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Estado de Minas VAR�OLA DOS MACACOS

Brasil confirma 1� caso de var�ola dos macacos; o que se sabe at� o momento

Primeiro registro foi confirmado por Secretaria Estadual de Sa�de de S�o Paulo. Paciente � um homem de 41 anos que recentemente viajou por pa�ses da Europa


09/06/2022 16:36 - atualizado 09/06/2022 17:50

Partícula do vírus da varíola dos macacos
Part�cula do v�rus da var�ola dos macacos; primeiro caso foi confirmado no Brasil (foto: Science Photo Library)

Nesta quinta-feira (9/6) foi confirmado o primeiro caso de var�ola dos macacos no Brasil. Trata-se de um homem de 41 anos que, segundo informa��es iniciais, passou por Portugal e Espanha no m�s passado. Ele est� internado no Hospital Em�lio Ribas, em S�o Paulo (SP), desde a �ltima segunda-feira (6/6).

A confirma��o foi divulgada pela Secretaria de Sa�de de S�o Paulo ap�s resultado de exame feito pelo Instituto Adolfo Lutz por RT-PCR do v�rus Varicela Zoster (com resultado negativo) e an�lise metagen�mica do material gen�tico, quando ent�o foi identificado o genoma v�rus da var�ola dos macacos.

 

 

 

De acordo com a pasta, o paciente est� em bom estado cl�nico. Todos aqueles que tiveram contato com ele t�m sido monitorados pelas equipes de vigil�ncia.

 

Al�m do caso confirmado h�, ao menos, outros oito suspeitas de var�ola dos macacos no Brasil, sendo cinco homens e tr�s mulheres. De acordo com o governo federal, s�o dois em Santa Catarina, dois em Rond�nia, um em Pacatuba (CE), um em Porto Alegre, um em Corumb� (MS) e um outro em S�o Paulo (SP).

 

"Essa doen�a � um evento incomum e inesperado em �reas n�o end�micas. Trata-se de um agente com alto potencial de transmiss�o por contato atrav�s de got�culas, principalmente por fluidos corporais, e existe a necessidade de assegurar a assist�ncia - o que inclui tratamento, capacidade laboratorial, equipamentos de prote��o, e descontamina��o", disse Jana�na Sallas, representante da Secretaria de Vigil�ncia de Sa�de, durante evento do Minist�rio da Sa�de na manh� de quarta-feira (8/6), segundo informa��es da Ag�ncia Brasil.

No domingo, a Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) informou que j� foram confirmados 780 casos de var�ola dos macacos em todo mundo entre 13 de maio e 2 de junho.

 

Os sintomas geralmente s�o leves e desaparecem por conta pr�pria em cerca de tr�s semanas.

Abaixo, veja algumas informa��o sobre o que se sabe at� o momento em rela��o � doen�a:

O que � a var�ola dos macacos?

� uma doen�a causada por um v�rus monkeypox da mesma fam�lia do v�rus da var�ola humana, mas com consequ�ncias muito menos s�rias aos infectados.

A doen�a � geralmente encontrada na �frica Central e na �frica Ocidental e, mais especificamente, em �reas de floresta tropical.

Na Rep�blica Democr�tica do Congo, onde h� densas florestas, mais de 1,2 mil casos foram relatados somente este ano e 57 mortes registradas (at� 1º de maio de 2022), segundo a OMS.


Gráfico sobre sintomas da varíola dos macacos
(foto: BBC News Brasil)

Como a var�ola dos macacos � transmitida?

A var�ola dos macacos � transmitida quando algu�m tem contato pr�ximo com uma pessoa infectada. O v�rus pode entrar no corpo por les�es da pele, pelo sistema respirat�rio ou pelos olhos, nariz e boca.

N�o � uma doen�a que se espalhe t�o facilmente, mas pode infectar da seguinte forma:

- Ao se encostar em roupas, len��is e toalhas usadas por algu�m com les�es de pele causadas pela doen�a;

- Ao se encostar em bolhas ou casquinhas na pele de pessoas com essas les�es;

- Pela tosse ou espirro de pessoas com a var�ola dos macacos.

At� agora, o v�rus n�o foi descrito como uma doen�a sexualmente transmiss�vel, mas pode ser passado durante a rela��o sexual pela proximidade entre as pessoas envolvidas.

E os casos mais recentes no Reino Unido foram observados em homens gays ou bissexuais, algo que levou a Ag�ncia de Seguran�a de Sa�de do Reino Unido a pedir que homens prestem aten��o a coceiras ou les�es de pele que lhes pare�am incomuns.

