
Estudos diversos demonstraram o efeito protetivo das m�scaras faciais principalmente durante as fases mais cr�ticas da pandemia. Uma equipe da China desenvolve um equipamento que ter� outra utilidade tamb�m bastante estrat�gica do ponto de vista de sa�de p�blica: acusar a exist�ncia, no ar, de v�rus respirat�rios causadores de doen�as. Em testes, o prot�tipo indicou a presen�a desse tipo de micro-organismo, incluindo o Sars-CoV-2, que desencadeia a COVID-19, em 10 minutos e mandou o alerta de perigo para um celular.
"Nossa m�scara funcionaria muito bem em espa�os com pouca ventila��o, como elevadores ou salas fechadas, onde o risco de infec��o � alto", indica Yin Fang, cientista de materiais da Universidade Tongji de Xangai e autor correspondente do estudo que detalha a nova tecnologia, publicado na edi��o de ontem da revista Matter.
Os pat�genos respirat�rios se espalham atrav�s de pequenas got�culas e aeross�is liberados por pessoas infectadas quando falam, tossem e espirram. Essas mol�culas contendo v�rus, especialmente aeross�is min�sculos, podem permanecer suspensas no ar por muito tempo. Fang e colegas projetaram um pequeno sensor que, acoplado a m�scaras, identifica a quantidade de v�rus mesmo em pouca quantidade.
Leia tamb�m: Gravidez de Claudia Raia aos 55 anos; entenda as t�cnicas de reprodu��o
Nos testes, a equipe pulverizou pat�genos - Sars-CoV-2, H5N1 (gripe avi�ria) e H1N1 (gripe comum) - em um ambiente interno e pr�ximos a uma m�scara comum com os sensores. O dispositivo identificou a amea�a em apenas 0,3 microlitro de l�quido contendo prote�nas virais, cerca de 70 a 560 vezes menos do que o volume de l�quido produzido em um espirro, segundo Fang.
Diagn�stico
Na avalia��o do cientista, os resultados das simula��es indicam o potencial da m�scara para as pr�ticas cl�nicas. "Atualmente, os m�dicos confiam fortemente em suas experi�ncias no diagn�stico e no tratamento de doen�as, mas com dados mais ricos coletados por dispositivos vest�veis, o diagn�stico e o tratamento de doen�as podem se tornar mais precisos", explicam.
A simplicidade no uso da m�scara tamb�m � um atrativo, segundo os autores do estudo. "Integradas ao sistema de internet das coisas, nossas m�scaras bioeletr�nicas podem ser operadas e monitoradas em dispositivos m�veis a qualquer hora e em qualquer lugar, permitindo livre circula��o e monitoramento em tempo real do ar circundante", enfatizam.
A soma de vantagens, avaliam, poder� transformar os sensores em um instrumento capaz de ajudar no diagn�stico precoce de infec��es respirat�rias - incluindo as com potencial para dar origem a novas pandemias. "As vantagens de portabilidade e monitoramento em tempo real podem fornecer um alerta precoce e oportuno, o que � significativo para evitar a dissemina��o em larga escala de doen�as infecciosas respirat�rias", afirmam os autores.
A equipe planeja aperfei�oar os sensores para reduzir o tempo de detec��o e aumentar a sensibilidade. Al�m disso, trabalham na cria��o de dispositivos vest�veis que possam ajudar no diagn�stico de outras doen�as, como c�nceres e complica��es cardiovasculares.