Testes realizados em laborat�rio por pesquisadores da Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz) indicaram a possibilidade de frear o crescimento do c�ncer de mama alterando o perfil de um tipo de c�lulas de defesa. A pesquisa passou por tr�s experimentos em laborat�rio, mas � apenas o ponto de partida para a avalia��o de uma poss�vel terapia com essa abordagem.
As c�lulas pesquisadas no estudo foram os macr�fagos, que fazem parte das defesas do organismo. Existem dois tipos dessas c�lulas, as M1 e as M2, e o primeiro tipo est� mais associado � expans�o dos tumores, enquanto o segundo tipo, � conten��o. Cerca de metade da massa dos tumores malignos na mama � composta por macr�fagos, e a pesquisa avaliou o que aconteceria se as do tipo M1 fossem alteradas para M2.
Para que essa altera��o acontecesse, foram utilizadas nanopart�culas de �xido de ferro, produzidas em laborat�rio por meio de uma parceria da Fiocruz Minas com o Departamento de F�sica da Universidade Federal de Pernambuco. A p�s-doutoranda do grupo de Imunologia Celular e Molecular da Fiocruz Minas Camila Sales Nascimento esteve � frente do projeto e explica que a proposta � que, em contato com o composto, os macr�fagos M1 se transformar�o em M2, refor�ando o controle da expans�o do c�ncer.
"A ideia foi transformar M2 em M1, por meio de tratamento local, realizado diretamente no tumor, o que permitiu um controle maior em rela��o a interven��es sist�micas", explicou ela � Ag�ncia Fiocruz de Not�cias.
Foram realizados testes in vitro com c�lulas humanas em duas e tr�s dimens�es, com resultados positivos, e tamb�m experimentos em laborat�rio com camundongos. Nesse caso, foram injetadas c�lulas tumorais e nanopart�culas em um grupo de animais, deixando-os em observa��o por 21 dias, para compar�-los com outro grupo que n�o recebeu as nanopart�culas. Os camundongos expostos ao �xido de ferro tinham uma massa tumoral 50% menor que o outro grupo ao fim do per�odo.
Os resultados foram publicados na revista cient�fica International Journal of Pharmaceutics. As indica��es positivas representam prova de conceito para que a pesquisa possa seguir adiante, mas ainda � preciso avaliar uma s�rie de outras quest�es, como os efeitos fisiol�gicos, os mecanismos de a��o, os efeitos colaterais, o tempo de absor��o do f�rmaco, a biodistribui��o no organismo, entre outros aspectos.
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