Jeff Beck foi um dos guitarristas mais influentes de todos os tempos
- O que � a meningite meningoc�cica
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Beck substituiu o tamb�m guitarrista Eric Clapton na banda The Yardbirds e, anos mais tarde, formou um novo grupo em parceria com o cantor Rod Stewart. Segundo a BBC News, "o timbre, a presen�a e, principalmente, o volume de Beck redefiniram o uso da guitarra na m�sica dos anos 1960 e influenciaram movimentos como o heavy metal, o jazz-rock e at� o punk".
O que � a meningite bacteriana?
Em resumo, a meningite � um processo inflamat�rio que afeta as meninges, membranas que revestem e protegem o c�rebro e a medula espinhal. Essa inflama��o pode ser causada por v�rios agentes. Os mais comuns s�o os v�rus e as bact�rias.
O Centro de Controle e Preven��o de Doen�as (CDC) dos Estados Unidos aponta que, apesar de ser mais comum, a meningite viral � menos agressiva e a grande maioria dos pacientes se recupera.
J� a meningite bacteriana — que, como o pr�prio nome indica, � causada por bact�rias — costuma ser mais grave.
A Sociedade Brasileira de Imuniza��es (SBIm) estima que entre 20 e 30% dos pacientes diagnosticados com a vers�o bacteriana da enfermidade morrem. "Dos sobreviventes, de 10 a 20% ficam com alguma sequela, como surdez, amputa��o de membros ou comprometimentos neurol�gicos", calcula a entidade.
Diversos micro-organismos podem causar um quadro desses. Segundo o Minist�rio da Sa�de, o agente mais comum no Brasil � o meningococo (Neisseria meningitidis), seguido pelo pneumococo (Streptococcus pneumoniae), pelo bacilo de Koch (Mycobacterium tuberculosis) e pelo Haemophilus influenzae.
Leia tamb�m: Anvisa aprova vacina de dose �nica contra meningite meningoc�cica.
O minist�rio estima que, de 2007 a 2020, o pa�s registrou 87,9 mil casos e 5,5 mil mortes por meningite bacteriana.

A meninge � um tecido que recobre e protege o c�rebro e a medula espinhal
Getty ImagesQuais s�o os sintomas e as formas de transmiss�o?
O Servi�o de Sa�de P�blica do Reino Unido (NHS, na sigla em ingl�s) explica que a meningite � transmitida de pessoa a pessoa por meio de tosses, espirros, beijos e conversas. Got�culas de saliva e secre��es que saem pelo nariz ou pela boca trazem as bact�rias, que v�o parar no organismo de uma outra pessoa e d�o in�cio a uma infec��o.
A SBIm acrescenta que "aproximadamente 10% da popula��o pode ser portadora assintom�tica das bact�rias [causadoras de meningite] e transmiti-las sem saber, principalmente adolescentes e adultos jovens".
O Centro de Sa�de Johns Hopkins, dos Estados Unidos, aponta que os principais sintomas da meningite bacteriana s�o:
- Dor ou rigidez no pesco�o e na nuca;
- Dor de cabe�a;
- Febre alta;
- Confus�o mental ou sonol�ncia excessiva;
- Aparecimento de manchas roxas, parecidas a machucados, na pele;
- Pele avermelhada ou irritada;
- Fotofobia, ou sensibilidade � luz.
Em crian�as menores, outros ind�cios da doen�a incluem:
- Irritabilidade;
- V�mitos e febre alta;
- Choro frequente;
- Incha�o da cabe�a;
- Falta de apetite;
- Convuls�es.
O centro Johns Hopkins informa que "os sintomas geralmente aparecem rapidamente, em poucas horas ou de um dia para o outro".
Procurar um pronto-socorro rapidamente, portanto, � essencial para fazer o diagn�stico e iniciar o tratamento o mais r�pido poss�vel.
Quais s�o os grupos de risco?
A Cl�nica Mayo, nos Estados Unidos, lista cinco situa��es que aumentam o risco de ter meningite bacteriana:
- N�o se vacinar: o risco � maior em quem n�o tomou as doses de imunizantes preconizadas (falaremos mais sobre a vacina��o a seguir);
- Idade: crian�as com menos de 5 anos s�o as mais vulner�veis. A doen�a tamb�m costuma ser frequente em adolescentes e adultos jovens, de at� 20 anos;
- Viver em ambiente comunit�rio: estudantes universit�rios que compartilham dormit�rios, indiv�duos em bases militares e crian�as em creches ou internatos est�o sob risco, pois a bact�ria consegue ser transmitida com mais facilidade nesses ambientes;
- Gesta��o;
- Falhas no sistema imune: indiv�duos com c�ncer, infec��o por HIV, diabetes, transplantados e portadores outras condi��es costumam ter uma imunidade mais baixa, o que abre alas para a invas�o de bact�rias.
A m�dica Rosana Richtmann, diretora do Comit� de Imuniza��o da Sociedade Brasileira de Infectologia, explica que adolescentes apresentam a enfermidade com mais frequ�ncia por quest�es comportamentais t�picas da idade.
"Essa � a idade do compartilhamento de copos, dos beijos, dos encontros em baladas e lugares fechados...", lista. "E tudo isso facilita a transmiss�o das bact�rias."
J� entre os mais velhos, explica a especialista, o risco de complica��es est� relacionado � evas�o imune, ou a diminui��o da capacidade do organismo de combater infec��es.
"Com o passar dos anos, o sistema de defesa fica mais fr�gil e quadros que antes eram simples podem se tornar mais complicados", pontua a m�dica, que tamb�m integra o Instituto de Infectologia Em�lio Ribas, em S�o Paulo.

