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Estado de Minas

Os benef�cios do mel t�m comprova��o cient�fica?

A composi��o do mel varia em fun��o das flores das quais ele � proveniente, da regi�o geogr�fica e da esta��o do ano


20/08/2022 10:30 - atualizado 20/08/2022 11:51


Pote de mel
(foto: Getty Images)

O mel, 25% mais doce que o a��car de mesa, � essencialmente �gua (17-18%) e a��car (75-80%, principalmente glicose e frutose).

Mas mais de 150 subst�ncias minorit�rias foram identificados em sua composi��o — e s�o estes os respons�veis %u200B%u200Bpela maioria das propriedades biol�gicas e saud�veis %u200B%u200Batribu�das a ele.

O teor de todos estes compostos varia em fun��o das flores das quais o mel � proveniente (mel de castanha, mel de flor de laranjeira, etc.) e da regi�o geogr�fica e da esta��o do ano.

� por isso que as flores servem como biomarcadores da identidade do mel.

Pot�ssio, vitaminas, polifen�is…

Entre estes compostos minorit�rios, est�o alguns minerais (sobretudo, pot�ssio), vitaminas (principalmente, �cido f�lico ou vitamina B%u2089 e vitamina C), polifen�is, amino�cidos, enzimas e prote�nas, �cidos org�nicos (respons�veis %u200B%u200Bpor sua acidez), carotenoides e compostos vol�teis (arom�ticos, que tamb�m s�o usados %u200B%u200Bpara identificar a origem floral).

Muitos dos compostos minorit�rios, mas fundamentalmente os compostos fen�licos, s�o respons�veis %u200B%u200Bpelas propriedades funcionais ou saud�veis %u200B%u200Bdo mel.

H� evid�ncias destas propriedades in vitro (em laborat�rio) e/ou in vivo (com animais de laborat�rio e, em alguns casos, tamb�m em estudos cl�nicos com pessoas).

Propriedades antioxidantes e anti-inflamat�rias

O mel tem um alto potencial antioxidante que foi demonstrado em estudos in vitro e in vivo.

N�o s� est� comprovado que � capaz de estimular o sistema de defesa antioxidante nos tecidos de animais em laborat�rio, como tamb�m h� estudos que mostram que o consumo de mel (sozinho ou em combina��o com outras terapias tradicionais) aumenta a capacidade antioxidante do soro.

Muitos estudos tamb�m demonstraram a atividade anti-inflamat�ria do mel, que � exercida por meio de v�rios mecanismos, reduzindo a resposta inflamat�ria dos tecidos celulares diante de diferentes agentes inflamat�rios e impedindo a produ��o de subst�ncias pr�-inflamat�rias.

Seu efeito antioxidante tamb�m contribui para esta atividade, pois foi comprovado que o estresse oxidativo promove o desenvolvimento de inflama��o em diferentes tecidos.

Foi comprovado ainda que o mel aumenta os linf�citos T e B, os anticorpos e certas c�lulas sangu�neas, como eosin�filos, neutr�filos e mon�citos que lutam contra ataques externos durante as respostas imunes nos tecidos celulares.

Al�m disso, tamb�m estimula a produ��o de �cidos graxos de cadeia curta com atividade imunomoduladora confirmada.

� antimicrobiano e previne o aparecimento de �lceras

O mel tamb�m inibe o crescimento de diferentes bact�rias, v�rus e fungos patog�nicos, ou seja, apresenta atividade antimicrobiana.


Pote de mel ao lado de favo de mel
(foto: Getty Images)

Esta a��o tem sido atribu�da tanto � sua atividade enzim�tica quanto � presen�a de certos compostos com esta atividade antibacteriana (�lcoois, terpenos, �cidos, etc).

A atividade anti�lcera do mel, comprovada em ratos, � atribu�da ao aumento de prostaglandinas na mucosa g�strica que atua como prote��o, e a consequente inibi��o das secre��es �cidas, prevenindo a forma��o de �lceras p�pticas.

Redu��o do colesterol e preven��o de problemas cardiovasculares

Outro efeito atribu�do ao mel e de grande interesse � sua aplica��o na redu��o dos n�veis de colesterol em pacientes com hiperlipidemia.

H� v�rios estudos que proclamam que o consumo regular de mel melhora o perfil lip�dico dos pacientes.

Este efeito, direta ou indiretamente, contribui para a redu��o do risco de sofrer doen�as cardiovasculares, uma das principais causas de morte nos pa�ses desenvolvidos.

Propriedades anticancer�genas em an�lise

O efeito anticancer�geno do mel tem sido demonstrado em diferentes linhagens celulares (in vitro) e tamb�m em modelos animais (carcinoma, melanoma, c�ncer de f�gado, c�ncer de pulm�o, etc).

O efeito tem sido atribu�do a diferentes mecanismos, dentre os quais se destaca a interfer�ncia em m�ltiplas vias de sinaliza��o celular, incluindo a indu��o de apoptose, antimutag�nica, antiproliferativa e anti-inflamat�ria.

No entanto, mais estudos s�o necess�rios para aprimorar o conhecimento sobre o efeito positivo do mel e o c�ncer.

Assim, o mel � muito mais do que �gua e a��car.

� um produto natural, com um grande n�mero de compostos minorit�rios com propriedades biol�gicas e funcionais interessantes.

Da� o seu grande potencial e interesse cient�fico em suas aplica��es, que seguimos pesquisando.

* Juana Fern�ndez L�pez � professora de ci�ncia e tecnologia dos alimentos na Universidade Miguel Hern�ndez, Espanha.

Este artigo foi publicado originalmente no site de not�cias acad�micas The Conversation e republicado aqui sob uma licen�a Creative Commons. Leia aqui a vers�o original (em espanhol).

A tradu��o foi publicada originalmente aqui: https://www.bbc.com/portuguese/curiosidades-62594645

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