Estilo de vida e diagn�stico precoce s�o chaves para lidar com o Parkinson
Conhecida por causar tremores involunt�rios, o Parkinson cresce em n�mero de mortes e requer conscientiza��o para melhorar a qualidade de vida dos pacientes
OMS alerta que a doen�a de Parkinson se tornou um desafio de sa�de p�blica por ser a desordem neurol�gica que mais causa incapacita��o e mortes no mundo todo
Annick Vanblaere/Pixabay
A Organiza��o Mundial de Sa�de (OMS) tem alertado que a doen�a de Parkinson se tornou um desafio de sa�de p�blica por ser a desordem neurol�gica que mais causa incapacita��o e mortes no mundo todo, nos �ltimos anos, e a segunda doen�a neurodegenerativa mais comum no mundo, atr�s do Alzheimer. No dia 11 de abril, data estabelecida pela OMS em 1998, entidades se mobilizam para promover a conscientiza��o sobre o Parkinson, a import�ncia da pesquisa, o planejamento para melhorar a qualidade de vida dos pacientes e a preven��o da incapacita��o da popula��o na medida em que cresce a longevidade.
A preval�ncia do Parkinson dobrou nos �ltimos 25 anos e a OMS estima que mais de 8,5 milh�es de pessoas vivem com a doen�a, mas que este n�mero pode ser maior se as pessoas com v�rias formas de Parkinson forem inclu�das na conta, como as ocorr�ncias causadas por condi��es degenerativas (Parkinson at�pico), les�o vascular no c�rebro ou efeitos adversos de medica��es como neurol�pticos, utilizados no tratamento de sintomas de psicose.
De acordo com a OMS, em 2019, a doen�a de Parkinson resultou na perda por incapacidade de 5,8 milh�es de anos de vida, um aumento de 81% na compara��o com o ano 2000, e causou 329 mortes mil em todo o mundo, com aumento de 100%, desde o ano 2000. No Brasil, estima-se que mais de 200 mil pessoas sejam acometidas pela doen�a.
O neurologista da Rede de Hospitais S�o Camilo de S�o Paulo, Edson Issamu, explica que o diagn�stico precoce � fundamental e que os sintomas podem ser controlados nos primeiros anos da doen�a com medica��o espec�fica. “Infelizmente, a progress�o da doen�a intensifica alguns sintomas como o tremor e a lentid�o, podendo se tornar debilitante. Ao manifestar qualquer caracter�stica do Parkinson, procure um m�dico e investigue a condi��o. Com planejamento e cuidados, � poss�vel viver com a doen�a e ter qualidade de vida”, explica Issamu.
O primeiro artigo que caracterizou a doen�a de Parkinson foi publicado em 11 de abril de 1817, por James Parkinson, que descreveu os principais sintomas da doen�a publicados no Ensaio sobre a Paralisia Agitante. Em 1998, a OMS oficializou a data como o Dia Mundial de Conscientiza��o sobre a Doen�a de Parkinson.
O que �?
O Parkinson � uma condi��o degenerativa do c�rebro, progressiva e sem cura, associada com sintomas motores (tremor, movimento lento, rigidez dos membros e desequil�brio no andar) e uma variedade de complica��es n�o motoras (sintomas neuropsiqui�tricos e auton�micos, dist�rbios de sono e vig�lia, dor e outros dist�rbios sensoriais).
A progress�o desses sintomas e complica��es reduzem as fun��es e a qualidade de vida do paciente, o que resulta em altas taxas de incapacita��o e necessidade de cuidados por outras pessoas. O principal fator de risco � o envelhecimento, embora jovens tamb�m possam ser afetados.
Preven��o
Segundo relat�rio da OMS, a predisposi��o gen�tica � a principal causa de apenas um pequeno grupo de casos, com outros estudos apontando para fatores ambientais como polui��o do ar, uso de pesticidas e solventes industriais.
As pesquisas indicam ainda que atividades f�sicas regulares, alimenta��o saud�vel e o consumo de cafe�na contribuem para prevenir o surgimento do Parkinson.
Sintomas
A doen�a de Parkinson afeta o sistema nervoso central de forma cr�nica e progressiva – e atinge predominantemente os neur�nios produtores de dopamina, subst�ncia que auxilia na realiza��o dos movimentos volunt�rios do corpo de forma autom�tica. Os principais sintomas envolvem desde o mais conhecido tremor at� a lentid�o motora, rigidez entre as articula��es e desequil�brio, entre outras consequ�ncias mais graves.
Diagn�stico
A detec��o precoce � essencial para o tratamento. Os pacientes requerem cuidados prolongados, ou seja, quanto antes a detec��o for realizada, maior a qualidade de vida do paciente. O diagn�stico cl�nico � feito por neurologistas e profissionais de sa�de especializados e qualquer sinal deve ser submetido a um especialista para avalia��o. Exames neurol�gicos, compostos por testes f�sicos e resson�ncia magn�tica do c�rebro, s�o aplicados.
Tratamento
Al�m dos medicamentos espec�ficos, uma abordagem interdisciplinar ir� ampliar os resultados com o avan�o da doen�a, que incluir� atividades de fisioterapia, reabilita��o e at� cuidados paliativos. De acordo com o caso, fonoaudi�logos, psic�logos, fisioterapeutas e outros profissionais far�o parte do time de acompanhamento e atendimento do paciente. Em situa��es avan�adas, o tratamento poder� indicar estimula��o cerebral profunda.
Apesar dos avan�os no desenvolvimento de rem�dios, nenhum se provou efetivo em desacelerar a progress�o da doen�a. A Levodopa se mant�m como uma das drogas com melhores resultados para os sintomas motores e n�o motores, com impacto na qualidade de vida do paciente de Parkinson, mas sem paralisar o processo neurodegenerativo.
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