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Estado de Minas SA�DE DA MULHER

Minas Gerais registra 2,5 mil novos casos anuais de tumores ginecol�gicos

O mais comum � o de c�ncer de colo do �tero. Campanha Setembro em Flor coloca o tema em pauta


15/09/2022 09:12

Mulher segurando cesta com flores
(foto: Jill Wellington/Pixabay)

No Brasil, cerca de 30 mil mulheres recebem, anualmente, o diagn�stico de algum c�ncer ginecol�gico. O mais comum deles, o de colo do �tero, pode ser evitado com vacina contra HPV e exame de Papanicolau. Conscientizar a popula��o sobre como prevenir o c�ncer de colo de �tero e os demais tumores ginecol�gicos � o cerne da atua��o do Grupo Brasileiro de Tumores Ginecol�gicos (EVA), grupo multidisciplinar respons�vel pela campanha Setembro em Flor. Em Minas Gerais, a preval�ncia de c�ncer de colo do �tero � de 6,89 casos para cada 100 mil mulheres, a segunda menor preval�ncia desta doen�a no eixo Sul-Sudeste.

Os tr�s tipos de tumores ginecol�gicos mais comuns no Brasil s�o os c�nceres de colo do �tero, ov�rio e corpo do �tero (endom�trio). Juntos, eles somam 29,8 mil novos casos anuais, segundo estimativas do Instituto Nacional de C�ncer (INCA). Outros dois tipos, o c�ncer de vulva e vagina, tamb�m entram nesse grupo, mas para eles n�o h� dados nacionais oficiais de novos casos por ano.

Leia tamb�m: Medicamento para tratar c�ncer de mama � incorporado ao SUS

No Paran�, a preval�ncia de tumores ginecol�gicos segue a tend�ncia verificada no Brasil: a maior � do c�ncer de colo do �tero, com 6,89 casos para cada 100 mil mulheres. A boa not�cia para as mineiras � que esta preval�ncia � a segunda menor do eixo Sul-Sudeste, superando apenas S�o Paulo (5,93). Na sequ�ncia, em Minas Gerais, est�o os c�nceres de ov�rio, com 4,63 casos para cada 100 mil mulheres e o de endom�trio, 4,82 casos para cada 100 mil mulheres. Em Minas Gerais, somando os c�nceres de colo do �tero, endom�trio e ov�rio, s�o registrados 2.570 novos casos anuais.

No Brasil, o c�ncer de colo uterino � o terceiro mais comum nas mulheres, atr�s apenas de c�ncer de mama e colorretal. Apesar da alta incid�ncia, vale ressaltar que esta doen�a n�o s� pode ser diagnosticada precocemente, como tamb�m � evit�vel. As medidas primordiais para evitar o c�ncer de colo de �tero s�o o acesso e ades�o ao exame de Papanicolau e � vacina contra o papilomav�rus humano (HPV).

Tanto o exame quanto a imuniza��o est�o dispon�veis na rede p�blica, por�m, com gargalos nas cinco regi�es do pa�s. Em S�o Paulo, o estado mais rico do pa�s, onde h� mais acesso ao Papanicolau e � vacina contra o HPV, a incid�ncia de c�ncer de colo de �tero � de 5,93 casos por cada 100 mil habitantes.

O principal fator de risco


A contamina��o pelo v�rus HPV � um fator causal para quase todos os casos de c�ncer de colo do �tero. Para imuniza��o dos HPVs oncog�nicos 16 e 18, que s�o respons�veis por 70% dos tumores malignos no colo uterino, h� vacina dispon�vel na rede p�blica.

A vacina quadrivalente, que protege contra os HPVs 16 e 18, tamb�m previne os HPVs 6 e 11, que s�o respons�veis pela maioria das les�es genitais. A vacina quadrivalente � distribu�da gratuitamente pelo SUS para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. Tamb�m � distribu�da na rede p�blica para mulheres e homens imunossuprimidos (que vivem com HIV/Aids, est�o em tratamento oncol�gico ou realizaram transplante de �rg�os, entre outros) at� os 45 anos.

