
Nada hipnotiza e inebria mais do que o dinheiro. Tanto t�-lo quanto a falta. Ele � fundamental na exist�ncia humana. O problema � quando se desconhece como lidar com ele ou perde-se o controle. Da� a urg�ncia da educa��o financeira para que a sa�de, n�o s� do bolso, mas f�sica, mental e emocional, esteja presente em todas as esferas da vida.
O importante � n�o se tornar ref�m da moeda para n�o cair na armadilha do que disse o fil�sofo grego Arist�teles: “As pessoas se dividem entre aquelas que poupam como se vivessem para sempre e aquelas que gastam como se fossem morrer amanh�”.
O equil�brio � o caminho mais sensato e lucrativo para viver bem, sem desperd�cio e sobressaltos. Sabemos que da escolha da profiss�o � forma de poupar, do valor do tempo at� as escolhas amorosas, quase todos os aspectos da vida s�o sedimentados no poder financeiro.
O importante � n�o se tornar ref�m da moeda para n�o cair na armadilha do que disse o fil�sofo grego Arist�teles: “As pessoas se dividem entre aquelas que poupam como se vivessem para sempre e aquelas que gastam como se fossem morrer amanh�”.
O equil�brio � o caminho mais sensato e lucrativo para viver bem, sem desperd�cio e sobressaltos. Sabemos que da escolha da profiss�o � forma de poupar, do valor do tempo at� as escolhas amorosas, quase todos os aspectos da vida s�o sedimentados no poder financeiro.
A sa�de financeira � essencial para que ningu�m caia no po�o, sem fundo, que a falta de controle pode acarretar. E que pode se tornar uma areia movedi�a de problemas de toda ordem. Diante de uma pandemia, ent�o, � praticamente imposs�vel n�o sentir algum impacto financeiro. Por isso, a import�ncia de, ao longo da vida, ter o h�bito de fazer uma reserva para emerg�ncias ou para se proteger de poss�veis riscos. Claro, para quem tem essa sa�da.
“Na sa�de f�sica, ins�nia, dores de cabe�a e de est�mago. Sa�de mental com desencadeamento de depress�o, ansiedade e pensamentos acelerados. Sa�de emocional com problemas de relacionamento dentro de casa e tamb�m no trabalho. Um juiz da vara de fam�lia me disse que a quest�o financeira � a principal causa de separa��o de casais. E ainda a sa�de profissional com a presen�a do absente�smo, afastamento e principalmente queda na produtividade, al�m de acidentes de trabalho.”
APRENDIZADO
A administradora Rachel Metzker revela que hoje sabe dar valor ao seu dinheiro, mas nem sempre foi assim. Mais jovem, gastava tudo antes mesmo de receber. Depois de um tempo, percebeu que tinha que mudar essa rela��o.
“Demorou um pouco. No meu trabalho, auxiliava minha m�e com o atendimento aos clientes. Ela prestava servi�o de consultoria em finan�as pessoais para pessoas de alta renda. Nessa �poca, pensava que essa 'educa��o' s� cabia a quem ganhava muito dinheiro, mas aos poucos fui encaixando suas sugest�es para mim tamb�m.”
“Demorou um pouco. No meu trabalho, auxiliava minha m�e com o atendimento aos clientes. Ela prestava servi�o de consultoria em finan�as pessoais para pessoas de alta renda. Nessa �poca, pensava que essa 'educa��o' s� cabia a quem ganhava muito dinheiro, mas aos poucos fui encaixando suas sugest�es para mim tamb�m.”
Rachel Metzker enfatiza que, na verdade, n�o sabia o valor do dinheiro. “Pensava assim: aquele celular que quero s�o s� 10 parcelas de R$ 200, d� para pagar. Ent�o, comprava e assim comprava mais e mais. Com esse pensamento, acabei por me endividar diversas vezes e cheguei a ficar com o nome sujo. De certa forma, foi muito bom porque parei de comprar.”
