Tire�ide de Hashimoto
A Doen�a Ocular da Tireoide (DOT) � uma doen�a rara, cr�nica e progressiva. Trata-se de uma condi��o extremamente heterog�nea, na qual os sintomas podem variar de pessoa para pessoa e evoluir de maneira leve, moderada ou severa. A enfermidade tamb�m � conhecida como orbitopatia de Graves ou oftalmopatia de Graves.
O corpo humano � um sistema inteligente, complexo e interligado. Para seu pleno funcionamento s�o necess�rios cuidados e aten��o. Alguns sinais e sintomas, por exemplo, podem ser alertas para condi��es graves que afetam os olhos - como � o caso da DOT.
Por ser autoimune, a doen�a ocular da tireoide acontece quando o organismo come�a a atacar as pr�prias c�lulas ao redor dos olhos, causando inflama��o e incha�o do tecido adiposo e muscular na regi�o. Dor, vermelhid�o, sensibilidade � luz, olhos arregalados (retra��o palpebral) e saltados (proptose), diplopia (vis�o dupla), olhos desalinhados ou que n�o se movem juntos, incha�o e lacrimejamento excessivo s�o alguns dos principais sinais e sintomas da doen�a que, em alguns casos, podem levar � cegueira.
N�o � incomum a DOT ser associada � doen�a de Graves, a causa mais comum de hipertireoidismo, um problema na tireoide (gl�ndula que regula a fun��o de �rg�os importantes como o cora��o, o c�rebro, o f�gado e os rins), que se caracteriza pela produ��o desordenada dos horm�nios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina). Aproximadamente um ter�o dos pacientes com doen�a de Graves apresentam algum sinal e/ou sintoma nos olhos, o que explica o nome da enfermidade. Embora a maioria das pessoas com DOT (90%) tenha hipertireoidismo concomitante, a DOT tamb�m pode ocorrer em pessoas com a tireoide normal ou com hipotireoidismo, quando h� queda na produ��o dos horm�nios T3 e T4 (10% dos casos).
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A preval�ncia de pessoas com DOT n�o � conhecida, mas � estimada que a condi��o afete 16 a cada 100 mil mulheres na popula��o mundial e 2,9 a cada 100 mil homens. Embora seja mais frequente em mulheres, a forma mais grave da doen�a � mais comum em homens e em pessoas tabagistas.
Assim como todas as condi��es raras, o diagn�stico precoce e o cuidado adequado � fundamental para um melhor manejo da doen�a. O diagn�stico da DOT � cl�nico, feito por meio de um exame detalhado com m�dico oftalmologista especialista em cirurgia pl�stica ocular. � poss�vel complementar a investiga��o com exames de sangue para avaliar a fun��o tireoidiana e de imagem. A tomografia computadorizada ou resson�ncia nuclear magn�tica podem fornecer informa��es mais precisas, por exemplo.
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