Para esse grupo, a vacina � oferecida em tr�s doses, com intervalo 0, 2 meses e 6 meses. Em raz�o da baixa ades�o �s campanhas de vacina��o contra HPV e gargalos no acesso ao exame Papanicolau, o Brasil apresenta alta incid�ncia e mortalidade por c�ncer de colo do �tero.

O estudo EVITA, realizado pelo EVA em parceria com o LACOG, enumera alguns motivos mais frequentemente relatados para a n�o realiza��o do Papanicolau: falta de vontade em 46,9%, vergonha ou constrangimento em 19,7%, e falta de conhecimento em 19,7%. Este estudo tamb�m demonstrou que a baixa ades�o ao papanicolau est� associada a disparidades sociais, menor renda, n�vel educacional e parceiro est�vel.

Setembro em Flor

Com o objetivo de alertar a popula��o sobre os fatores de risco, sinais e sintomas precoces dos tumores ginecol�gicos, buscando minimizar tratamentos, reduzir sequelas e salvar vidas, o EVA idealizou para 2022 a campanha Setembro em Flor. Com inspira��o no m�s que marca o in�cio da primavera, a flor � adotada na campanha com as suas p�talas tendo diferentes cores, cada uma representando um dos cinco tumores ginecol�gicos (colo uterino, corpo uterino, ov�rio, vulva e vagina). A flor � tamb�m um s�mbolo de vida, pureza, feminilidade, fertilidade, o que representa bem a mulher.

A programa��o especial da campanha inclui um workshop de acolhimento de pacientes, no dia 21, al�m do lan�amento dos dois primeiros epis�dios do EVA PODCAST e da cartilha sobre HPV. Al�m disso, em 5 de setembro foi realizada a live Como ser agente de preven��o do c�ncer ginecol�gico, voltada aos agentes comunit�rios (ACS) de sa�de e agentes de combate �s endemias (ACE), em parceria com o projeto A CASA, do Instituto de Pesquisa e Apoio ao Desenvolvimento Social (IPADS), Confedera��o Nacional dos Agentes Comunit�rios de Sa�de e de Combate �s Endemias (CONACS) e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Sa�de.

Tumores ginecol�gicos: causas, sintomas e preven��o

Os tumores ginecol�gicos se diferenciam quanto aos fatores de risco, conforme local de origem. Se por um lado o c�ncer de colo do �tero, como j� descrito, tem o HPV como fator causal, o c�ncer do corpo do �tero (ou endom�trio) vem apresentando crescimento de incid�ncia nos �ltimos anos provavelmente por conta da obesidade.

O c�ncer de corpo do �tero � respons�vel por cerca de 6,5 mil novos casos e pela morte de mais de 1,8 mil mulheres por ano no pa�s. N�o existe um m�todo eficaz para rastreamento, sendo o maior fator de risco a obesidade, mas os principais sintomas s�o sangramento uterino anormal e desconforto p�lvico, que podem alertar a mulher para necessidade de procurar por atendimento m�dico e, assim, h� mais chances de diagn�stico e tratamento precoces.

O c�ncer de ov�rio � o segundo tumor ginecol�gico maligno mais comum e � o que apresenta a menor taxa de sobreviv�ncia entre os c�nceres femininos. � chamado de tumor silencioso, por n�o apresentar sintomas espec�ficos e pela aus�ncia de m�todos eficazes de rastreamento. Altera��es gen�ticas podem estar presentes em 25% das pacientes com c�ncer de ov�rio e a hist�ria familiar de c�ncer de mama e ov�rio devem sempre ser sinais de alerta. Os testes gen�ticos tornam-se importantes ferramentas n�o s� para defini��o de tratamento, mas para aconselhamento gen�tico aos familiares.

Os c�nceres de vulva e vagina s�o tumores mais raros e que tamb�m possuem associa��o com infec��o por HPV como fator causal. A vacina contra o HPV e o exame ginecol�gico de rotina s�o os pilares para preven��o e diagn�stico desses tumores em fases iniciais. Apesar dos avan�os em preven��o e tratamento, a taxa de mortalidade no Brasil n�o tem diminu�do satisfatoriamente devido a diagn�sticos com doen�a avan�ada e atraso para in�cio do tratamento, conforme estudo recente de membros do EVA.


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