
Um dos alvos de busca � Luanna Resende, irm� de Juscelino, e prefeita de Vitorino Freire, no Maranh�o. Ela tamb�m foi afastada do cargo por decis�o de Barroso.
A investiga��o mira obras da construtora Construservice contratadas pela Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do S�o Francisco e do Parna�ba) e bancadas com dinheiro de emendas parlamentares, algumas delas enviadas por Juscelino Filho.
A Pol�cia Federal chegou a pedir para entrar no apartamento funcional do ministro e apreender equipamentos. A Folha de S.Paulo apurou que Barroso apenas deferiu medidas contra pessoas que considerou que havia elementos e ind�cios de crime.
No caso de Juscelino, as investiga��es apontavam apenas apresenta��es de emendas, o que n�o � crime. Por esse entendimento de que n�o havia elementos que incriminavam o ministro, Barroso negou o pedido de buscas contra ele.
Isso n�o descarta a possibilidade de, a depender do fluxo da investiga��o e da an�lise das provas, eventuais medidas que envolvam Juscelino no futuro. Reportagens da Folha de S.Paulo publicadas no ano passado deram f�lego � opera��o que agora chega � terceira fase.
Os investigadores usaram as apura��es do jornal que revelaram que a Construservice havia obtido a vice-lideran�a em licita��es da Codevasf apesar dos ind�cios de crimes contra o seu suposto dono de fato, o empres�rio Eduardo Jos� Costa Barros.
A opera��o foi batizada de Benesse e, segundo a PF, mira a desarticula��o de uma organiza��o criminosa estruturada para "promover fraudes licitat�rias, desvio de recursos p�blicos e lavagem de dinheiro, envolvendo verbas federais" da Codevasf.
S�o cumpridos 12 mandados de busca e apreens�o nos munic�pios de S�o Lu�s, Vitorino Freire e Bacabal, todos no Maranh�o. A investiga��o, iniciada em 2021, teve a sua primeira fase deflagrada em julho de 2022 e a segunda em outubro do ano passado.
A fase atual, segundo a PF, "alcan�a o n�cleo p�blico da organiza��o criminosa, ap�s se rastrear a indica��o e o desvio de emendas parlamentares destinadas � pavimenta��o asf�ltica de um munic�pio maranhense".
Se confirmadas as suspeitas, segue a nota da Pol�cia Federal, "os investigados poder�o responder por fraude a licita��o, lavagem de capitais, organiza��o criminosa, peculato, corrup��o ativa e corrup��o passiva".
Um dos principais alvo da investiga��o � o empres�rio Eduardo Jos� Barros Costa, s�cio oculto da Construservice. Ele foi preso nas primeiras fases da investiga��o. As informa��es coletadas nas primeiras fases aponta que a pol�cia avalia que Costa tinha f�cil acesso � c�pula da estatal.
Tamb�m suspeita que as licita��es da companhia podem ser apenas meios de formalizar o direcionamento da verba � empreiteira. Isso porque, na leitura dos investigadores, empresas de fachada e ligadas a Costa disputaram algumas das obras entregues para a Construservice. Os agentes da PF levantaram ind�cios de que o grupo de Costa atuava com seis empresas de fachada e seis laranjas.
