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Estado de Minas SONO DE QUALIDADE

Dormir bem diminui riscos de ataque card�aco e AVC

Estudo mostra que pessoas com boas pontua��es dormiram entre 7 e 8 horas por noite e n�o apresentavam ins�nia, apneia ou outros dist�rbios relacionados ao sono


04/09/2022 04:00 - atualizado 04/09/2022 08:28

Mulher dormindo
Pesquisadores verificaram a incid�ncia de doen�a card�aca e acidente vascular cerebral a cada dois anos por um total de 10 anos nos pacientes (foto: GpointStudio/Freepik)

Nove a cada 10 pessoas afirmam que n�o t�m noites tranquilas de sono, segundo dados revelados no congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia, em 2022. Isso � preocupante, segundo especialistas, porque dormir bem pode diminuir os riscos de ataques card�acos e de acidentes vasculares cerebrais (AVCs), de acordo com um novo estudo.
 
Participaram da pesquisa 7.200 homens e mulheres com idades entre 50 e 72 anos e que n�o tinham doen�as cardiovasculares. Eles precisaram passar por exames f�sicos e responder a um question�rio completo sobre estilo de vida, hist�ricos m�dicos pessoais e familiares e condi��es m�dicas preexistentes. Os pesquisadores verificaram ainda a incid�ncia de doen�a card�aca e acidente vascular cerebral a cada dois anos por um total de 10 anos nos pacientes.
 
A partir disso, os pesquisadores conseguiram tra�ar cinco h�bitos de sono e identificar quais pacientes tinham boas noites de sono. Cada h�bito foi considerado como um fator e recebeu a pontua��o 1 se era �timo, e 0 se fosse ruim. Ao final, os pesquisadores calcularam um escore de sono saud�vel que variava de 0 a 5 — 5 sendo �timo e 0 ou 1 sendo ruim.
 
Quem teve boas pontua��es nos dados coletados dormiu, em m�dia, de 7 a 8 horas por noite e n�o apresentava ins�nia, apneia ou outros dist�rbios relacionados ao sono. Do total, 10% dos participantes tiveram uma pontua��o �tima de sono, enquanto 8% tiveram uma pontua��o ruim. Outro dado observado foi que 274 pessoas desenvolveram uma doen�a card�aca coron�ria ou acidente vascular cerebral (AVC) no per�odo do estudo.

H�BITOS DE SONO Para cada aumento de 1 ponto nos h�bitos de sono, os riscos de doen�a card�aca coron�ria e acidente vascular cerebral diminu�ram 22%. Em compara��o, aqueles que tinham pontua��o 5 nos h�bitos de sono tiveram um risco 75% menor de doen�a card�aca ou AVC. Al�m disso, ao longo de dois acompanhamentos m�dicos dos pacientes, 48% dos participantes mudaram a pontua��o de sono; 25% diminu�ram e em 23% melhoraram.
 
Segundo os pesquisadores, os dados s�o ainda mais surpreendentes quando observados na propor��o de eventos cardiovasculares que poderiam ser evitados. Se todos os participantes tivessem uma pontua��o ideal de sono, 72% dos novos casos de doen�as card�acas e acidente vascular cerebral poderiam ser evitados a cada ano.
 
"Dado que a doen�a cardiovascular � a principal causa de morte em todo o mundo, � necess�ria uma maior conscientiza��o sobre a import�ncia de um bom sono para manter um cora��o saud�vel", destaca Aboubakari Nambiema, que assina o texto da pesquisa.
 
Os horm�nios da vida adulta
 
Segundo a otorrinolaringologista Mel�nia Marques, o sono das mulheres pode sofrer altera��es ao longo do tempo, tanto com o envelhecimento como em circunst�ncias espec�ficas. “As mudan�as nos n�veis hormonais associadas ao ciclo menstrual, gravidez, menopausa e p�s-menopausa podem afetar a qualidade do sono nas mulheres.”
 
Durante o per�odo menstrual, explica a especialista em medicina do sono, � comum ter um aumento de despertares noturnos e de sonhos v�vidos. “Geralmente, esses eventos se resolvem espontaneamente com o fim do per�odo menstrual, por�m em algumas mulheres eles podem continuar”, comenta.
 
J� entre as gr�vidas, 66% a 94% delas relatam alguma mudan�a no sono ao longo da gesta��o. “No primeiro e no segundo trimestres de gravidez, o aumento no n�vel do horm�nio progesterona pode piorar a qualidade do sono, levando as gr�vidas a se sentirem mais cansadas durante o dia e com maior necessidade de dormir.” 
 
“No terceiro trimestre da gesta��o, a presen�a de dores no corpo, c�imbras, queima��o, idas frequentes ao banheiro durante a noite, ficar desconfort�vel em algumas posi��es e os pr�prios movimentos do beb� podem refletir diretamente em sono de m� qualidade.” 

CHEGADA DO BEB� E os desafios relativos ao sono n�o param por a�, “especialmente ap�s a chegada do beb� e as demandas de amamenta��o e cuidados. Os estudos sugerem que mulheres com problemas significativos de sono como ins�nia ou m� qualidade de sono est�o mais propensas a desenvolver depress�o p�s-parto”, alerta a m�dica.
 
Seguindo a linha do tempo, chegamos na menopausa. “Nessa fase, ocorre uma redu��o do sono profundo e altera��es nos n�veis de estr�geno – levando a ondas de calor, sudorese e palpita��es que interrompem o sono.” 
 
Segundo Mel�nia Marques, isso resulta em cansa�o, altera��es do humor e at� depress�o, que pode acometer 20% das mulheres durante esse per�odo. “Finalmente, na p�s-menopausa, a falta da progesterona aumenta o risco de desenvolver apneia obstrutiva do sono, cujos sintomas incluem roncos, engasgos e pausas respirat�rias durante o sono, sonol�ncia e cansa�o diurnos.”
 
Em todas essas situa��es, ela recomenda uma avalia��o com um m�dico do sono, com diagn�stico e acompanhamento de poss�veis dist�rbios, o que pode trazer de volta noites de sono tranquilas. 


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