
Caporezzo alega que a confus�o surgiu devido ao uso da Comiss�o pelas deputadas para realizar uma manifesta��o pol�tica sobre um v�deo que ele havia publicado. O v�deo questionava o uso de escolta armada pela deputada Bella durante um pagode tomando cerveja. Pela manh�, a sess�o extraordin�ria da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) foi interrompida a pedido do l�der da oposi��o, Ulysses Gomes (PT), em respeito � parlamentar, devido a essa quest�o.
Segundo o relato do deputado, ele se sentiu ofendido por ter sido chamado de "covarde" pelas deputadas, simplesmente por solicitar tempo de fala na Comiss�o. Ao perceber a ofensa, ele retornou ao Plen�rio. "Elas perceberam que era desfavor�vel a imagem da deputada Bella estar em um pagode em um boteco com escolta armada. Isso gerou m� impress�o", afirmou.
Ao regressar ao Plen�rio, Caporezzo afirma que um assessor da deputada Bella colocou o p� � sua frente na tentativa de faz�-lo trope�ar e come�ou a proferir palavras ofensivas contra ele. O deputado registrou um Boletim de Ocorr�ncia contra o assessor e as parlamentares.
Segundo Bella, o deputado foi o autor das amea�as. Em conversa com a reportagem, a deputada disse que nem ao menos conseguiu ver o v�deo publicado pelo parlamentar de tanto que se sentiu amea�ada.
“N�s estamos diante de amea�as de morte que chegam todas as semanas para n�s. Por isso temos uma determina��o do governo de sermos escoltadas 24 horas – e 24 horas significam 24 horas. Eu n�o estava no meu hor�rio de servi�o, eu trabalhei o fim de semana inteiro. Se voc� for olhar nos stories (nas redes sociais), voc� vai ver que eu acordei de manh� cedinho para estar numa ocupa��o urbana, discutindo o direito das crian�as. Agora, eu tamb�m tenho direito aos meus momentos de prazer", disse a parlamentar do Psol.
Segundo Bella, Caporezzo diz que ela � contra a pol�cia, mas ela vem defendendo a categoria na ALMG. "Ontem (segunda-feira) eu fiquei at� as 21h lutando pelo direito dos policiais e a carreira dos servidores p�blicos. Ele fala que n�s n�o importamos com as mulheres em situa��o de viol�ncia. Sou autora de uma lei no munic�pio que cria moradia para mulheres em situa��o de viol�ncia", seguiu. “O irm�o da (deputada federal do Psol-SP) Samia foi morto em um bar. A (vereadora do Psol-Rio) Marielle Franco foi morta indo para casa. Eu serei a pr�xima?”, questiona.
Persegui��es em Minas
Em Minas Gerais, pelo menos seis parlamentares j� receberam amea�as an�nimas de estupro corretivo. S�o elas: as deputadas estaduais Bella e Lohana e as vereadoras Iza Louren�a (PSOL-Belo Horizonte), Cida Falabella (PSOL-Belo Horizonte), Claudia Guerra (PDT-Ubel�ndia) e Amanda Gondim (PDT-Uberl�ndia).