Coceiras na garganta podem indicar problemas respirat�rios e at� g�stricos

Em meio � esta��o mais fria do ano, os term�metros apontam temperaturas consideravelmente altas e, devido � aus�ncia de chuvas, o clima passa a sensa��o de estar ainda mais seco que normal, podendo provocar in�meros sintomas. Tosse, sangramento nasal, ressecamento da pele e coceiras na garganta est�o os principais.

Conforme Camillus Magalh�es, otorrinolaringologista do Hospital Paulista, apesar de comum em grande parte do p�blico, principalmente durante o tempo seco, a coceira na garganta pode ajudar a identificar refluxos laringofar�ngeos, resfriados, desidrata��o, rinite e alergias, desde as respirat�rias at� as alimentares.

O m�dico explica que receitas caseiras, como gargarejos, em vez de ajudar na resolu��o do problema, podem agravar ainda mais o quadro. "Em epis�dios de coceiras na garganta, a hidrata��o e umidifica��o das vias a�reas s�o sempre o melhor a se fazer, principalmente quando o paciente ainda n�o passou por uma avalia��o especializada. Nunca se deve usar vinagre ou outras subst�ncias, tais como �lcool para gargarejo, uma vez que podem mudar o pH da garganta e levar a outros malef�cios”.

O refluxo laringofar�ngeo caracteriza-se pelo retorno do alimento do est�mago �s �reas acima do esf�ncter esof�gico, incluindo cavidade nasal, boca, faringe, laringe, traqueia e/ou pulm�es. “A origem deste problema ainda n�o est� totalmente esclarecida, mas sugere-se que seja multifatorial”, destaca Camillus Magalh�es. 

"A rinite � uma inflama��o e/ou disfun��o da mucosa de revestimento nasal, caracterizada por alguns dos seguintes sintomas: obstru��o nasal, rinorreia (presen�a de secre��o e corrimento nasal), espirros, prurido nasal e hiposmia, que � a diminui��o do olfato induzida pela inala��o de algum al�rgeno, como o �caro, por exemplo."

"O resfriado � um tipo de infec��o que acomete as vias a�reas superiores, com foco principal no nariz e na garganta. Seu quadro costuma ser mais leve e limitado, variando entre coriza, espirros e mal-estar."

Conforme o otorrinolaringologista, a desidrata��o consiste num quadro em que o organismo apresenta uma quantidade insuficiente de �gua, devido � ingest�o insuficiente de l�quidos. “Al�m da coceira na garganta, ela pode ser acompanhada por sintomas como sede, boca seca, pele e olhos secos e diminui��o da quantidade de urina.”

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A alergia � uma resposta exagerada e excessiva do sistema imunol�gico a subst�ncias diversas, que entram em contato com o organismo, seja por via respirat�ria, cut�nea ou at� mesmo por ingest�o.

De acordo com Camillus Magalh�es, al�m da garganta, as coceiras surgem nos ouvidos, nariz e olhos, que tamb�m podem lacrimejar. Al�m disso, � comum que o indiv�duo apresente nariz entupido, espirros, coriza, dores de garganta e no corpo.

“Em outros casos, o paciente pode ainda apresentar sensa��o de pelo na garganta, pigarro e tosse. Para um diagn�stico correto, � necess�ria uma visita ao otorrinolaringologista, que far� a correla��o dos sintomas. Dessa forma, poder� identificar a causa e o melhor tratamento”, reitera.

O tratamento ideal para a coceira na garganta ir� depender do causador do problema. Por isso, ao apresentar o sintoma, o correto � buscar um especialista.

Camillus Magalh�es explica que antial�rgicos podem ser indicados para os casos de alergia e as medica��es espec�ficas para inibir a secre��o g�strica, em casos de refluxo. No entanto, tamb�m � importante mudar o estilo de vida e a alimenta��o.

“Para a maioria dos casos, o ideal � a hidrata��o, que deve ser feita em abund�ncia. Tamb�m � importante que as pessoas nunca se automediquem, j� que este h�bito, em vez de tratar o problema, pode mascarar os sintomas da doen�a”, finaliza o otorrinolaringologista.