
O caso foi registrado como les�o corporal, inj�ria, amea�a e viol�ncia dom�stica. Segundo Betina, Da Cunha tamb�m a amea�ou de morte. "Vou te matar e matar sua m�e", teria dito o deputado federal.
A v�tima alega que teve objetos danificados pelo r�u, como roupas, �culos e cal�ados. Por isso, o juiz solicitou que ela entregue os itens para que sejam periciados. Tamb�m foram mantidas as medidas protetivas de urg�ncia solicitadas por Betina.
O magistrado, contudo, negou o pedido para que fossem apreendidas as armas de fogo do acusado e argumentou que o r�u � delegado de pol�cia e deputado federal, "seu direito de possuir e portar armas de fogo est� intimamente ligado � necessidade de sua autodefesa".
O juiz disse tamb�m que n�o h� not�cia de que as agress�es narradas na den�ncia tenham sido praticadas com emprego de arma de fogo. A reportagem tentou contato com o deputado federal por mensagens de texto e liga��o, mas ele n�o respondeu.
Uma das advogadas de Betina, Gabriela Manssur, disse lamentar a decis�o do juiz de negar a apreens�o das armas de Da Cunha.
"Existe legisla��o espec�fica, como a medida protetiva de urg�ncia prevista na Lei Maria da Penha, que prev� a suspens�o da posse ou restri��o do porte de armas em caso de viol�ncia dom�stica", diz Manssur.
Segundo a advogada, "a exist�ncia de arma de fogo em situa��o de viol�ncia dom�stica pode dar causa � ocorr�ncia de crime mais grave".
Esta � segunda vez que o delegado � suspeito de viol�ncia dom�stica. Em 2016, a ent�o mulher de Da Cunha registrou boletim de ocorr�ncia relatando amea�as. Em dezembro daquele ano, a advogada Camila Rezende da Cunha tamb�m procurou a pol�cia para tentar, segundo ela, colocar fim a um hist�rico de viol�ncia dom�stica. A decis�o foi tomada, ela diz, ap�s o marido amea��-la em um restaurante, na frente do filho que � �poca tinha tr�s anos.
"Olha bem no meu olho. Se voc� pedir para eu falar baixo mais uma vez eu vou dar um tiro no meio da sua testa", teria dito ele, conforme registrado na pol�cia.