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Estado de Minas ARRECADA��O

Munic�pios mineiros fazem paralisa��o por reajuste no FPM

Associa��o Mineira dos Municipios (AMM) organiza o movimento orientando que as prefeituras mantenham os servi�os essenciais


29/08/2023 16:00 - atualizado 29/08/2023 18:09
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Sede da prefeitura de Coronel Fabriciano
Coronel Fabriciano, por exemplo, aderiu ao movimento e decretou ponto facultativo (foto: Prefeitura de Coronel Fabriciano/Reprodu��o)
Prefeituras de Minas Gerais est�o anunciando que v�o fechar as portas nesta quarta-feira (30/8). Os munic�pios protestam contra a perda de arrecada��o proveniente do Fundo de Participa��o dos Munic�pios (FPM), que estaria sendo afetado por decis�es tomadas pelo Governo Federal e pelo Congresso Nacional, como a eleva��o na faixa de isen��o do Imposto de Renda (IR) e com o aumento das despesas em custeio e pessoal, provenientes de uma s�rie de reajustes aprovados neste ano.

A Associa��o Mineira dos Munic�pios (AMM) orienta que, caso as prefeituras decidam fazer a paralisa��o, elaborem um decreto estabelecendo o ponto facultativo na administra��o p�blica sem interromper servi�os essenciais, como as Unidades B�sicas de Sa�de (UBS) e Unidades de Pronto Atendimento (UPA).

O presidente da AMM e prefeito de Coronel Fabriciano, na regi�o do Vale do A�o, Marcos Vin�cius (sem partido), pontua que os gestores federais em Bras�lia precisam entender as demandas que v�m sendo apresentadas em conjunto com os movimentos municipalistas. 

 “A paralisa��o serve para alertar nossos legisladores que os nossos munic�pios est�o sendo prejudicados. A nossa popula��o come�a a sofrer e demiss�es j� est�o acontecendo. Ent�o os nossos deputados e senadores precisam tomar uma provid�ncia urgentemente”, disse.

Segundo o gestor, o foco da paralisa��o � a aprova��o da Proposta de Emenda � Constitui��o (PEC) 25/2022, de autoria do deputado Hildo Rocha (MDB-MA), que estabelece um adicional de 1,5% na entrega de recursos ao FPM, uma transfer�ncia constitucional da Uni�o para os Estados e o Distrito Federal, composto por 22,5% das arrecada��es do Imposto de Renda (IR) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). O repasse aos munic�pios � feito de acordo com o n�mero de habitantes.

Por�m, medidas como o aumento na faixa de isen��o do Imposto de Renda (IR), contemplando quem recebe at� dois sal�rios m�nimos (R$ 2.640), e o aumento na despesa com os reajustes da Educa��o e Enfermagem revelam a necessidade de readequa��o no FPM, segundo a AMM. “Queremos de imediato esse 1,5% e que parem de criar despesas para os munic�pios do Brasil”, completou Marcos Vin�cius.

Despesas

Um estudo da Confedera��o Nacional de Munic�pios (CNM) revela que o fundo municipal apresentou um crescimento nos recursos na ordem de 9% no primeiro semestre de 2023, se comparado com o mesmo per�odo em 2022. No entanto, o crescimento das despesas em 24% fez com que mais da metade das prefeituras do Brasil apresentassem um d�ficit no resultado prim�rio das contas.

O levantamento demonstra que as principais despesas est�o distribu�das no Custeio do munic�pio (44%) e no Pessoal (41%), impulsionadas pelo reajuste do piso da educa��o e da enfermagem. Por outro lado, enquanto o FPM � a principal receita de 7 em cada 10 munic�pios do pa�s, o aumento de 1,5% dos recursos do fundo significaria um aumento dos repasses em R$ 11 bilh�es. 

Minas Gerais, que tem hoje 309 munic�pios em situa��o deficit�ria, por exemplo, receberia um adicional de R$ 1,4 bilh�o. No primeiro semestre a arrecada��o com o FPM no estado ficou na casa dos R$ 8 bilh�es.

Nesta quarta-feira ocorre o �ltimo repasse do FPM do m�s de agosto, previsto entre R$ 3 e 3,7 bilh�es, uma redu��o de quase 8% no fechamento do m�s, segundo levantamento da CNM. “Entre janeiro e agosto, o FPM somou R$ 121 bilh�es. Ao desconsiderar o comportamento da infla��o, o FPM acumulado em 2023 apresenta queda de 0,13%", destaca a pesquisa da confedera��o.

Atualmente a PEC 25/2022 tramita apensada � PEC 231/2019, de autoria dos deputados federais Pedro Uczai (PT-SC) e Reginaldo Lopes (PT-MG), j� tendo recebido parecer pela admissibilidade na Comiss�o de Constitui��o e Justi�a e de Cidadania (CCJC).  Se aprovada, uma comiss�o especial deve ser criada para debater e aprimorar o m�rito do texto, que recebendo o aval dos seus membros vai a plen�rio primeiro na C�mara, sendo necess�rios 308 votos favor�veis em dois turnos. E depois segue para o Senado, precisando de 49 votos dos parlamentares.


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