(none) || (none)
Publicidade

Estado de Minas Dia Nacional de Combate ao C�ncer

'N�o d� para esperar': campanha alerta sobre o c�ncer

Objetivo � alertar a popula��o para import�ncia do cuidado com a sa�de e retomada dos exames de rastreamento


25/11/2022 15:00

Campanha SBCO
(foto: SBCO/Divulga��o)

Nos dois �ltimos anos, os n�meros relacionados ao tratamento oncol�gico foram impactados pela pandemia de Covid-19. Com quedas expressivas nos procedimentos diagn�sticos e nas cirurgias, os casos graves de c�ncer tendem a aumentar – fato que, infelizmente, tamb�m afetar� as taxas de mortalidade em nosso pa�s. E, como o c�ncer � uma doen�a complexa, muitas vezes agressiva e de r�pida progress�o, ï¿½ fundamental chamar a aten��o das pessoas para a necessidade de retomar, com uma certa urg�ncia, os cuidados de sa�de, incluindo exames de rastreamento e principalmente, a aten��o a sinais e sintomas que podem indicar a presen�a da doen�a.

Diante deste cen�rio, com a proposta de conscientizar a popula��o sobre a import�ncia do cuidado com a sa�de, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncol�gica (SBCO) promove a campanha "N�o d� para esperar. Cuide-se. O c�ncer n�o ficou de quarentena” em diferentes cidades do pa�s no domingo (27), Dia Nacional de Combate ao C�ncer e da tradicional A��o Nacional de Combate ao C�ncer (ANCC), realizada anualmente pela SBCO e que, em 2022, volta a ser presencial, al�m do amplo conte�do qualificado que � disseminado pelas m�dias sociais.

A ANCC 2022 chega presencialmente nas manh�s do domingo (27) em locais como o Complexo Tur�stico de Ponta Negra, em Manaus (AM); na Rodovi�ria de Salvador (BA), no ponto tur�stico Beira Rio em Imperatriz (MA), Portal da Amaz�nia em Bel�m (PA), Parque Carlos Raya, em Ribeir�o Preto (SP), Parque das Na��es Ind�genas, em Campo Grande (MS), em frente ao Lopana, na avenida Beira-Mar em Macei� (AL), Shopping Park Europeu, em Blumenau (SC), Praia do Laranjal, em Pelotas (RS), dois locais em Santa Cruz do Sul (RS) – sendo, pela manh� no Lago Dourado e � tarde na Pra�a da prefeitura; no Lago Igap�, em Londrina (PR); na Rodovi�ria do Rio no Rio de Janeiro (RJ), na Pra�a da Liberdade em Belo Horizonte (MG) e na Terminal Rodovi�rio Tiet�, em S�o Paulo (SP).

Os locais contar�o com a presen�a de m�dicos membros da SBCO e acad�micos das ligas de oncologia local. Haver� espa�os customizados da campanha, com orienta��es sobre exames de rastreamento de c�ncer como mamografia, colonoscopia, papanicolau, toque prost�tico e dosagem de PSA e distribui��o de materiais educativos sobre preven��o e diagn�stico precoce dos tipos mais incidentes de c�ncer.

“A a��o estar� presente em pontos estrat�gicos, buscando sensibilizar a popula��o de nosso pa�s para a import�ncia de cuidar da sa�de. Por conta do atraso de diagn�sticos, falta de exames de rotina e consultas m�dicas durante a pandemia do Covid-19, os pacientes est�o chegando especialistas com doen�as mais avan�adas. � necess�rio um esfor�o coletivo de sociedades cient�ficas como a SBCO, imprensa, redes sociais, empresas e ag�ncias para promovermos informa��es de sa�de para nossa popula��o”, ressalta o cirurgi�o oncol�gico H�ber Salvador, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncol�gica.

NOVOS CASOS ESTIMADOS PELO INCA PARA 2023-2025

O Instituto Nacional de C�ncer (INCA) anunciou nesta quarta (23) as estimativas de novos casos anuais para o tri�nio 2023-2025. Os casos anuais de c�ncer esperados saltaram de 625 mil para 704 mil. A incid�ncia de c�ncer de mama saltou para 73.610 e os demais mais comuns nas mulheres s�o colorretal, colo do �tero, pulm�o e tire�ide. Em homens, o mais comum segue sendo o c�ncer de pr�stata, que saltou para 71.300 novos casos anuais, seguido por colorretal, pulm�o, est�mago, cavidade oral e es�fago.

O IMPACTO DA PANDEMIA DE COVID-19 EM N�MEROS

Levantamento divulgado pela SBCO quantificou o impacto da pandemia de Covid-19 nas cirurgias de c�ncer em geral e nos exames de rastreamento populacional de c�ncer de mama, pr�stata, colorretal e colo do �tero no Sistema �nico de Sa�de (SUS). A partir da base de dados TABNET/DataSUS, do Minist�rio da Sa�de, a SBCO identificou que, comparado com 2019, foram realizadas 19.111 cirurgias oncol�gicas a menos em 2020, 15.450 a menos em 2021 e 19.254 a menos em 2022. Os dados de 2022 consideram os n�meros dispon�veis at� junho, desconsiderando julho e agosto por conta de dados que podem ainda n�o ter subido nas bases do DataSUS.

