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Estado de Minas BEM-ESTAR

Dan�a fortalece m�sculos importante na gesta��o

Pr�tica terap�utica que leva a gestante a dan�ar durante a gravidez e no trabalho de parto tem efeito relaxante e libera horm�nios


27/03/2022 04:00 - atualizado 25/03/2022 09:48

dança
Com o m�todo da musicoterapia, endorfinas e ocitocina liberadas ajudam a reduzir dores, al�m de a dan�a fortalecer m�sculos importantes na gesta��o (foto: Arquivo pessoal)


Gestantes que dan�am em pleno trabalho de parto se transformaram em estrelas de concorridos v�deos postados nas redes sociais. Trata-se de uma t�cnica conhecida como musicoterapia, que oferece benef�cios para o bem-estar f�sico e emocional da mulher.

A enfermeira L�cia Barreto, obstetra e professora do curso de enfermagem da Faculdade Pit�goras, explica que o efeito relaxante da dan�a contribui para a libera��o de v�rios horm�nios que proporcionam al�vio contra as dores.

“As endorfinas e a ocitocina s�o alguns dos horm�nios liberados que ajudam na evolu��o do trabalho de parto de uma forma muito menos dolorosa, segura e suport�vel para as parturientes. Fisicamente, quando a gestante j� tem o h�bito de se exercitar, os benef�cios aumentam muito, seja com a dan�a, seja com o pilates. A musculatura se fortalece por meio dos movimentos repetitivos”, ensina L�cia Barreto.
 
A especialista destaca que a coreografia ajuda na melhoria da densidade �ssea, respira��o e digest�o, al�m de contribuir para fortalecer os m�sculos. Tem a��o ben�fica tamb�m sobre a circula��o sangu�nea da gestante, principalmente nos membros inferiores, proporciona maior flexibilidade, reduz o estresse e a ansiedade.
 

"Rebolar ajuda a relaxar a pelve e facilita a descida e o encaixe do beb� com menos tens�o e dor"

L�cia Barreto, obstetra e professora do curso de enfermagem da Faculdade Pit�goras

 
 
Considerada exerc�cio de baixo impacto, a musicoterapia � recomendada n�o s� no trabalho de parto, quanto durante a gesta��o. A obstetra L�cia Barreto observa que existem exce��es e restri��es para gestantes que t�m problemas de mobilidade f�sica, como fraturas, e aquelas submetidas aos riscos de abortamento ou trabalho de parto prematuro, assim como nos casos das mulheres que desenvolvem a chamada incompet�ncia do colo uterino, que dificulta o curso normal da gesta��o.

O repert�rio musical deve ser de escolha da gestante “� importante frisar, entretanto, que as m�sicas que t�m ritmos suaves ajudam a mulher a relaxar e a respirar no in�cio do trabalho de parto. J� as m�sicas com ritmos mais animados favorecem mais a gestante na fase ativa do parto, quando as contra��es s�o mais frequentes e dolorosas. Rebolar ajuda a relaxar a pelve e facilita a descida e o encaixe do beb� com menos tens�o e dor” esclarece a professora.

A dan�a � uma atividade f�sica reconhecida pelo Minist�rio da Educa��o, regulamentada e habilitada pelo Sistema Confef (Conselho Federal de Educa��o F�sica) e Crefs (conselhos regionais de Educa��o F�sica), �rg�os respons�veis por assegurar que as atividades f�sicas sejam socialmente reconhecidas. A pr�tica atende ao programa de humaniza��o da assist�ncia obst�trica como um dos m�todos n�o farmacol�gicos de al�vio da dor.
 
Incluir a dan�a no processo de parturi��o faz parte da estrat�gia de humaniza��o da assist�ncia ao parto e nascimento preconizado pela Pol�tica Nacional de Humaniza��o. A m�sica permite momentos de relaxamento, de acordo com o ritmo tocado, favorecendo o controle da respira��o consciente durante as contra��es.

Em outros momentos, ritmo mais animado proporciona intensa e alegre movimenta��o do corpo e da pelve da mulher, deixando-a mais ativa durante as contra��es e acelerando o trabalho de parto de maneira menos intervencionista.
 
