de casa, voc� perde fora de casa, mas voc� n�o pode perder a final. No segundo semestre, vamos buscar aprimorar.

 

Isso � um aprimoramento ou � uma necessidade para ter vit�rias no Parlamento?

� um aprimoramento para consolidar essa frente.

 

Legendas como MDB, Uni�o Brasil e PSD j� receberam 3 minist�rios cada. O governo errou na escolha e na distribui��o dos minist�rios?

A composi��o na largada foi adequada para aquele momento pol�tico e nos ajudou a ganhar essa etapa do campeonato.

 

Vai ser um minist�rio para o PP e um para o Republicanos?

N�o est� definido isso. Essas duas bancadas indicaram um deputado cada. Essas defini��es v�o se configurar a partir do retorno do mundo pol�tico a Bras�lia, a partir de agosto. O que tem certo � a disposi��o do presidente de incorporar essas duas for�as pol�ticas que representam bancadas da C�mara.

 

Os indicados foram Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) e Andr� Fufuca (PP-MA)? H� obje��es a eles no governo?

N�o. Nenhuma obje��o por parte do governo, do presidente Lula, a esses nomes.

 

Qual � o n�mero da base?

Nossa rela��o [com o Congresso] n�o � [de] contar gado. Nossa rela��o � o encontro de agenda pol�tica de temas priorit�rios e de aprova��o. Tem coisa que a gente precisa de mais de 308 votos para aprovar e a gente vai construir essa base, como n�s fizemos nesse primeiro semestre.

 

Quais minist�rios est�o realmente blindados?

O presidente j� falou de algumas situa��es espec�ficas que s�o minist�rios que n�o foram compostos por for�as pol�ticas partid�rias. Ele citou o exemplo da Sa�de. Mas n�o tem nenhuma defini��o do presidente sobre a reorganiza��o, quais minist�rios ele pretende discutir.

 

 

Na reforma, pode haver redu��o no n�mero de mulheres, que na verdade j� n�o � t�o alto.

Pelo contr�rio, o esfor�o do presidente Lula tem sido sempre de ampliar a presen�a e a participa��o de mulheres no governo e vai continuar sendo isso.

 

Qual � a chance de PP ou Republicanos assumir o Minist�rio do Desenvolvimento Social?

N�o tem esse debate ainda, s� deve come�ar a partir de agosto, quando Lula se reunir com as lideran�as partid�rias. O que ele deixou muito claro, mais de uma vez, � que � um minist�rio que faz parte do cora��o do governo.

 

  • Lula sobre minist�rio que coordena Bolsa Fam�lia: '� meu, n�o sai'

 

Quando candidato, Lula criticava o poder excessivo do Arthur Lira, mas o que a gente v� ainda � uma depend�ncia grande dele. Por que n�o conseguiram mudar isso?

Com essa rela��o que n�s temos tanto com o presidente Lira, quanto com o presidente Pacheco, n�s aprovamos aquilo que era necess�rio aprovar para o pa�s. Fomos vitoriosos nesse primeiro semestre. Construindo uma nova rela��o, de di�logo, �s vezes de media��es, conseguindo aprovar aquilo que era priorit�rio para n�s.

 

Lira ainda exerce muita influ�ncia sobre as emendas, apesar de as emendas de relator n�o existirem mais. Na pr�tica, ele mant�m o controle sobre as emendas que passaram para recursos de minist�rios, as chamadas verbas extras?

N�o, pelo contr�rio, houve uma mudan�a profunda em rela��o a isso. Voc� teve um aumento das emendas impositivas, com um calend�rio pr�-definido. �s vezes voc� pode ter uma coincid�ncia de uma vota��o acontecer naquela semana onde estava programado o empenho para determinada emenda.

 

Agora, at� porque eu sou deputado eleito, sei o quanto que muitas vezes o parlamentar conhece uma realidade local, um tema, �s vezes melhor do que um t�cnico de um determinado minist�rio. � um governo [que] a gente orienta sim os minist�rios, que estejam abertos a ouvir propostas, a receber proposta dos parlamentares, de presidentes de comiss�o.

 

Sobre o que era emenda de relator e virou recursos dos minist�rios, o governo pretende divulgar os benefici�rios?

Voc� est� falando de uma coisa que n�o � emenda. Agora, os minist�rios sempre t�m que perseguir como melhorar a transpar�ncia.

 

O Planalto deve apoiar algum candidato na sucess�o de Lira e Pacheco?

Nem o presidente Arthur Lira nem quem pretende vir a ser presidente da C�mara querem antecipar essa discuss�o. N�o � o Planalto que vai antecipar nem interferir nessa discuss�o. N�s, em nenhum momento, cometeremos erros que outros governos j� cometeram de entrar numa discuss�o que � uma constru��o feita pela Casa. � o mesmo debate para o Senado.

 


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