
Segundo a Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS), a variante apresenta uma preval�ncia de 9% e j� foi detectada em 65 pa�ses.
Caracter�sticas da BQ.1
De acordo com Leandro Curi, m�dico infectologista do Hospital Fel�cio Rocho, a BQ.1 � uma subvariante da atual e preponderante variante �micron. “O que torna o v�rus mais ou menos agressivo s�o as altera��es sofridas na estrutura, e a BQ.1 � uma subvariante que est� atualmente crescendo no Brasil e no mundo”, diz.
Curi afirma que, assim como todas ou grande parte das subvariantes da �micron, a BQ.1 tem um escape imune maior, ou seja, “desvia” mais facilmente das vacinas. “Ela n�o � mais mortal do que qualquer outra variante da �micron e � bem menos mortal que as variantes iniciais da COVID-19, como a gama e a beta”, declara.
O infectologista Alberto Chebabo, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, reitera que a BQ.1 apresenta muta��es na prote�na spike, uma prote�na na superf�cie do Sars-CoV-2 que permite que ele se ligue e infecte nossas c�lulas.
Entre elas, est� a muta��o R346T, tamb�m encontrada na variante BA.5, associada por estudos com o escape imune significativo e at� a evas�o de anticorpos causados por infec��es naturais por outras subvariantes da �micron.
Sintomas
Os dois especialistas afirmam que n�o h� mudan�as em rela��o aos sintomas, que continuam sendo, para a maioria dos pacientes, dor de cabe�a, tosse, febre, dor de garganta, cansa�o, perda de olfato e paladar. “O mais comum s�o os sintomas respirat�rios de vias altas, mas nada t�o grave, principalmente para as pessoas vacinadas”, esclarece Curi.
“O que vimos acontecendo com os casos na Europa � que, desde que as pessoas tenham a dose de refor�o, ela supera a imunidade em rela��o � infec��o, mas n�o causa casos graves”, complementa Chebabo.
Segundo o infectologista do Hospital Fel�cio Rocho, as vacinas valem para todas as variantes, mas � preciso lembrar que elas s�o necess�rias para evitar uma piora cl�nica, por isso, tamb�m a import�ncia das m�scaras. “A vacina vai evitar que voc� passe mal, que voc� piore e que v� � �bito. E a m�scara vai evitar que voc� se infecte. Por isso, precisamos nos prevenir em todas as �reas poss�veis na imuniza��o e na transmiss�o �rea”, explica.
O termo “imunidade de rebanho” tamb�m n�o vale para � COVID-19 assim com vale para o v�rus da gripe, justamente devido �s variantes que surgem o tempo todo. “O v�rus da COVID-19 � altamente mutante. Ele muda, se reinventa, sendo assim, provavelmente teremos outras variantes, o que s� refor�a a ideia de que todos precisam tomar as vacinas e se proteger”, enfatiza Curi.
*Estagi�ria sob supervis�o do subeditor Diogo Finelli