casal em discussão aponta o dedo indicador um para o outro

Saiba como a comunica��o pode impedir que rela��es t�xicas causem impacto negativo na qualidade de vida

Afif Ramdhasuma/Pixabay
O termo “relacionamentos abusivos” est� em evid�ncia no Brasil. Mas pouco se explica como lan�ar m�o da comunica��o para impedir que essas situa��es do dia a dia, sejam na vida pessoal ou profissional, impactem negativamente na qualidade de vida, n�o � mesmo?  Entenda que um grande aliado na preven��o desses relacionamentos � o senso de valor pr�prio, consequentemente, n�o aceitar qualquer tipo de tratamento, buscar defender sua autonomia, autoconhecimento e ter atitudes assertivas para impor barreiras de prote��o.

Esse passo a passo � recomendado por Diana Bonar,  especialista em gest�o de conflitos e Comunica��o n�o Violenta (CNV): "A viol�ncia dom�stica n�o come�a com uma agress�o f�sica, mas sim com o homem minando a percep��o da mulher sobre ela pr�pria. Fazendo a mulher acreditar que precisa dele para ser feliz e se sentir segura. Quando na verdade ela est� se tornando uma v�tima de um relacionamento que ir�, aos poucos, cortar v�nculos importantes com amigas e familiares e at� mesmo gerar uma depend�ncia financeira com seu c�njuge. Ao fazer isso, a mulher estar� sozinha, vitimizada e com muito mais dificuldade em deixar esse relacionamento".

Conforme Diana Bonar, o primeiro pilar da CNV fala sobre a import�ncia da autocompaix�o e autocuidado. Quanto maior for o  autoconhecimento, mais distante a mulher estar� de relacionamento abusivos: "A CNV � uma jornada interna que nos conecta as necessidades humanas e facilita a constru��o de uma vida plena, saud�vel e feliz".
“S�o como nossos valores e princ�pios, que precisam ser preenchidos para que nos sintamos bem. Quando falamos de relacionamento, as necessidades por parceria, pertencimento, afeto, amor, seguran�a psicol�gica, respeito e cumplicidades s�o essenciais. Portanto, se voc� n�o tem essas necessidades preenchidas, possivelmente est� sentido m�goa, tristeza, medo, inseguran�a e confus�o”, ressalta a especialista.

Dicas para se relacionar se adoecer

DICA 1: Observe os sentimentos, eles s�o mais f�ceis de perceber do que as necessidades. N�o � um bom sinal, sentir-se confusa e triste com muita frequ�ncia.

DICA 2: Conhe�a suas necessidades. Ter consci�ncia sobre o que � importante para voc�, a ajudar� a criar estrat�gias saud�veis e eficientes. Se pergunte: 'o que eu preciso, quais s�o meus valores? Por que estou fazendo ou aceitando isso?'
DICA 3: Voc� s� pode se comunicar se souber onde est� a sua barreira de prote��o. Voc� ensina como gosta de ser tratada pelo que aceita, tolera e refor�a. � no in�cio dos relacionamentos que devemos mostrar, claramente, toda vez que essa barreira for tocada. Uma grosseria, um olhar agressivo, uma cr�tica que te coloca para baixo, um tom de voz que n�o gosta, falar mal das amigas, tentativa de impedir voc� de sair ou de usar a roupa que quiser, ofensas e por a� vai. Lembre-se: no primeiro sinal de que essa pessoa tocou essa barreira, mesmo que pare�a pequeno, comunique. Isso mostra que voc� se ama, se conhece e que n�o permite qualquer tratamento.

DICA 4: Seja coerente com seus valores. Se comunicou que n�o gosta que te xinguem, mas a pessoa faz novamente, pegue sua bolsa, se levante e v� embora. Ao ficar e aceitar desculpas, novamente, estar� ensinando que isso � um ciclo. Saia dele.

DICA 5: Invista em voc�. Leia livros, assista v�deos e fa�a cursos sobre autocompaix�o, intelig�ncia emocional, amor-pr�prio, autoestima e comunica��o n�o violenta.