
Na reuni�o bilateral, Lula defendeu que o encontro � um 'momento hist�rico exemplar', disse esperar que rela��o Brasil-EUA seja aperfei�oada e apontou que ambos os pa�ses devem se comportar como amigos.
"Espero que a rela��o Estados Unidos e Brasil seja aperfei�oada e que a gente se trate e se comporte como amigos em busca de um objetivo comum: desenvolvimento e melhoria de vida do povo", apontou.
O petista tamb�m fez afagos a Biden, afirmando que o mesmo � o presidente americano que mais defende os interesses dos trabalhadores.
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"Acompanhei o seu discurso de posse e outros tamb�m e eu nunca tinha visto um presidente americano falar tanto e t�o bem dos trabalhadores como o senhor falou. Isso foi referendado para mim pelas centrais sindicais italianas, americanas e eles afirmaram que era o presidente que mais defendia os interesses dos trabalhadores. E essa � uma combina��o perfeita porque eu venho do mundo do trabalho e eu acho que o trabalho est� muito precarizado, o sal�rio est� muito aviltado. Cada vez mais os trabalhadores trabalham mais e ganham menos. E essa sua ideia de apresentar uma proposta que come�a a ser discutida e poder� ir at� o G20 � muito importante para o Brasil, para os EUA e para o mundo".
"� uma satisfa��o ter um encontro com o governo dos Estados Unidos para falar dessa parceria na defesa dos direitos trabalhistas. Um momento da geopol�tica em que as oportunidades est�o se fechando e os setores extremistas tentam interditar as portas do debate pol�tico.
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Essa � uma iniciativa de um plano de trabalho para que a gente possa oferecer aos nossos jovens uma proposta de trabalho digno. Em um momento de sal�rios baixos e precarizados. � uma iniciativa muito importante para o mundo", pontuou.
Citando 'a volta da democracia no Brasil' em alus�o ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Lula destacou ter recomposto alian�as pol�ticas e citou a agenda futura do Brasil que ser� anfitri�o do Brics, do G20 e da COP 30.
"H� uma coisa muito importante que est� acontecendo nesse instante pol�tico no mundo. N�s voltamos a democracia no Brasil, recompusemos todas as alian�as pol�ticas que t�nhamos que construir, vamos presidir o Brics em 2025, vamos fazer o G20 em 2024, vamos fazer a COP 30 em 2025 e tudo isso a gente pode fazer compartilhado com o governo americano. Ent�o � muito importante que a gente possa trabalhar junto".
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"� muito importante que os Estados Unidos veja o que est� acontecendo no Brasil nesse momento hist�rico de transi��o ecol�gica de mudan�a de matriz energ�tica, o potencial que nosso pa�s tem de investimento e�lico, em biomassa, biodiesel, em etanol, hidrog�nio verde. Ou seja, � uma perspectiva de trabalho conjunto excepcional entre Brasil e EUA", acrescentou.
E reiterou que o encontro com Biden � mais que uma bilateral e simboliza "o renascer de um novo tempo na rela��o EUA e Brasil" e "um momento de ouro".
"Uma rela��o de iguais, uma rela��o soberana, mas uma rela��o de interesses comuns em benef�cio do povo trabalhador do seu pa�s e do meu. � um momento de ouro para n�s. As oportunidade que est�o colocadas o despertar de um sonhos para os meninos de 18 anos, essa juventude que n�o tem perspectiva".
"Acho que esse gesto nosso pode ser uma esperan�a para que as pessoas comecem a acreditar que realmente � poss�vel criar um outro mundo. Um mundo mais justo, mais fraterno e solid�rio em que a humanidade volte a ser humanista. No Brasil, a gente costuma dizer que � preciso fazer com que a esperan�a ven�a o medo. Esse gesto � um despertar de esperan�a para milh�es e milh�es de brasileiros e americanos que precisam ter a oportunidade de vencer na vida, de trabalhar", continuou.
Lula disse ainda que ao olhar a geopol�tica mundial "a democracia cada vez mais corre mais perigo" por conta da nega��o da pol�tica que tem feito com que setores extremistas assumam posi��es de destaque, citando como exemplo o Brasil e Argentina.
"Acho que � um momento hist�rico exemplar. Quando olhamos a geopol�tica do mundo, percebemos que as oportunidades est�o cada vez se fechando e a democracia cada vez mais corre mais perigo porque a nega��o da pol�tica tem feito com que setores extremistas tentem ocupar o espa�o, em fun��o da nega��o da pol�tica no mundo inteiro. Isso j� aconteceu no Brasil, est� acontecendo na Argentina e tem acontecido em v�rios outros pa�ses", emendou.
O chefe do Executivo brasileiro tamb�m falou sobre desigualdade no mundo.
"Sempre estamos tentando convencer as pessoas que, quanto menos pobre existir na humanidade, melhor ainda ser� para os ricos. A pobreza e a desigualdade n�o interessam a ningu�m", concluiu.
Ucr�nia
Lula ainda ter� seu primeiro encontro presencial com o presidente da Ucr�nia, Volodymyr Zelensky. Em mar�o, os l�deres chegaram a conversar por telefone. J� em maio, ensaiaram um encontro durante a c�pula do G7 no Jap�o, mas ap�s problemas de agendas, a conversa n�o ocorreu. Na �poca, o governo brasileiro alegou ter oferecido dois hor�rios para o l�der ucraniano, mas ele n�o compareceu.
J� a Ucr�nia, alegou que a equipe de Lula demorou a responder sobre a disponibilidade para o encontro e quando respondeu, Zelensky j� tinha outros compromissos. Ap�s o desencontro, Zelensky teceu declara��es pol�micas, como quando disse que Lula repetiu as falas do presidente russo, Vladimir Putin.
O encontro entre ambos ocorre tamb�m ap�s Lula ter dito que Putin n�o seria preso se viesse ao Brasil para a reuni�o do G20, embora tenha uma ordem de pris�o por crimes de guerra no Tribunal Penal Internacional (TPI), do qual o Brasil � signat�rio. Depois, o presidente recuou da declara��o, mas afirmou n�o saber qual a serventia do TPI e que estudaria a raz�o pela qual o pa�s assinou o tratado.
Por outro lado, Lula tem defendido a cria��o do que chama de "clube da paz", que negocie o fim da guerra no Leste europeu que j� dura um ano e meio. O presidente brasileiro retorna ao Brasil na noite desta quarta-feira (21/9).