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Estado de Minas ALERTA

Var�ola dos macacos: qual o efeito do estado de emerg�ncia global declarado pela OMS para a doen�a

Diante do r�pido aumento de casos pelo mundo, Organiza��o Mundial da Sa�de decretou alerta m�ximo para a doen�a. No Brasil, mais de 600 casos j� foram registrados, a maioria em S�o Paulo.


23/07/2022 12:15 - atualizado 24/07/2022 13:32


homem com feridas na mão
Casos da var�ola dos macacos foram identificados em 75 pa�ses, inclusive no Brasil (foto: Getty Images)

A Organiza��o Mundial da Sa�de declarou a var�ola dos macacos como uma emerg�ncia global de sa�de, diante do r�pido aumento de casos da doen�a pelo mundo.

Essa classifica��o � o alerta mais alto que a OMS pode emitir e a decis�o foi tomada neste s�bado (23) ap�s a segunda reuni�o do comit� de emerg�ncia da organiza��o sobre o v�rus.

O an�ncio foi feito pelo secret�rio-geral da institui��o, Tedros Adhanom Ghebreyesus. Na pr�tica, o estado de emerg�ncia obriga ag�ncias sanit�rias pelo mundo a aumentar medidas preventivas. At� agora foram registrados 16 mil casos de var�ola dos macacos em 75 pa�ses.

No Brasil, j� foram registrados mais de 600 casos da doen�a, sendo 425 em S�o Paulo. Atualmente, s� h� outras duas emerg�ncias de sa�de deste tipo: a pandemia do coronav�rus e o esfor�o cont�nuo para erradicar a poliomielite.

Tedros disse que o comit� de emerg�ncia n�o conseguiu chegar a um consenso sobre se o surto de var�ola deveria receber o alerta m�ximo, sendo classificado como uma emerg�ncia de sa�de global.

No entanto, ele disse que o surto se espalhou rapidamente pelo mundo e, por isso, decidiu que era, de fato, uma preocupa��o internacional. "A avalia��o da OMS � que o risco de var�ola � moderado globalmente e em todas as regi�es, exceto na Europa, onde avaliamos o risco como alto", acrescentou.

Medidas preventivas e vacinas

Tedros disse que a declara��o ajudaria a acelerar o desenvolvimento de vacinas e a implementa��o de medidas para limitar a propaga��o do v�rus. Isso porque ag�ncias sanit�rias pelo mundo balizam suas decis�es nas avalia��es da OMS.

A organiza��o tamb�m est� emitindo recomenda��es e disse esperar que elas estimulem os pa�ses a tomar medidas para interromper a transmiss�o do v�rus e proteger aqueles em maior risco.

"Este � um surto que pode ser interrompido com as estrat�gias certas nos grupos certos", disse Tedros.

O que � a var�ola dos macacos


Lesões na pele
V�rus causa erup��es cut�neas e sintomas semelhantes aos da gripe, como febre e dor de cabe�a (foto: Getty Images)

A var�ola dos macacos doi descoberta pela primeira vez na �frica central na d�cada de 1950. O v�rus � transmitido quando algu�m tem contato pr�ximo com uma pessoa infectada. Ele pode entrar no corpo por les�es da pele, pelo sistema respirat�rio ou pelos olhos, nariz e boca.

Os sintomas incluem erup��es cut�neas, febre, dor de cabe�a, dor nas costas ou musculares, inflama��es nos n�dulos linf�ticos, calafrio e exaust�o.

A var�ola dos macacos n�o � uma doen�a que se espalhe t�o facilmente, mas pode infectar da seguinte forma:

  • Ao se encostar em roupas, len��is e toalhas usadas por algu�m com les�es de pele causadas pela doen�a;
  • Ao se encostar em bolhas ou casquinhas na pele de pessoas com essas les�es;
  • Pela tosse ou espirro de pessoas com a var�ola dos macacos.

At� agora, o v�rus n�o foi descrito como uma infec��o sexualmente transmiss�vel, mas pode ser passado durante a rela��o sexual pela proximidade entre as pessoas envolvidas.

Os casos mais recentes na Europa e no Brasil foram observados em homens gays ou bissexuais. No Reino Unido, a Ag�ncia de Seguran�a de Sa�de (UKHSA) pediu que homens prestem aten��o a coceiras ou les�es de pele que lhes pare�am incomuns.

Mateo Prochazka, epidemiologista da Ag�ncia de Seguran�a da Sa�de do Reino Unido, refor�ou entretanto que "as infec��es n�o s�o relacionadas a sexualidade". "Estamos preocupados com a var�ola em geral, como uma amea�a p�blica. Estamos preocupados com a sa�de de todos."

Animais, como macacos, ratos e esquilos, tamb�m podem contrair e transmitir o v�rus.


Gráfico
(foto: BBC News Brasil)

Depois da infec��o, leva-se geralmente de 5 a 21 dias para os primeiros sintomas surgirem. Nesse processo pode surgir a coceira, geralmente come�ando no rosto e depois se espalhando por outras partes do corpo, principalmente nas m�os e sola do p�.

A coceira, que costuma ser bastante irritante e dolorida, muda e passa por diferentes est�gios - de modo parecido � varicela - antes de formar uma casquinha, que depois cai.

A infec��o termina geralmente depois de 14 a 21 dias.

Na atual epidemia, a maioria das infec��es at� agora s�o leves. Mas a doen�a pode ter formas mais graves, especialmente em crian�as pequenas, mulheres gr�vidas e pessoas com sistema imune fr�gil. Na �frica Ocidental, j� houve casos de mortes pela doen�a.

A melhor forma de prevenir surtos � com a vacina��o: a vacina da var�ola � capaz de proteger contra a ampla maioria dos casos de var�ola dos macacos. O desafio � encontrar doses dispon�veis.

O problema das vacinas

Atualmente, existem duas vacinas eficazes contra a var�ola dos macacos. Uma delas, chamado Jynneos, � rec�m-fabricada e s� foi aprovado nos Estados Unidos e no Canad�.

A outra � a vacina ACAM 2000, usada contra a var�ola tradicional.

Mas, segundo o professor Carlos Rodr�guez-D�az, as reservas de ambas s�o limitadas e, neste momento, organiza��es internacionais de sa�de e governos n�o podem realizar vacina��es em massa, o que deixa a popula��o desprotegida.

O New York Times informou no in�cio de julho que a empresa dinamarquesa que fabrica Jynneos enviaria 2 milh�es de doses para os EUA, mas isso n�o acontecer� at� o final de 2022. E ela s� tem capacidade para fabricar menos de cinco milh�es de vacinas a mais para o restante do mundo.

No Brasil, o Minist�rio da Sa�de informou que est� avaliando comprar vacinas, enquanto o Butantan estuda a possibilidade de fabricar o imunizante no pa�s.

Esta reportagem foi inicialmente publicada em https://www.bbc.com/portuguese/geral-62279558

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