Os trope�os e obst�culos a ensinaram. Agora, Rachel Metzker destaca que a vida financeira � totalmente equilibrada. “Sempre que quero comprar alguma coisa, me pergunto primeiro se realmente preciso. Outra coisa que me faz pensar � fazer o calculo das minhas horas trabalhadas e ver se vale a pena a troca. Essas minhas atitudes j� s�o uma forma de poupar, n�o? Menos consumo, mais dinheiro sobrando.”

Sempre que quero comprar alguma coisa, me pergunto primeiro se realmente preciso. Outra coisa que me faz pensar � fazer o calculo das minhas horas trabalhadas e ver se vale a pena a troca. Essas minhas atitudes j� s�o uma forma de poupar, n�o? Menos consumo, mais dinheiro sobrando
Rachel Metzker, administradora
Rachel Metzker lembra que at� aprendeu a poupar e ter uma reserva financeira: “Por um tempo, acostumei a juntar dinheiro para uma realiza��o pessoal, como viajar, por exemplo. Guardava na poupan�a. Hoje, nem pensar. Poupan�a � uma forma de perder dinheiro, como deixar na conta-corrente, s� favorece ao banco. Hoje, ainda n�o tenho muito para investir, mas tudo que sobra aplico nos meus planos de previd�ncia privada. Optei pelo tipo VGBL, que � a aplica��o mais confort�vel, uma vez que n�o preciso de fazer a gest�o do meu dinheiro. No caso, � a seguradora que aplica no mercado, sem contar que, de tempos em tempos, comparo meus fundos com outros e acabo por conseguir bons resultados.”
Por fim, Rachel Metzker recomenda que todos fa�am a mudan�a e saibam lidar com as finan�as: “Com disciplina, alcancei. J� n�o vivo de sonhos e, sim, de planejamentos. Fiz procedimentos est�ticos que tinha vontade e meu projeto futuro � morar na Austr�lia por um tempo. Para isso, estou ciente de que deverei fazer trocas e n�o sacrif�cios.”
FAZER RENDER
A pandemia, certamente, fez muitas pessoas refletirem sobre a sa�de financeira. H� quem teve perdas, quem economizou e at� quem ganhou mais. Para passar por este caos, administrar o que ganha e gasta � condi��o sine qua non. Economizar deveria ser um compromisso cotidiano, abrir m�o de sup�rfluos, consumir conscientemente e construir um futuro est�vel do ponto de vista financeiro teria de ser a meta de cada um, mesmo para quem n�o tem uma reserva ou consiga fazer.
S� de pensar em economizar ou guardar qualquer valor j� faz a diferen�a. � a melhor atitude a tomar para n�o se tornar dependente ou ref�m do que Karl Marx discutiu em sua obra-prima O capital, de 1867, quando introduziu o conceito do “fetiche da mercadoria”, fen�meno social e psicol�gico em que as mercadorias aparentam ter vontade independente de seus produtores. O produto perde a rela��o com o produtor e parece ganhar vida pr�pria.
Sem querer revelar o nome, uma massoterapeuta e depiladora de 51 anos conta que h� quatro anos vivia completamente descontrolada com o dinheiro: “N�o sabia o que entrava, e o que ganhava, gastava. Aut�noma, n�o separava meus gastos do trabalho e pessoais. Mas h� um ano, depois de acompanhar o Erasmo Vieira, consigo encarar a pandemia, mesmo sem trabalhar nos primeiros meses de 2020, com tranquilidade, sem passar necessidade. Tinha uma reserva e minha vida mudou. S� compro � vista, cancelei cart�es e agora tenho preocupa��o em poupar. Se n�o mudasse, n�o teria nada. Poupar era um sonho. Cheguei a me endividar, era uma fuga psicol�gica, mas agora mudei de vida. Tenho minha reserva e n�o deixo de fazer nada, basta administrar. Fa�o o sal�rio render. N�o parei de viajar, de cuidar da beleza, de praticar minha aula de dan�a, de fazer meus cursos de qualifica��o. Tudo controlado e com a garantia de que estou financeiramente tranquila”.