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A reposi��o hormonal consiste na administra��o de horm�nios, tais como a progesterona, o estradiol e a testosterona, com o intuito de promover o equil�brio dos n�veis dessas subst�ncias no organismo e melhorar a qualidade das mulheres

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  Apesar dos in�meros avan�os no campo da medicina, dos recursos tecnol�gicos dispon�veis e da facilidade de comunica��o nos dias atuais, muitas mulheres ainda resistem a terapia de reposi��o hormonal, principalmente, devido a car�ncia de informa��es, fato que dificulta o acesso de muitas pacientes ao tratamento.

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A reposi��o hormonal consiste na administra��o de horm�nios, tais como a progesterona, o estradiol e a testosterona, com o intuito de promover o equil�brio dos n�veis dessas subst�ncias no organismo e, consequentemente, melhorar a qualidade de vida das pacientes.

Mulheres na fase da menopausa, normalmente, necessitam da terapia de reposi��o hormonal (TRH). 
O m�dico ginecologista Vin�cius Carruego, diretor m�dico da Cl�nica Elsimar Coutinho, em S�o Paulo, explica que o tratamento auxilia na diminui��o de sintomas como ondas de calor, suores noturnos, ins�nias, secura vaginal, falta de libido, entre outros: "Tamb�m pode ser usada para melhorar outras condi��es m�dicas, como osteoporose, depress�o, enxaqueca. Estudos indicam que ajuda na preven��o de doen�as como dem�ncia de alzheimer, infarto e AVC".
 

Vin�cius Carruego destaca que grande parte desses sintomas est�o relacionados � diminui��o dos n�veis de horm�nios sexuais, � o que aponta um estudo divulgado no Europe Journal Breast Heath, em 2021. De acordo com a publica��o, a reposi��o hormonal traz benef�cios a longo prazo para as mulheres e sugere reduzir os riscos de v�rios tipos de doen�as, inclusive, o c�ncer de mama.

As principais vias de administra��o hormonal

O m�dico conta que as principais vias de administra��o da reposi��o hormonal s�o: via oral (comprimidos), gel, transd�rmica (atrav�s da pele), vaginal e implantes. No entanto, a escolha do tipo de tratamento deve ser feita pelo m�dico, levando em considera��o as necessidades e caracter�sticas de cada paciente.

Nos consult�rios, ainda hoje, a p�lula e o gel s�o os m�todos mais utilizados, mas n�o necessariamente os mais seguros para a mulher: "O tratamento via oral, por exemplo, pode aumentar os riscos de trombose e ocasionar poss�veis danos � sa�de. Al�m disso, o esquecimento tamb�m pode ser um fator importante para as pacientes, devido ao uso di�rio do rem�dio", avisa Vin�cius Carruego.
 
Em rela��o ao gel, � importante tomar alguns cuidados para evitar que o produto seja transmitido para outras pessoas, principalmente, crian�as, j� que ele pode permanecer na pele por mais tempo: "J� os implantes garantem concentra��es mais constantes dos horm�nios por um per�odo mais prolongado e n�o precisam ser aplicados diariamente", enfatiza o m�dico. 

Vantagens do implante 

Conforme o ginecologista, o implante hormonal ainda apresenta outras vantagens em rela��o aos demais m�todos de reposi��o hormonal, como por exemplo, a durabilidade: "Ademais, � poss�vel usar horm�nios isomoleculares e bioid�nticos, que correspondem a molecular exatamente iguais aquelas que a paciente produziu pelo corpo, ou seja, sem modificar sinteticamente a mol�cula para que ela seja absorvida via oral, causando menos efeitos colaterais".

Estudos cient�ficos apontam os benef�cios da reposi��o hormonal via implantes, como o aumento de massa �ssea com o implante de estradiol e testosterona, inclusive, sugerem a diminui��o do risco de c�ncer de mama. O tratamento tamb�m ajuda na diminui��o de sintomas psiqui�tricos tais como depress�o e na diminui��o da incid�ncia de dem�ncia.

Antes de iniciar a terapia de reposi��o hormonal, Vin�cius Carruego alerta que � essencial uma avalia��o completa, incluindo anamnese, com solicita��o de exames laboratoriais: "Tamb�m � preciso que a paciente adote um estilo de vida saud�vel, com uma dieta equilibrada, pr�tica regular de atividades f�sicas, sono de qualidade e ingest�o adequada de �gua".

A reposi��o hormonal deve ser vista como uma forma complementar de cuidado � sa�de, sendo sempre monitorada periodicamente pelo m�dico e ajustada anualmente de acordo com as necessidades individuais de cada paciente.