Somando o represamento dos anos de 2020 e 2021 e o primeiro semestre de 2022 – tendo como base o ano de 2019 (o �ltimo antes da pandemia) - s�o 53.815 cirurgias oncol�gicas que deixaram de ser realizadas durante a pandemia no Sistema �nico de Sa�de. “O maior complicador � que n�o houve redu��o do n�mero de casos de c�ncer. O que ocorreu foi o represamento dessas cirurgias. E muitas, que foram realizadas, chegaram para em fase mais avan�ada”, alerta o cirurgi�o oncol�gico e presidente da SBCO, H�ber Salvador.

At� 2040, a demanda por cirurgias relacionadas ao c�ncer, segundo estudo publicado na revista The Lancet, deve aumentar 52%, chegando a 13,8 milh�es de procedimentos nos pr�ximos 20 anos. Para dar conta desse cen�rio, estima-se que quase 200 mil cirurgi�es e 87 mil anestesistas adicionais sejam necess�rios para cumprir o desafio. Al�m disso, tamb�m ser� preciso melhorar sistemas de sa�de para evitar mortes decorrentes de complica��es p�s-operat�rias. 

QUEDA DOS EXAMES DE RASTREAMENTO DE C�NCER

A estimativa do Instituto Nacional de C�ncer (INCA), anunciada antes da pandemia, era que seriam registrados 626 mil novos casos de c�ncer por ano no Brasil no tri�nio 2020/2022. Os dados levantados no DataSUS apontam que, exclusivamente no sistema p�blico, foram 351 mil novos casos diagnosticados em 2020 e 368 mil novos casos em 2021. Antes da pandemia, em 2019, foram 386.485 novos casos.

A SBCO, a partir do TABNET/DataSUS, levantou como a Covid-19 refletiu no rastreamento de c�ncer. O programa de screening, denominado no Brasil como rastreamento, � o conjunto de m�todos aplicados para o diagn�stico precoce do c�ncer ou descoberta de les�es pr�-cancerosas em determinada popula��o que n�o apresenta sinais ou sintomas de c�ncer. Como base nisso, a entidade levantou os dados de bi�psias de mama e pr�stata, assim como de colonoscopia e Papanicolau.

Foram realizadas 43.045 bi�psias de mama em 2019, caindo para 34.889 em 2020 e uma retomada em 2021 para 41.005, refletindo em 10.186 bi�psias a menos nos dois primeiros anos da pandemia. No mesmo per�odo, houve o represamento de 14.123 bi�psias de pr�stata. Essenciais para retirar les�es pr�-malignas no intestino grosso, foram 148.111 colonoscopias represadas no per�odo. J� o exame de Papanicolau, por conta de seu volume de procedimento, registrou a mais alarmante: mais de 2,2 milh�es de exames a menos em 2020 e 2021. 

De acordo com o cirurgi�o oncol�gico e presidente da ANCC 2022, Marcos Gon�alves Adriano Jota, a import�ncia da a��o nacional est� em poder direcionar a informa��o �queles que mais precisam saber sobre o c�ncer e quais exames peri�dicos realizar: o p�blico-leigo. “Mesmo com novas variantes de Covid-19 e potencial risco de nova onda, a maioria da popula��o est� imunizada e mais segura. � nossa miss�o trabalhar pela retomada dos cuidados e exames peri�dicos e que a popula��o tenha, em dia, a sua mamografia, toque retal, toque prost�tico e PSA, colonoscopia, dentre outros exames de rastreamento, assim como os meninos e meninas vacinados contra o v�rus HPV”, ressalta.

O QUE A POPULA��O PRECISA SABER PARA PREVENIR OS PRINCIPAIS TIPOS DE C�NCER

Os diferentes tipos de c�ncer correspondem aos v�rios tipos de c�lulas do corpo. Para diferentes tipos de c�lulas de um mesmo �rg�o, pode-se desenvolver determinados tipos de c�ncer. Suas caracter�sticas e tipos fazem com que o c�ncer se torne diferente, como a velocidade de multiplica��o das c�lulas e a capacidade de invadir tecidos e �rg�os vizinhos ou distantes (met�stases). Veja os principais tipos de c�ncer, as chances de tratamento, cuidados e preven��o:

8 dicas para prevenir o c�ncer

1ª - N�o fume!

Essa � a regra mais importante para prevenir o c�ncer, principalmente os de pulm�o, cavidade oral, laringe, faringe e es�fago. Ao fumar, s�o liberadas no ambiente mais de 4.700 subst�ncias t�xicas e cancer�genas que s�o inaladas por fumantes e n�o fumantes. Parar de fumar e de poluir o ambiente � fundamental para a preven��o do c�ncer.