“Ao realizar essa pr�tica, a mulher se torna a protagonista do seu processo de parturi��o, aprende a controlar a dor atrav�s desse m�todo e � uma experi�ncia mais r�pida”, destaca L�cia Barreto.

De acordo com a pesquisa “Nascer no Brasil”, da Escola Nacional de Sa�de P�blica (Ensp), vinculada � Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz), 45% das gestantes sofreram viol�ncia obst�trica no pa�s. A estat�stica alarmante confirma a necessidade e import�ncia de a��es de humaniza��o durante todo o trabalho de parto, no parto e no puerp�rio.
 
“� essencial para o empoderamento da mulher para que ela participe ativamente do seu processo de parturi��o. S�o in�meros os benef�cios, como a garantia do respeito � autonomia da gestante. Tamb�m � preciso garantir o direito da presen�a do seu acompanhante por 24 horas e que seja de escolha da mulher oferecer pr�ticas assistenciais seguras, acolhedoras e pautadas nas melhores evid�ncias cient�ficas”, observa L�cia Barreto.

Nesse contexto, ela defende que seja inclu�do o suporte emocional � gestante e familiares. De outro lado, enfatiza que devem ser evitados procedimentos cir�rgicos e intervencionistas desnecess�rios, o que reduz a taxa de ces�rea e contribui para a redu��o da morbimortalidade materna e fetal.

* Estagi�ria sob supervis�o da
 editora Teresa Caram
 
Na melhor idade, prazer e est�mulo 
 
A musicoterapia tamb�m � ben�fica para as pessoas que fazem parte da chamada melhor idade, ativando as partes do c�rebro mais afetadas pelas dificuldades impostas pelo correr dos anos e com o processo de envelhecimento. S�o trabalhadas pelas t�cnicas as �reas que melhoram humor, aten��o, concentra��o, mem�ria e lembran�as profundas. Psic�loga da empresa Said Rio, especializada na contrata��o de cuidadores de idosos,

Tais Fernandes listou os cinco principais benef�cios da atividade. O tratamento vem dando bons resultados, ainda, para pessoas que sofrem acidente vascular cerebral (AVC), principalmente, quando o paciente desenvolve uma sequela denominada afasia.

“Apesar de ainda estarem sendo feitos muitos estudos sobre a musicoterapia, ela j� aponta in�meros benef�cios, n�o somente para idosos como para crian�as tamb�m. Acredito que a arte e a m�sica tratam, al�m da fisiologia, a alma, e mant�m acesa a vontade de viver”, afirma. Confira alguns dos benef�cios para os idosos:

Promove qualidade de vida
� comum nessa fase da vida algumas pessoas lidarem com perdas de movimento dos membros do corpo e cognitivas, o que pode ser fruto de desgaste natural da idade ou n�o. A musicoterapia se mostra importante recurso para promover a criatividade e autoestima

Emo��es liberadas
De acordo com a psic�loga, pesquisas mostram que a musicoterapia estimula os n�veis f�sico, social e mental, o que possibilita ao idoso expressar suas emo��es, melhorar sua linguagem corporal e a comunica��o, permitindo a ele manter boa rela��o social com familiares e amigos

Conex�o com mem�rias
Por meio da m�sica, eles podem se conectar com suas hist�rias de vida e relembrar momentos que ficaram guardados na mem�ria. Isso � importante, pois o esquecimento � um dos sintomas do processo de envelhecimento. Alguns idosos podem se sentir perdidos devido ao fato de n�o se lembrarem de certos momentos de sua vida, sejam eles bons, sejam eles ruins

Ajuda nas fun��es cognitivas
A terapia com m�sica atua nas fun��es cognitivas, como mem�ria, tomada de decis�o, aten��o e linguagem, processos que necessitam de um bom funcionamento para que o idoso se mantenha ativo

Auxilia nos tratamentos de doen�as degenerativas
Quando um idoso � diagnosticado com males de Alzheimer ou Parkinson, com o desenvolvimento da doen�a � normal se tornar agressivo e/ou n�o conseguir expressar o que deseja dizer, em raz�o da perda de mem�ria. A musicoterapia ajuda a retardar esses sintomas e auxilia para resgatar essas fun��es 


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