Eles foram orientados a contactar seus servi�os locais de sa�de sexual no caso de algum sintoma ou preocupa��o. Mas autoridades ressaltam que qualquer pessoa, independentemente de sua orienta��o sexual, pode ser contaminada.

Animais infectados, como macacos, ratos e esquilos, tamb�m podem transmitir o v�rus.

Quais s�o os sintomas?

Depois da infec��o, leva-se geralmente de 5 a 21 dias para os primeiros sintomas surgirem.

Esses sintomas incluem febre, dor de cabe�a, dor nas costas ou musculares, inflama��es nos n�dulos linf�ticos, calafrio e exaust�o.

E nesse processo pode surgir a coceira, geralmente come�ando no rosto e depois se espalhando por outras partes do corpo, principalmente nas m�os e sola do p�.

A coceira, que costuma ser bastante irritante e dolorida, muda e passa por diferentes est�gios - de modo parecido � varicela - antes de formar uma casquinha, que depois cai.

A infec��o costuma terminar depois de 14 a 21 dias.

No Reino Unido, a maioria das infec��es at� agora s�o leves. Mas a doen�a pode ganhar formas mais severas, especialmente em crian�as pequenas, mulheres gr�vidas e pessoas com sistema imune fr�gil. Na �frica Ocidental, j� houve casos de mortes pela doen�a.


Lesões na pele causadas pela varíola dos macacos
A coceira da var�ola dos macacos passa por diferentes est�gios at� a forma��o de les�es de pele (foto: UKHSA)

Qual � o tratamento?

A melhor forma de prevenir surtos � com a vacina��o: a vacina da var�ola � capaz de prevenir a ampla maioria dos casos de var�ola dos macacos.

Drogas antivirais tamb�m podem ajudar.

De modo geral, nos casos leves, a infec��o passa por conta pr�pria.

O que faz o v�rus avan�ar neste momento?

O v�rus da var�ola dos macacos � da mesma fam�lia da var�ola comum, mas menos grave e prevalente, e por isso as chances de infec��o de grandes popula��es � considerado baixo.

O v�rus foi identificado inicialmente em um macaco em cativeiro nos anos 1970, e desde ent�o houve surtos espor�dicos em pa�ses centro e oeste-africanos.

J� houve um surto nos EUA em 2003 - a primeira vez que o v�rus foi visto fora da �frica -, com 81 casos registrados, mas nenhuma morte.

O maior surto j� registrado foi em 2017, na Nig�ria: houve 172 casos suspeitos.

No momento atual, n�o est� claro o motivo por tr�s do avan�o da var�ola dos macacos na Europa, Am�rica do Norte e Austr�lia.

Uma possibilidade � que o v�rus tenha mudado de alguma forma, mas at� o momento n�o h� evid�ncias de que esteja em circula��o uma nova variante.

Outra possibilidade � de que, com a redu��o da cobertura vacinal para a var�ola (que � considerada erradicada no mundo desde 1980), o v�rus tenha encontrado condi��es prop�cias para se propagar mais do que antes.

O diretor regional de Europa da OMS, Hans Kluge, se disse preocupado com a possibilidade de o v�rus avan�ar nos meses de ver�o no continente, quando h� mais festas e aglomera��es.

Peter Horby, diretor do Instituto de Ci�ncias Pand�micas da Universidade de Oxford, disse � Radio 4, da BBC, que est� em curso uma "situa��o incomum, em que parece que o v�rus foi introduzido (do exterior) mas agora est� sendo transmitido dentro de certas comunidades".

A mensagem principal, agregou Horby, � de que pessoas com sintomas devem "procurar assist�ncia, obter um diagn�stico e da� se isolar".

A var�ola dos macacos mata?

A var�ola dos macacos � geralmente uma doen�a branda, de acordo com a OMS, mas casos graves podem ocorrer.

Nos �ltimos tempos, a taxa de letalidade tem sido em torno de 3% a 6%, mas a explica��o para esse n�mero � complexa.

"�s vezes voc� v� taxas de mortalidade de at� 10%. Mas esses casos s�o dif�ceis de entender porque muitos deles t�m a ver com estar em �reas com poucos recursos, onde podem n�o ter acesso a cuidados", disse Adalja.

Existem duas variantes da doen�a, conhecidas como �frica Ocidental e �frica Central — o atual surto de var�ola dos macacos tem sido associado � primeira.

"A boa not�cia � que a vers�o da �frica Ocidental desse v�rus da var�ola dos macacos � menos grave do que a da �frica Central. Portanto, � uma boa not�cia, pois espera-se que menos pessoas desenvolvam doen�as graves com essa variante", disse � BBC a professora Catherine Bennett, epidemiologista da Universidade Deakin, em Melbourne.

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