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Estado de Minas Otorrinolaringologia

Na batida das vibra��es

Ainda que a perda da audi��o possa ocorrer por fatores gen�ticos e envelhecimento, � essencial reduzir a exposi��o excessiva ao ru�do


26/06/2022 04:00

Lucele Karine Rocha, otorrinolaringologista
A otorrinolaringologista Lucele Karine Rocha diz que o envelhecimento do ouvido come�a aos 40 anos (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press )

� por meio da audi��o que o homem desenvolve as habilidades para a fala e linguagem e � como interage com o ambiente que o cerca. Com o envelhecimento, a capacidade de ouvir come�a a ficar comprometida e � preciso cuidar, tratar e ter aten��o. 
 
Lucele Karine Oliveira Cunha Rocha, otorrinolaringologista do Hospital Vila da Serra, explica que “a partir dos 40 anos come�a um processo de envelhecimento do ouvido, com redu��o progressiva de c�lulas do epit�lio sensorial e neur�nios vest�bulo-cocleares. A isto chamamos de presbiacusia. Podemos dizer que aproximadamente 30% da popula��o com mais de 60 anos ter� perda auditiva, e entre 70% a 90% com mais de 85 anos sofrer� com essa defici�ncia”.

A especialista enfatiza que a perda auditiva afeta de maneira significativa a qualidade de vida, principalmente dos mais velhos. “Muitos idosos come�am a evitar o conv�vio social, reuni�es de fam�lia, passam a se isolar socialmente e, consequentemente,  surgem quadros depressivos e piora cognitiva, avan�ando para doen�as demenciais.”

DOEN�AS 
Algumas doen�as podem levar � perda auditiva: “A presbiacusia – processo de envelhecimento do ouvido – est� associada � perda das c�lulas sensoriais do aparelho auditivo interno e altera��es do funcionamento do ouvido. Ela � influenciada por fatores metab�licos (radicais livres) e gen�ticos. 

Outras causas s�o a otosclerose, uma doen�a gen�tica na qual h� uma altera��o na mobilidade dos oss�culos do ouvido m�dio, traumas de ouvido, infec��es, exposi��o a ru�do e uso de medica��es otot�xicas (quimioter�picos, alguns antibi�ticos e diur�ticos).”

Os fatores gen�ticos s�o inevit�veis, por�m sabe-se que reduzir a exposi��o excessiva a ru�dos, utilizando protetores auriculares em ambientes ruidosos e reduzindo o uso de fones de ouvido em alto volume, diminui muito a agress�o sobre o ouvido. 

“Uma dieta saud�vel, rica em antioxidantes, evitar o tabagismo e praticar atividade f�sica melhoram o metabolismo, reduzem a glicose e o colesterol e diminuem o estresse oxidativo sobre o ouvido interno, o que pode n�o s� reduzir a progress�o da perda auditiva, como melhorar o equil�brio. E, quando poss�vel, recomenda-se evitar medica��es otot�xicas.”

COTONETE 
A otorrinolaringologista faz um alerta para aqueles que ainda insistem em usar o cotonete: “Costumo dizer que o ouvido � autolimpante, ou seja, existe um processo constante de migra��o epitelial que expulsa a cera de dentro para fora. Por isso, os cotonetes apenas agem contra a natureza. Cerume n�o � sujeira, tem fun��o antibacteriana e antif�ngica”, explica a m�dica.

“Limpar excessivamente os ouvidos pode aumentar o risco de infec��es, al�m de traumas, como perfura��es timp�nicas, especialmente em crian�as.”

E quanto � �gua? Muitos j� devem ter lidado com “�gua no ouvido”, seja praticando nata��o, fazendo hidrogin�stica ou lavando o cabelo. De acordo com Lucele Rocha, o ouvido n�o gosta de �gua, por�m, em fun��o do formato dos condutos auditivos, n�o � t�o f�cil a entrada de �gua neles. 

“Quando isso ocorre, pode-se desenvolver otites externas, que na verdade s�o infec��es da pele do ouvido externo. Atividades como nata��o e hidrogin�stica podem aumentar o risco de otites externas em pacientes predispostos. Se acontecer, recomendo consultar um otorrinolaringologista para orienta��es. Cada caso precisa ser avaliado individualmente.”

J� a cera � vista como problema para muitos, que teimam em tir�-la, �s vezes com os mais variados objetos, mas Lucele Rocha alerta: “Excesso de cerume � uma causa importante e frequente de perda auditiva e alguns pacientes precisam remov�-lo. Outros nunca precisar�o faz�-lo. E apenas o otorrinolaringologista pode retir�-lo de maneira segura, por meio de lavagem ou uso de curetas especiais”. 

A otorrinolaringologista acrescenta que “existe um risco importante de perfura��o timp�nica quando tentamos realizar em casa sem instrumental e t�cnica adequados”.

mulher mão no ouvido
(foto: Robin Higgins/Pixabay )

Situa��es que aumentam os riscos de perda auditiva:

>>  Tempo de exposi��o ao ru�do: quanto maior esse tempo, maior o perigo

>>  Intensidade: quanto maior a intensidade do som, maior o risco para o trabalhador

>>  Dist�ncia da fonte de ru�do: quanto mais pr�ximo, maior o perigo
ouvido de uma idosa
(foto: BlueSeaShell/Pixabay)

>>  Tipo de ru�do: cont�nuo (sem parar), intermitente (ocorre de vez em quando) ou de impacto (acontece de repente)

>>  Sensibilidade ao som: varia de acordo com cada pessoa

>>  Les�es causadas por problemas anteriores na orelha: inflama��es e infec��es

mulher tampa os ouvidos diante de um megafone
(foto: Tumisu /Pixabay)

Profiss�es mais sujeitas a n�veis altos de ru�do e danos � audi��o

Tripula��o de voo/Comiss�rio de bordo  - 130 decib�is

M�sicos e profissionais de �udio  - 125 decib�is

Profissionais do tr�nsito  - 120 decib�is

Motorista de ambul�ncia  - 120 decib�is

Engenheiro  - 115 decib�is

Dentista  - 115 decib�is

Enfermeiro  - 113 decib�is

Trabalhador de constru��o   - 110 decib�is

Mineiro  - 108 decib�is

Motorista de caminh�o   - 95 decib�is


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