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Estado de Minas Sa�de

Pandemia influenciou doa��o de medula �ssea; ABTO aponta queda de 20%

Com diminui��o no n�mero de doadores cadastrados no Redome, Semana de Mobiliza��o Nacional para Doa��o de Medula �ssea visa conscientizar novos doadores


11/12/2020 13:32 - atualizado 11/12/2020 15:15

Cerca de 10 ml de sangue do candidato a doador é retirado para análise de compatibilidade quando ele se candidata a voluntário
Cerca de 10 ml de sangue do candidato a doador � retirado para an�lise de compatibilidade quando ele se candidata a volunt�rio (foto: Pixabay)

O Brasil tem o terceiro maior banco de doadores de medula �ssea do mundo, com cerca de quatro milh�es de pessoas cadastradas no Registro Nacional de Doadores de Medula �ssea (Redome). Destes, mais de 520 mil est�o cadastrados em Minas Gerais.

Por�m, al�m das pequenas chances de encontrar um doador compat�vel – uma em 500 mil –, a pandemia influenciou, e muito, na queda de doa��es. 

De acordo com a Associa��o Brasileira de Transplante de �rg�os (ABTO), entre janeiro e junho, o n�mero de transplantes de medula �ssea realizados diminuiu quase 20% em rela��o ao mesmo per�odo de 2019.

Al�m disso, os hemocentros registraram queda de 30% na procura por cadastros volunt�rios para a doa��o. 

Segundo o oncologista Bruno Ferrari, fundador e presidente do Conselho de Administra��o do Grupo Oncocl�nicas, os n�meros s�o um reflexo do medo de cont�gio.

“A expectativa � que esse cen�rio mude, mas para isso � fundamental informar a popula��o quanto aos processos e fluxos seguros dentro de hemocentros e hospitais, e conscientizar que a doa��o de medula �ssea � um gesto de solidariedade que pode salvar vidas”, destaca. 

Nesse cen�rio, com o objetivo de conscientizar e esclarecer a sociedade sobre a import�ncia da doa��o e do transplante de medula �ssea, a Semana de Mobiliza��o Nacional para Doa��o de Medula �ssea, realizada anualmeente entre os dias 14 e 21 de dezembro, e estabelecida h� 10 anos, visa ampliar a conscientiza��o acerca do ato.

Neste per�odo, o Redome e os hemocentros do pa�s far�o uma for�a-tarefa por meio de a��es informativas e de cadastro de doadores com o prop�sito de mobilizar os cidad�os. 

“Ter uma semana dedicada a doa��o de medula �ssea, de c�lulas para transplante de medula �ssea, � um fato muito importante, porque sinaliza que isso � um projeto da sociedade como um todo e n�o necessariamente de pequenos grupos e pacientes ou de hospitais e cl�nicas. � um projeto que tem impacto na comunidade inteira. Realmente, � muito importante que ter uma semana dedicada a esse tipo de conscientiza��o”, afirma o hematologista do Grupo Oncocl�nicas, Wellington Azevedo. 

Ainda, para o hematologista, � importante alertar a popula��o sobre a import�ncia da doa��o para milhares de fam�lias, principalmente aquelas que as chances de compatibilidade s�o ainda menores – situa��es nas quais h� um n�mero pequeno de filhos ou mesmo nenhum.

“Por isso, � essencial que continuemos expandindo nosso banco de doadores. E, tamb�m, porque as pessoas envelhecem, deixando de ser eletivas para transplantes. Ent�o, � necess�rio que haja uma reposi��o com pessoas jovens para que esse banco continue”, explica.  
 

Como ser um doador

 

Haja vista a import�ncia de que mais pessoas se solidarizem com a causa e se disponham a ser doadores de medula �ssea, conforme ressaltado pelo hematologista Wellington Azevedo, em Minas Gerais, cerca de 20 hemocentros, sendo tr�s deles localizados na capital do Estado – Belo Horizonte – est�o prontos para receber pacientes doadores. O processo � simples. 
 