O meningococo � o principal agente por tr�s da meningite no Brasil
Getty ImagesComo a meningite � diagnosticada e tratada?
O CDC explica que a detec��o da meningite bacteriana depende de testes laboratoriais, feitos por meio da coleta de sangue ou do fluido da medula espinhal. Esses exames avaliam a presen�a das bact�rias causadoras da inflama��o na meninge.
A partir da�, o m�dico vai prescrever os antibi�ticos espec�ficos, capazes de matar aquele grupo de micro-organismos.
O NHS acrescenta que muitos pacientes tamb�m precisam de tratamento de suporte, que inclui soro na veia e oxig�nio.
D� pra prevenir a meningite bacteriana?
A vacina��o � a principal forma de diminuir o risco de sofrer com essa doen�a. N�o existe um imunizante �nico capaz de lidar com todas essas bact�rias, mas v�rias doses diferentes, indicadas em esquemas e para faixas et�rias variadas, s�o essenciais para reduzir o risco de infec��o e complica��es.

Vacinas que protegem contra diferentes causadores da meningite est�o dispon�veis na rede p�blica
Getty ImagesPara diminuir a probabilidade de ter meningite (e outras infec��es), o Sistema �nico de Sa�de (SUS) disponibiliza atualmente as vacinas:
- Meningoc�cica C: protege contra o sorogrupo C dos meningococos. O esquema inclui tr�s doses: a primeira aos tr�s meses de vida, a segunda aos cinco meses e a terceira aos 12 meses;
- Meningoc�cica ACWY: resguarda contra os sorogrupos A, C, W e Y dos meningococos. Autoridades p�blicas indicam uma dose �nica para adolescentes de 11 ou 12 anos;
- BCG: protege contra o Mycobacterium tuberculosis. Dose �nica, aplicada logo ap�s o nascimento;
- Pentavalente: diminui o risco de infec��o pelo Haemophilus influenzae, causador de meningite, difteria, t�tano, coqueluche, entre outras. Esquema vacinal de tr�s doses, dadas aos dois, quatro e seis meses de vida do beb�;
- Pneumoc�cica 10-valente: resguarda contra o Streptococcus pneumoniae. S�o tr�s doses, dadas aos dois, quatro e doze meses de vida;
- Pneumoc�cica 23-valente: tamb�m evita infec��es pelo Streptococcus pneumoniae. Dispon�vel para toda a popula��o ind�gena com mais de 5 anos que n�o tomou a pneumoc�cica 10-valente e para indiv�duos com mais de 60 anos que est�o em asilos e casas de apoio;
- Pneumoc�cica 13-valente: terceira vacina dispon�vel para proteger contra o Streptococcus pneumoniae. S� est� dispon�vel na rede p�blica para alguns grupos especiais, como indiv�duos com infec��o pelo HIV, pacientes com c�ncer e transplantados.
Richtmann chama a aten��o para as baixas coberturas vacinais contra esses micro-organismos causadores da doen�a.
"Com a introdu��o dessas vacinas no calen�rio nacional h� mais de uma d�cada, a incid�ncia de meningite despencou no Brasil inteiro", lembra.
"Portanto, me preocupo com a baixa ades�o a essas vacinas mais recentemente. Quem n�o foi vacinado, corre o risco de sofrer com uma doen�a grave e potencialmente fatal", completa.
Segundo o portal DataSUS, apenas 72% das crian�as receberam a vacina meningoc�cica C em 2021 (os dados de 2022 ainda est�o em atualiza��o).
J� a meningoc�cia ACWY, destinada a adolescentes, teve uma cobertura m�dia de 30 a 40% nos �ltimos anos — a meta seria manter os �ndices acima dos 80%.
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