
Para Luzia Umbelino Borges, de 60 anos, pedagoga, av� de Helena, de 13 anos, ser av� � uma grande b�n��o que a renova, encoraja e a faz entender que o amor � infinito
Arquivo PessoalA rela��o de Luzia com Helena � de trocas: "Ela me ajuda nas minhas d�vidas tecnol�gicas, me manda as respostas em forma de v�deos, me ajuda nas apresenta��es que tenho de fazer para minha escola, e nas chamadas de v�deo para fazermos as tarefas escolares juntas. Ela at� me manda o boletim escolar no WhatsApp para analisar o que precisa estudar. Sempre tivemos uma rela��o de afinidade e cumplicidade, o que ficou bem intensa no per�odo da pandemia. Com as atividades on-line, fizemos chamada de v�deo diariamente. Ficamos mais de um ano sem nos ver, pois ainda n�o tinha vacina e eu sou do grupo de risco. �s vezes, mandava um agrado para ela (comidinha especial, uma sobremesa). Recebia bilhete e cartinhas de agradecimento."
Av� nos dias de hoje
"Neto � filho com a��car"

Elenice Ribeiro, de 52 anos, design de interiores, e av� de Caio, de 7 anos, diz que ser av� � ter nos bra�os aquele ser que veio do primeiro amor
Arquivo PessoalPara Elenice Ribeiro, de 52 anos, design de interiores, e av� de Caio Augusto Ribeiro Silva, de 7 anos, � uma experi�ncia �nica: "Voc� ter em seus bra�os aquele ser que veio do seu primeiro amor � inexplic�vel. O sentimento de amor, de gratid�o, de deslumbre e de felicidade. Todas essas emo��es juntas que ao mesmo tempo estimula e acalma, d� paz interior de que voc� � uma vencedora, que ganhou o maior trof�u que Deus poderia lhe dar: o t�tulo de av�. Um t�tulo que lh� d� o direito de mimar muito, de abra�ar e beijar mil vezes, de dar colo e apartar o choro, � curar o machucado com um beijo. Ser av� � ser o rem�dio mais doce para todos os dod�is dos netos. Se tem felicidade na terra maior que essa eu desconhe�o. Neto � filho com a��car".
A medicina que cuida dos av�s

Simone de Paula Pessoa Lima, geriatra da Sa�de no Lar, diz que preciso pensar numa maior valoriza��o dos idosos, em formas de aprender com eles e de oferecer cuidado dentro e fora de casa
Jordana Nesio/Divulga��oOutro ponto que precisamos abordar, chama a aten��o a geriatra, � o familiar. "Antigamente, as fam�lias eram grandes e os filhos respons�veis por cuidar dos idosos, dos seus pais. Em uma casa com 10 filhos, por exemplo, sempre tinha uma filha que n�o casava para exercer esse papel de cuidadora dos pais. Hoje em dia n�o temos mais isso. O perfil da sociedade mudou com fam�lia menores e as mulheres tamb�m respons�veis por contribuir financeiramente com a casa."
No entanto, Simone de Paula Pessoa Lima enfatiza que o perfil do idoso tamb�m mudou. "Precisamos pensar numa maior valoriza��o desse grupo, pensar em formas de aprender com eles, de oferecer cuidado n�o s� dentro de casa, mas fora tamb�m. Dando qualidade para que possam ter relacionamentos, amigos e uma vida social mais digna e ampla."
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