Melanoma ocular exige mais aten��o diante da agressividade
Problema surge nos melan�citos, c�lulas respons�veis pela pigmenta��o dos olhos; idas anuais ao oftalmologista s�o essencias para diagn�stico precoce
No ver�o, muito se fala sobre a preven��o ao c�ncer de pele, que dever� acometer mais de 220 mil brasileiros em cada ano do tri�nio 2023-2025, conforme estimativas do Instituto Nacional de C�ncer (inca). No entanto, vale chamar a aten��o tamb�m sobre um outro tumor cut�neo, que costuma aparecer em regi�es do corpo que n�o necessariamente foram expostas ao sol, o melanoma.
Embora seja o menos incidente entre os c�nceres de pele, com previs�o de 8.980 novos casos por ano no Brasil, de acordo com o Inca, o melanoma � o mais agressivo e pode se manifestar nos olhos. O melanoma ocular surge nos melan�citos, c�lulas respons�veis pela pigmenta��o dos olhos, e se divide em tr�s tipos: de corpo ciliar – parte do globo ocular que produz o l�quido humor aquoso interno ao olho –, �ris e coroide – membrana vascular entre a esclera e a retina.
Aquiles Gontijo, oftalmologista do Instituto de Olhos Minas Gerais (IOMG) e da Santa Casa BH, avisa que n�o existe uma maneira de prevenir o melanoma ocular, j� que a causa � desconhecida
IOMG/Divulga��o
De acordo com Aquiles Gontijo, m�dico oftalmologista do Instituto de Olhos Minas Gerais (IOMG) e da Santa Casa BH, especialista em retina cir�rgica, catarata e uve�te, “infelizmente n�o existe uma maneira de preveni-lo, porque sua causa � desconhecida, entretanto, manter visitas anuais ao oftalmologista � determinante para detectar e investigar poss�veis les�es e garantir um diagn�stico precoce.”
Pessoas com idade superior a 60 anos, que tem nevus de coroide (esp�cie de pinta no fundo de olho) ou nevo de Ota (um tipo de mancha azulada no rosto) e caucasianos de origem do norte europeu s�o mais propensas a desenvolver melanoma ocular. Seus sintomas s�o inespec�ficos, como baixa visual, vis�o emba�ada e ver flashes de luz mesmo em um ambiente completamente escuro.
O tratamento, relata Aquiles Gontijo, sempre ser� definido de forma individualizada, considerando o estadiamento da doen�a, e poder� envolver fotocoagula��o a laser (feixe de luz direcionado para a regi�o afetada), termoterapia transpupilar (t�cnica de radia��o infravermelha), radioterapia ou ressec��o do tumor, quando for apenas uma les�o focal.
Dependendo do qu�o avan�ado o quadro esteja, poder� ser necess�rio retirar o globo ocular e anexos. Quando as les�es s�o pequenas e descobertas em sua fase inicial, o progn�stico tende a ser melhor, alerta o oftalmologista.
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