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Estado de Minas SA�DE

Estudos comprovam aumento da automedica��o para dormir na pandemia

Lockdown e isolamento social influenciam na dificuldade de ter uma boa noite de sono, muito comum desde o in�cio da crise provocada pelo coronav�rus


21/07/2021 13:26 - atualizado 21/07/2021 13:38

(foto: Engin Akyurt/Pixabay)

A infec��o pelo coronav�rus origina desequil�brios de diferentes ordens. Mais do que as sequelas f�sicas, o lado emocional e psicol�gico tamb�m � muito afetado. Alguns estudos internacionais apontam, por exemplo, o aumento da automedica��o na hora de dormir durante a pandemia.

Como conta a especialista do Instituto do Sono, a m�dica Dalva Poyares, est� constatado que o lockdown e o isolamento contribu�ram em muito para quadros de dificuldade para passar uma boa noite de sono.

Dessa maneira, cresceu o consumo de p�lulas para dormir, e outro problema � que muitas vezes s�o compradas sem prescri��o m�dica. Uma das pesquisas, na Fran�a, feita com 1.005 pessoas, revela que, depois de duas semanas de confinamento, 74% delas v�m apresentando dificuldades para dormir, um �ndice mais expressivo que os 49% registrados na Pesquisa Francesa Bar�metro da Sa�de, de 2017.

Entre os participantes do estudo, 16% disseram usar p�lulas para dormir nos �ltimos 12 meses e 41% afirmaram tomar esses medicamentos desde o in�cio do lockdown.

"Um achado interessante deste trabalho cient�fico foi constatar que 72% das pessoas que apresentaram queixa de sono eram jovens entre 18 e 34 anos, uma porcentagem ligeiramente menor � dos idosos, que fica em 79%", ressalta Dalva Poyares.

Outro trabalho coordenado na It�lia, sob a orienta��o de pesquisadores da Universidade de Perugia, elencou um grupo de 30 pessoas que vivem com depend�ncia de �lcool ou drogas, consideradas mais suscet�veis aos efeitos negativos do isolamento.

A metodologia partiu da an�lise de fios de cabelo dos participantes. Entre os resultados, a observa��o de que, ap�s uma queda no consumo de hero�na, coca�na e ecstasy, por exemplo, esses n�veis voltaram a subir ap�s o confinamento.

Por outro lado, o uso de subst�ncias que induzem o sono e amenizam a ansiedade, como o �lcool e medicamentos sedativos-hipn�ticos, cresceu, a um patamar que segue elevado mesmo depois da fase mais severa da quarentena. O estudo concluiu, assim, que, com o lockdown, o grupo mudou o padr�o de consumo de drogas e �lcool, passando a procurar subst�ncias mais facilmente encontradas.

De acordo com mais uma pesquisa, agora no Centro M�dico Cedars-Sinai, na Calif�rnia, nos Estados Unidos, as prescri��es de medicamentos sedativos-hipn�ticos cresceram desde o in�cio da crise sanit�ria.

A princ�pio, os pesquisadores observaram um aumento de 0,05 prescri��es por 1 mil pacientes entre junho de 2019 e junho a mar�o de 2020. Ap�s um per�odo de estabiliza��o, as prescri��es subiram para 0,13 por 1 mil pacientes entre julho e agosto e para 0,21 por 1 mil pacientes no final de setembro.

Curiosamente, enquanto as taxas de prescri��o aumentaram, a propor��o de novas receitas e a renova��o de receitas autorizadas diminu�ram.

Os estudiosos entendem que os m�dicos de aten��o b�sica podem ter prescrito receitas �nicas para que os pacientes gerenciassem as crises graves de ansiedade. Para os especialistas, antes de prescrever medicamentos, os profissionais deveriam ter oferecido aos pacientes alternativas n�o farmacol�gicas para prevenir o uso de rem�dios a longo prazo. "Entre essas alternativas est�o a terapia cognitivo-comportamental, a medita��o e a higiene do sono", indica Dalva Poyares.


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