O mosquito-palha, transmissor da leishmaniose

O mosquito-palha, transmissor da leishmaniose

Divulga��o
A confirma��o da morte de uma beb� de 1 ano e 11 meses por leishmaniose, em Patos de Minas, no Alto da Parana�ba, despertou alerta para transmiss�o da doen�a no estado.
 
A v�tima faleceu em 7 de julho, mas o caso s� foi divulgado nesta semana.
     
Ambos s�o transmitidos pelo mosquito-palha e podem levar � morte.
 
“A leishmaniose visceral, geralmente, acomete os �rg�os internos. Ela � uma esp�cie diferente de Leishmania [protozo�rio]. A outra leishmaniose, a cut�nea, vai causar les�o de pele onde o mosquito picar e pode causar forma��o de n�dulos no corpo, bem como les�es mucosas. Em geral, ela ainda causa febre, emagrecimento, anemia e infec��es constantes”, disse Molina, que tamb�m � membro da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia).
 
O tipo de leishmaniose que acometeu a crian�a n�o foi confirmado. Apesar disso, ela apresentava manchas na pele e anemia, condi��es que caracterizariam infec��o por leishmaniose cut�nea.
 

Leishmaniose em c�es?

 
Ainda de acordo com o especialista, o tipo visceral tamb�m pode ser encontrado em c�es. “O c�o acometido seria um reservat�rio. O mosquito pica o cachorro, pega esse material e transmite aos humanos, ou vice-versa", destacou.
 

Preven��o

 
A doen�a pode ser prevenida a partir de li��es b�sicas como evitar ac�mulo de lixo dentro ou pr�ximo � resid�ncia e cuidar da sa�de dos seus c�es, bem como utilizar telas e mosquiteiros. 
 

Tratamento

 
Molina ressalta que n�o h� vacina contra a leishmaniose. “O tratamento � feito por meio de medicamentos espec�ficos, fornecidos pela secretaria da sa�de e geralmente injet�veis, sob supervis�o m�dica”, concluiu.
 
A recomenda��o � que, ao identificar qualquer sintoma, o paciente procure atendimento m�dico.
 

N�meros oficiais

 
Dados da Secretaria Estadual da Sa�de apontam que, em 2022, Minas Gerais j� registrou 97 casos e dez �bitos por leishmaniose humana.
 
Com a morte da crian�a em Patos, o n�mero de �bitos deve subir para 11, ap�s atualiza��o do Sinan (Sistema de Informa��o de Agravos de Notifica��o).

No ano passado, o estado contabilizou 219 confirma��es e 23 �bitos, conforme a Sa�de. 

O caso


Natural de Rio Pardo de Minas, no Norte do estado, a menina deu entrada na UPA (Unidade de Pronto-Atendimento) de Patos de Minas em 29 de junho. Na ocasi�o, a m�e relatou febre acompanhada de dor abdominal na filha.

A Prefeitura de Patos de Minas alegou n�o ter estrutura para tratar pacientes com quadros graves de leishmaniose.
 
Por isso, tentou por duas vezes levar a beb� ao HRAD, que integra a Fhemig (Funda��o Hospitalar do Estado de Minas Gerais). Ap�s as negativas, a gest�o municipal registrou boletim de ocorr�ncia. 

Somente em 2 de julho a crian�a conseguiu vaga no hospital estadual. Posteriormente, foi transferida para uma unidade particular.
 
No entanto, devido � gravidade do caso, n�o resistiu e faleceu no �ltimo dia 7. 

Procurada pelo Estado de Minas, a Fhemig afirmou que "a paciente foi admitida no Hospital Regional Ant�nio Dias (HRAD) no dia 2 de julho, s�bado, e assistida pela equipe m�dica e multiprofissional da unidade". 
 
A nota continua, alegando que, "na sexta-feira, dia 1º de julho, n�o havia m�dico pediatra no hospital para acompanhamento da hemotransfus�o. Por isso, o procedimento teve que ser realizado na UPA, com o devido monitoramento da central de regula��o, que intermediou a realiza��o da transfus�o junto ao Hemon�cleo de Patos de Minas". 
 
"Devido ao agravamento do caso e necessidade de terapia intensiva, a paciente precisou ser transferida do HRAD, que n�o possui CTI Pedi�trico, para outra unidade de sa�de, por meio de compra de vaga pela regula��o estadual", finalizou. 

O Hospital Regional Antônio Dias, em Patos de Minas

O Hospital Regional Ant�nio Dias, em Patos de Minas

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