 

2ª - Mantenha uma alimenta��o saud�vel

Uma ingest�o rica em alimentos de origem vegetal, como frutas, legumes, verduras, cereais integrais, feij�es e outras leguminosas, e pobre em alimentos ultraprocessados, como aqueles prontos para consumo ou prontos para aquecer e bebidas ado�adas, pode prevenir o c�ncer. A alimenta��o deve ser saborosa, respeitar a cultura local, proporcionar prazer e sa�de, al�m de incluir alimentos regionais.

 

3ª - Evite a ingest�o de bebidas alco�licas

Seu consumo, em qualquer quantidade, contribui para o risco de desenvolver c�ncer. Al�m disso, combinar bebidas alco�licas com o tabaco aumenta a possibilidade do surgimento da doen�a.


4ª - Evite comer carne processada

Carnes processadas, como presunto, salsicha, lingui�a, bacon, salame, mortadela, peito de peru e blanquet de peru, podem aumentar a chance de desenvolver c�ncer. Os conservantes (como os nitritos e nitratos) podem provocar o surgimento de c�ncer de intestino (c�lon e reto) e o sal pode provocar o de est�mago.

 

5ª - Mantenha o peso corporal adequado

Manter um peso saud�vel ao longo da vida � uma das formas mais importantes de se proteger contra o c�ncer. Uma alimenta��o saud�vel favorece a manuten��o do peso saud�vel e a recomenda��o � evitar alimentos ultraprocessados, como aqueles prontos para aquecer ou consumir, e basear a alimenta��o em alimentos in natura e minimamente processados, como as frutas, legumes, verduras, feij�es e outros gr�os, sementes e castanhas. A atividade f�sica tamb�m contribui para se proteger contra o c�ncer, al�m de contribuir para a manuten��o do peso corporal saud�vel. Voc� pode, por exemplo, caminhar, dan�ar, trocar o elevador pelas escadas, levar o cachorro para passear, cuidar da casa ou do jardim ou buscar modalidades como a corrida de rua, gin�stica, muscula��o, entre outras. Experimente, ache aquela modalidade de que voc� goste, aproveite e busque fazer dessas atividades um momento coletivo, prazeroso e divertido, com a fam�lia e amigos, ou fa�a da atividade f�sica um momento introspectivo no qual voc� se conecta consigo. Enfim, � poss�vel encaixar a atividade f�sica na rotina de cada um, seja atrav�s do deslocamento ativo indo ao trabalho ou outras atividades, caminhando ou de bicicleta, s�o diversas as possibilidades. A cria��o de ambientes que incentivem a alimenta��o saud�vel e ser fisicamente ativo ao longo da vida � fundamental para o controle do c�ncer.


6ª - Amamente

O aleitamento materno � a primeira a��o de alimenta��o saud�vel. A amamenta��o at� os dois anos ou mais, sendo exclusiva at� os seis meses de vida da crian�a, protege as m�es contra o c�ncer de mama e as crian�as contra a obesidade infantil. A partir de seis meses da crian�a, deve-se complementar a amamenta��o conforme a dica sobre alimenta��o saud�vel e prote��o contra o c�ncer. Mulheres entre 25 e 64 anos devem fazer o exame preventivo do c�ncer do colo do �tero a cada tr�s anos. As altera��es das c�lulas do colo do �tero s�o descobertas facilmente no exame preventivo (conhecido tamb�m como Papanicolau), e s�o cur�veis na quase totalidade dos casos. Por isso, � importante a realiza��o peri�dica deste exame. T�o importante quanto fazer o exame � saber o resultado, seguir as orienta��es m�dicas e o tratamento indicado.


7º - Vacine-se contra o HPV e a Hepatite B

A vacina��o contra o HPV, dispon�vel no SUS, e o exame preventivo (Papanicolau) se complementam como a��es de preven��o do c�ncer do colo do �tero. Mesmo as mulheres vacinadas, quando chegarem aos 25 anos, dever�o fazer um exame preventivo a cada tr�s anos, pois a vacina n�o protege contra todos os subtipos do HPV.
O c�ncer de f�gado est� relacionado � infec��o pelo v�rus causador da hepatite B e a vacina � um importante meio de preven��o deste c�ncer. O Minist�rio da Sa�de disponibiliza, nos postos de sa�de do pa�s, a vacina contra esse v�rus para pessoas de todas as idades.


8º - Evite a exposi��o solar

Evite a exposi��o ao sol entre 10h e 16h e use sempre prote��o adequada, como chap�u, guarda-sol e protetor solar, inclusive nos l�bios. Se for inevit�vel a exposi��o ao sol durante a jornada de trabalho, use chap�u de aba larga, camisa e cal�a comprida.

 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)