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Estado de Minas EVOLU��O

Os 'superidosos' com mem�ria melhor que pessoas 30 anos mais jovens

Novo estudo demonstra liga��o entre neur�nios maiores e uma cogni��o excepcional na terceira idade.


10/10/2022 08:34 - atualizado 10/10/2022 09:50
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Foto aproximada da região dos olhos de uma idosa
Um seleto grupo de idosos na casa dos 80 e 90 anos de idade mant�m poderes cognitivos excepcionais (foto: Getty Images)

Cientistas americanos acreditam que podem estar perto de responder por que existem idosos que mant�m raras capacidades cognitivas em compara��o com pessoas 30 anos mais jovens.

Essa elite de "superidosos" tem c�lulas nervosas maiores em regi�es do c�rebro respons�veis pela mem�ria, segundo indica uma nova pesquisa publicada no The Journal of Neuroscience.


Os octogen�rios podem ter nascido com essas c�lulas ou seus neur�nios podem ter crescido mais, ou encolhido menos, que os das outras pessoas com o passar da idade. Mais estudos s�o necess�rios e poder�o ajudar a encontrar novas formas de combater a dem�ncia.


Os pesquisadores querem determinar particularmente como as mudan�as nas c�lulas nervosas podem afetar a sa�de cerebral de longo prazo. Ser� que elas oferecem prote��o na idade avan�ada ou s�o simplesmente um reflexo da melhor sa�de do c�rebro?

Exames ap�s a morte

O Programa de Pesquisa do Superenvelhecimento da Universidade do Noroeste em Illinois, nos Estados Unidos, existe h� mais de uma d�cada. Seu principal objetivo � descobrir o que mant�m o c�rebro cognitivamente ativo e o que protege as pessoas da dem�ncia.

Os participantes devem ter mais de 80 anos de idade, ter excelente mem�ria, estar dispostos a passar por v�rios exames e verifica��es e concordar em doar seu c�rebro para pesquisas m�dicas ap�s a morte.


Baseados em trabalhos anteriores usando imagens de resson�ncia magn�tica, os pesquisadores j� conclu�ram que os c�rebros dos chamados superidosos t�m apar�ncia e funcionamento similar aos de pessoas com 50 anos de idade, e n�o de 80 anos.


Imagem de ressonância magnética de cérebro
Imagem de resson�ncia magn�tica de c�rebro (foto: Getty Images)

A pesquisa mais recente — com base em exames realizados ap�s a morte — concentra-se em uma regi�o do c�rebro conhecida como c�rtex entorrinal, que est� relacionada � mem�ria.

Os pesquisadores estudaram os c�rebros de seis superidosos, sete octogen�rios com "cogni��o mediana", cinco pessoas com Alzheimer em est�gio inicial e seis doadores mais jovens que morreram de doen�as n�o relacionadas ao c�rebro.


Eles conclu�ram que os superidosos tinham neur�nios maiores e mais saud�veis naquela regi�o do c�rebro do que os demais. E, aparentemente, os superidosos t�m menos propens�o a acumular dep�sitos anormais de prote�nas, conhecidos como placas, tipicamente observados nos c�rebros de pacientes com Alzheimer.

Leia tamb�m: Superiodosos: por que estamos vivendo mais?

Rosa Sancho, da organiza��o brit�nica Alzheimer's Research UK, acredita que projetos como o Programa do Superenvelhecimento podem ajudar a descobrir e desenvolver novos tratamentos para a dem�ncia.


"Novas pesquisas precisar�o descobrir exatamente o que faz com que essas c�lulas do c�rebro dos superidosos sejam maiores e mais bem protegidas", afirma ela. "Por exemplo, os superidosos nasceram com caracter�sticas gen�ticas espec�ficas? E, neste caso, quais s�o essas caracter�sticas?"


Sancho acrescenta que "embora os pesquisadores estejam trabalhando para compreender como impedir mudan�as do c�rebro que causam a dem�ncia, existem pequenas medidas que todos n�s podemos tomar para manter nossos c�rebros saud�veis � medida que envelhecemos."


A causa exata do mal de Alzheimer ainda n�o � totalmente conhecida, mas se acredita que diversos fatores aumentem o risco. Alguns, como a idade e a gen�tica, s�o inevit�veis, mas fatores ligados ao estilo de vida, como n�o fumar, comer alimentos mais saud�veis e praticar exerc�cios, podem reduzir esse risco.


A principal pesquisadora da Universidade do Noroeste, Tamar Gefen, afirmou � BBC que eles planejam elaborar um quadro detalhado dos superidosos para compreender mais a respeito.


"Precisamos estudar sua gen�tica, fatores de estilo de vida e seu n�vel educacional", afirma ela. "Precisamos tamb�m observar seu hist�rico e suas narrativas pessoais. Tive a sorte de conhecer essas pessoas inspiradoras intimamente, na vida e na morte."

- Este texto foi publicado em https://www.bbc.com/portuguese/geral-63167068


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