
O Brasil � o primeiro a discursar na Assembleia desde 1947, quando o diplomata Osvaldo Aranha presidiu a primeira sess�o da ONU, reuni�o em que foi aprovada a cria��o do Estado de Israel. Lula discursou na tribuna da sede em Nova York, pela oitava vez, a primeira ap�s 14 anos.
O presidente falou para uma plateia composta por presidentes e outras autoridades estrangeiras por 21 minutos, sendo aplaudido at� em momentos que poderiam ser delicados, quando defendeu o fim do embargo econ�mico a Cuba.
“O Brasil seguir� denunciando medidas tomadas sem amparo na Carta da ONU, como o embargo econ�mico e financeiro imposto a Cuba e a tentativa de classificar esse pa�s como Estado patrocinador de terrorismo. Continuaremos cr�ticos a toda tentativa de dividir o mundo em zonas de influ�ncia e de reeditar a Guerra Fria", disse.
Lula tamb�m foi aplaudido quando falou da “volta do Brasil” e a reconstru��o do pa�s “soberano, justo, sustent�vel, solid�rio, generoso e alegre”. O presidente tamb�m recebeu aprova��o de seus pares ao dizer que era preciso incluir os pobres nos or�amentos e alcan�ar a igualdade racial.
O discurso sobre igualdade de g�nero e combate � extrema-direita tamb�m recebeu louvores. Lula lembrou que foi aprovado no Brasil uma lei que obriga a igualdade salarial entre homens e mulheres que ocupam a mesma fun��o e tamb�m citou o extremismo como um agravante da desigualdade econ�mica. “Muitos sucumbiram � tenta��o de substituir um neoliberalismo falido por um nacionalismo primitivo, conservador e autorit�rio", criticou.
Por fim, o discurso ambiental, o mais esperado na fala de Lula, tamb�m foi ovacionado quando o presidente citou a redu��o do desmatamento nos �ltimos meses. De acordo com o petista, o pa�s est� na "vanguarda da transi��o energ�tica", e lembrou que a matriz � uma das mais limpas do mundo. "87% da nossa energia el�trica prov�m de fontes limpas e renov�veis. A gera��o de energia solar, e�lica, biomassa, etanol e biodiesel cresce a cada ano", comentou.