
O petista assumiu o comando do bloco em julho. O mandato dura seis meses.
Os mandat�rios se encontraram nesta ter�a-feira (19/9) em Nova York �s margens da Assembleia-Geral das Na��es Unidas. A reuni�o ocorreu no hotel em que Lula est� hospedado -o presidente tem evitado se deslocar em raz�o das dores.
Acompanharam o petista no encontro os ministros Mauro Vieira (Rela��es Exteriores), Margareth Menezes (Cultura), Esther Dweck (Gest�o), Marina Silva (Meio Ambiente) e Paulo Pimenta (Comunica��es).
Outros temas da reuni�o foram a Guerra da Ucr�nia e preserva��o do ambiente.
O encontro � uma das cinco bilaterais que Lula tem nesta ter�a. Pela manh�, ele se encontrou com o secret�rio-geral da ONU, Ant�nio Guterres, antes de discursar na abertura da Assembleia-Geral.
� tarde, ele teve uma reuni�o com o presidente da �ustria, Alexander van der Bellen. Os dois falaram sobre a COP30, que ser� realizada ocorre em Bel�m, transi��o energ�tica e industrializa��o verde -temas que v�m sendo enfatizados tamb�m pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que acompanha o Lula em sua viagem a Nova York.
Lula tamb�m falou com o austr�aco sobre a iniciativa sobre biocombust�veis lan�ada por Brasil, �ndia e Estados Unidos durante o encontro do G20 no m�s passado.
O petista ainda convidou van der Bellen para visitar o Brasil junto com uma comitiva empresarial.
Depois do encontro com Scholz, Lula se re�ne com o primeiro-ministro da Noruega, Jonas Gahr Store, e com o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas.
Nesta quarta (20/9), acontece o principal encontro bilateral na agenda do petista, com o presidente americano, Joe Biden. Haddad deve acompanhar Lula no encontro com o americano.
Os dois v�o lan�ar em conjunto uma iniciativa sobre trabalho decente no s�culo 21. Temas como precariza��o do trabalho, representa��o sindical e aplicativos est�o entre os temas que ser�o abordados. No evento, tamb�m estar�o presentes lideran�as sindicais brasileiras e americanas, assim como o ministro do Trabalho, Luiz Marinho.
Depois, Lula se encontra com o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, com o diretor da OMS (Organiza��o Mundial da Sa�de), Tedros Adhanom Ghebreyesus, e com o presidente do Paraguai, Santiago Pe�a.
Discurso
Em seu discurso nesta ter�a, o petista retomou temas que j� perpassaram seus discursos, como combate � desigualdade e � fome. No entanto, ele foi mais incisivo em suas cr�ticas ao sistema internacional, e cobrou os demais pa�ses para agir.
"� preciso, antes de tudo, vencer a resigna��o que nos faz aceitar tamanha injusti�a como fen�meno natural. Para vencer a desigualdade, falta vontade pol�tica daqueles que governam o mundo", afirmou.
Um dos alvos da cr�tica de Lula foi o FMI (Fundo Monet�rio Internacional). O presidente apontou que a institui��o emprestou no ano passado US$ 160 bilh�es a pa�ses europeus e apenas US$ 34 bilh�es para africanos.
O presidente atacou a representa��o desigual do fundo e do Banco Mundial, em que pa�ses que contribuem com mais recursos t�m maior peso de voto. Para Lula, isso � "inaceit�vel".
Com a fala, o petista refor�a a press�o por uma reforma dessas institui��es. A bandeira foi abra�ada tamb�m pelos Estados Unidos, que veem nelas um instrumento para competir com a China -o gigante asi�tico tem usado financiamento a pa�ses em desenvolvimento como forma de obter influ�ncia sobre eles.
Lula enfatizou a emerg�ncia de outros espa�os multilaterais para al�m da ONU, pano de fundo de uma confer�ncia esvaziada neste ano em Nova York.
"O Brics surgiu na esteira desse imobilismo e constitui uma plataforma estrat�gica para promover a coopera��o entre pa�ses emergentes. A amplia��o recente do grupo na C�pula de Joanesburgo fortalece a luta por uma ordem que acomode a pluralidade econ�mica, geogr�fica e pol�tica do s�culo 21."
O petista criticou ainda da OMC (Organiza��o Mundial do Com�rcio), em sua vis�o paralisada diante do protecionismo dos pa�ses ricos.