"A doa��o de medula � bastante segura e muito necess�ria. Tem sido salvadora. Para se ter ideia, temos recebido medula de diversos pa�ses, assim como as do Brasil v�o para outras na��es. Ent�o, isso � muito importante. O banco de doadores hoje tem um impacto mundial e ultrapassa as fronteiras nacionais."

Wellington Azevedo, hematologista do Grupo Oncocl�nicas

 

Ap�s preencher uma ficha com informa��es pessoais, s�o retirados 10 ml do sangue do candidato a doador a fim de fazer o exame de histocompatibilidade (HLA), que cruza com os dados de pacientes � espera do transplante.

“Os volunt�rios devem manter o cadastro atualizado. Assim, quando houver compatibilidade, o doador ser� contatado”, informa Wellington Azevedo. 

A doa��o de medula �ssea em si � um procedimento de baixo risco e, dependendo de alguns fatores, pode ser realizada pelo sangue perif�rico, por meio de um processo chamado de citaf�rese, ou pela coleta da medula �ssea nas cristas dos ossos il�acos, por procedimento cir�rgico, sob anestesia geral.

“� um processo feito em centro cir�rgico que requer interna��o de 24 horas. Para ser doador � necess�rio ter entre 18 e 60 anos de idade, estar em bom estado geral de sa�de e n�o apresentar doen�a neopl�sica (c�ncer), hematol�gica (do sangue) ou no sistema imunol�gico”, explica o especialista. 

Como � o transplante 


O transplante de medula �ssea � indicado para portadores de doen�as onco-hematol�gicas, como leucemias, s�ndrome mielodispl�sica, linfomas, mieloma m�ltiplo, alguns tumores s�lidos, fal�ncias medulares, imunodefici�ncias cong�nitas, hemoglobinopatias e doen�as autoimunes.  

Wellington Azevedo, hematologista do Grupo Oncoclínicas
Wellington Azevedo, hematologista do Grupo Oncocl�nicas (foto: iNSPIRA/Divulga��o)
Assim, o procedimento de transplante pode ocorrer de duas formas: com c�lulas transplantadas do pr�prio paciente, o chamado m�todo aut�logo, ou com c�lulas doadas por parente ou n�o aparentado, conhecido como alog�nico.

Em caso de transplante alog�nico, o receptor precisa se submeter, antes de receber a doa��o, a quimioterapia. “Dependendo do caso cl�nico, � feita radioterapia no corpo inteiro para tratar a doen�a de base e enfraquecer o sistema imunol�gico para aceitar as c�lulas do doador”, descreve Wellington Azevedo.   

A partir disso, o paciente fica internado em regime de isolamento especial at� que a medula �ssea do doador comece a produzir os gl�bulos brancos, que s�o as c�lulas de defesa do corpo, o que � chamado de “pega” da medula �ssea ou enxertia.

“S� ent�o, e quando o paciente estiver sem infec��es, se alimentando e se hidratando adequadamente, o que pode levar at� 90 dias, ele receber� alta hospitalar”, finaliza o hematologista do Grupo Oncocl�nicas. 

Futuro 

 
Em busca de melhores condi��es de transplante, bem como de n�o haver depend�ncia direta de coletas de volumes consider�veis de c�lulas, Wellington Azevedo tra�a um par�metro para o futuro do procedimento.

“Pode ser que consigamos ter cultura de c�lulas, bem como expandi-las em laborat�rio. Isso ainda � um fato novo, em processo experimental. Por isso, a import�ncia de podermos contar, no presente, com mais doadores.” 

“A doa��o de medula � bastante segura e muito necess�ria. Tem sido salvadora. Para se ter ideia, temos recebido medula de diversos pa�ses, assim como as do Brasil v�o para outras na��es. Ent�o, isso � muito importante. O banco de doadores hoje tem um impacto mundial e ultrapassa as fronteiras nacionais”, justifica. 

*Estagi�ria sob a supervis�o da editora Teresa Caram 


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