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Estado de Minas ENVELHECER

Ci�ncia a favor do envelhecimento

A preven��o de doen�as f�sicas e ps�quicas � fundamental para uma boa velhice. � poss�vel enfrentar o passar dos anos com serenidade e aceita��o


01/05/2022 08:55 - atualizado 01/05/2022 09:01

envelhecer
Inevit�vel: passagem do tempo (foto: Gerd Altmann/Pixabay )

A idade cronol�gica n�o define mais a velhice, diz a psic�loga Sirlene Ferreira. "Convivemos com senhores com mais de 80 anos com projetos de vida, interagindo socialmente, com a sa�de f�sica e ps�quica em perfeito estado. A velhice pode ser compreendida pela dificuldade psicomotora, aus�ncia de sa�de e de intera��o social", explica.

Para a profissional, os avan�os da ci�ncia s�o fatores facilitadores para uma boa velhice. "� mais f�cil envelhecer hoje. A ci�ncia mudou muito, a preven��o de doen�as f�sicas e ps�quicas corrobora para um bom envelhecimento, a qualidade de vida tamb�m s� melhora para o envelhecimento saud�vel", salienta. Para a psic�loga, a juventude n�o � definida apenas pelas condi��es f�sicas. "� poss�vel ter uma mente jovem para sempre. Basta ter empatia, serenidade, habilidade social e aceitar o pr�prio envelhecimento", continua.

Sirlene Ferreira
Psic�loga Sirlene Ferreira afirma que a idade cronol�gica n�o mais define a velhice (foto: Arquivo pessoal)
Em tempos de pandemia, em que os idosos, por ser grupo de risco, precisaram ficar em casa, com pouco contato com o mundo externo, o isolamento, ao mesmo tempo em que protegeu essas pessoas do cont�gio pelo v�rus, tamb�m as privou do conv�vio social, e s�o ineg�veis os impactos disso. Para cuidar da sa�de mental dos mais velhos, dessa maneira, Sirlene sugere estabelecer uma rotina que inclua, al�m das atividades b�sicas da vida cotidiana, tamb�m momentos de entretenimento.

Para a profissional, a sociedade machista sempre cobra mais das mulheres do que dos homens. "Mas as mulheres est�o se permitindo envelhecer com menos cobran�a do que ocorria tempos atr�s. Um exemplo � a liberdade de escolha sobre as pr�prias roupas, sem protocolos, e a possibilidade de conviver com os cabelos brancos sem culpa", cita.
 
Nalva Nóbrega
Nalva N�brega, de 94 anos, tem no piano um grande companheiro, tem seis CDs lan�ados, tamb�m j� publicou dois livros, de poesias e preces e reflex�es e mant�m um canal no YouTube (foto: Arquivo Pessoal )
Preencher os dias de isolamento com diferentes atividades foi o que fez Nalva N�brega, de 94 anos. Durante o exerc�cio profissional, foi professora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e auditora do Tribunal de Contas da Uni�o. Tem cinco filhos e 12 netos. Extremamente independente, vive sozinha e tem consigo seus auxiliares, entre acompanhantes, motorista e cozinheira, mas o contato com os filhos � di�rio, eles est�o sempre presentes. Gosta de receber os amigos, e s� agora os saraus liter�rios que fazia em sua casa foram suspensos. Est� o tempo todo cercada de pessoas queridas.
 
Nalva tamb�m tem no piano um grande companheiro, inclusive lan�ou seis CDs com m�sicas no instrumento. Tamb�m j� publicou dois livros, de poesias e preces e reflex�es, e prepara o terceiro, uma reuni�o de cr�nicas. Mant�m um canal no YouTube, por onde realizou lives durante a pandemia. Tem ainda aulas de pintura, faz atividades f�sicas duas vezes por semana e capricha na alimenta��o.

� acompanhada h� muito tempo por um cardiologista de confian�a. Chegou a ser infectada pelo coronav�rus, e foi tratada em casa, com todo carinho e estrutura – entre os parentes, h� m�dicos. "Essa pandemia nos mostra a import�ncia de cuidar da sa�de, de respeitar as vacinas", diz.

CAUSALIDADE


Nobolo Mori
Nobolo Mori, de 98 anos, m�dico cirurgi�o geral, � dono de uma autonomia invej�vel e com uma vida extremamente produtiva (foto: Claudio Gatti/Divulga��o)
Nobolo Mori, de 98, � m�dico cirurgi�o geral e fundador de um hospital e maternidade em Mogi da Cruzes, na Regi�o Metropolitana de S�o Paulo. Tamb�m � criador de uma escola de moralogia (estudo da moral), chamada Instituto de Moralogia do Brasil. Com a escola, aborda como um dos temas a causalidade. "Tudo o que fazemos e pensamos tem resultados", diz, e essa � uma verdade evidente com a pandemia.
 
Descendente de japoneses – pai e m�e lavradores que vieram do Jap�o para o interior de S�o Paulo no princ�pio do s�culo passado –, Nobolo tem dois filhos e quatro netos e, vi�vo, mora sozinho. A rotina no hospital mudou com o isolamento social, assim como foram interrompidas as atividades na escola. Mas, para ele, apenas uma mudan�a – concretamente, n�o se isolou.
 
Deixou de atender seus pacientes e participar das reuni�es presenciais na escola e agora joga golfe todos os dias, desde o in�cio do lockdown. O campo de golfe fica, inclusive, nas pr�prias depend�ncias do instituto, onde Nobolo pratica o esporte entre cerca de 40 pessoas, com idades entre 45 e 60 anos. "Sempre estou em meio a pessoas. A pr�tica do esporte me deixa jovem e com sa�de. E nunca fico parado", conta.
 

Sempre estou em meio a pessoas. A pr�tica do esporte me deixa jovem e com sa�de. E nunca fico parado

Nobolo Mori, de 98 anos, m�dico cirurgi�o geral e fundador de um hospital e maternidade em Mogi da Cruzes,

 
 
Outra altera��o em seu cotidiano foi tamb�m parar de ir a lojas, s�tios, visitar os amigos ou frequentar o cinema. Mas nada t�o grave. Dono de uma autonomia invej�vel e com uma vida extremamente produtiva (parou de dirigir h� apenas tr�s anos, por exemplo), a harmonia emocional que encontrou para estar bem durante a pandemia tamb�m vem de seu h�bito de leitura, e por estar sempre estudando, atento ao que acontece no Brasil e no mundo.
 
� extremamente atento a tudo que lhe interessa, como as vacinas – nunca perde a data. Para Nobolo o que importa � se manter ocupado e em movimento. "E sempre ouvindo os mestres. O coronav�rus trouxe problemas para o mundo inteiro. A medicina ainda n�o consegue lidar com o v�rus. � preciso estudar mais. Aproximar mais o pensamento de Deus", declara.
 
 


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