Olho

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Reprodu��o/Freepik

O Maio Verde foi escolhido por especialistas para representar o m�s de conscientiza��o do glaucoma, uma doen�a gen�tica que se caracteriza por altera��o do nervo �ptico, podendo levar a um dano irrevers�vel das fibras nervosas. O problema age de forma silenciosa, resultando em vistas emba�adas e at� na perda da vis�o. A doen�a � causada pelo aumento da press�o intraocular — que se d� por ac�mulo de l�quido que fica dentro do olho, atingindo 2% da popula��o brasileira.

De acordo com os dados divulgados pela Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG), cerca de 2,5 milh�es de brasileiros com mais de 40 anos sofrem com a doen�a cr�nica. A data de combate foi institu�da a partir do decreto de lei n°10.456, de 13 de maio de 2002, decretando o dia 26 de maio como o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma.

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A oftalmologista Nubia Vanessa, do CBV-Hospital de Olhos, relata sobre como a doen�a pode afetar o campo visual perif�rico da vis�o e pode levar alguns anos para que o paciente possa sentir algum sintoma. “� um problema ocular irrevers�vel, mas que tem controle com tratamento, se descoberto logo no in�cio. Por isso, � muito importante o acompanhamento com um especialista”, afirma.

Ainda de acordo com a especialista, a doen�a � mais comum em pessoas com mais de 60 anos. Ela tamb�m pode acometer crian�as, mesmo sendo um caso raro. "O acordo de crian�as � mais raro, mas a crian�a pode nascer com glaucoma, como o glaucoma cong�nito — � considerado a forma mais rara da doen�a que, na maioria das vezes, � heredit�rio e consiste no aumento da press�o intraocular em crian�as e rec�m-nascidos", explica.

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Nubia ressalta ainda a import�ncia de consultar um especialista para o diagn�stico da doen�a na fase inicial. “� imprescind�vel visitar o oftalmologista anualmente para fazer os exames de rotina, e detectar casos suspeitos, para diagn�stico inicial e realizar os exames de controle. O tratamento e retornos s�o individuais e de acordo com a necessidade de cada caso. O glaucoma, quando j� est� avan�ado, pode levar � cegueira irrevers�vel”, diz.

Ainda segundo ela, a doen�a pode ser tratada com col�rios e em alguns casos � necess�ria uma interven��o cir�rgica para baixar a press�o ocular.

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Fatores de risco

  • Hist�rico familiar;
  • Pessoas a partir de 40 anos; 
  • Miopia em graus altos; 
  • Diagn�stico de diabetes; 
  • Afrodescendentes;
  • Algum tipo de trauma ocular (acidentes, sendo eles, pancadas, perfura��es e queimaduras).

Casos

A dona de casa Emelicia Pereira Telles, 47 anos, descobriu que tinha a doen�a quando come�ou a ter perda da vis�o e ap�s um exame oftalmol�gico, o resultado confirmou o glaucoma. Ela teve 100% da vis�o afetada.

Assim, compreende-se que o glaucoma � assintom�tico, n�o � poss�vel perceber sinais da doen�a, por isso especialistas fazem a recomenda��o para a realiza��o de exames de rotina. “Se formos esperar manifestar algum sintoma, pode ser que o diagn�stico dessa doen�a s� se d� em fases mais avan�adas, atrav�s da les�o do nervo �ptico por aumento da press�o intraocular, a pessoa vai perdendo o campo visual de fora para dentro. Depois que a les�o de glaucoma acontece, a gente n�o consegue revert�-la. Ent�o esperar por sintomas para procurar um m�dico, n�o � o adequado, o ideal para diagnosticar � fazer uma consulta anual com oftalmologista”, diz Nubia.

Tratamento

Para aqueles que fazem o exame e descobrem a doen�a, � preciso come�ar com o tratamento para reduzir a press�o ocular. Ap�s diagn�stico do tipo de glaucoma, pode ser feito por medicamentos e at� cirurgias.

Tipos de glaucoma

  • Glaucoma prim�rio de �ngulo aberto: � o tipo mais frequente e que tem como principal fator de risco o hist�rico familiar e envelhecimento ocular. Assintom�tico, capaz de ser detectado por consultas oftalmol�gicas de rotina.
  • Glaucoma prim�rio de �ngulo fechado: Ocorre quando a �ris encosta na c�rnea fechando as estruturas de drenagem do olho, se tornando mais sintom�tico, causando dor aguda nos olhos, acompanhados de n�useas, hiperemia — vermelhid�o ocular, entre outros.
  • Glaucoma secund�rio: Trauma contuso, como por exemplo, uma bolada no olho, assim as estruturas de drenagem do olho acabam sendo alteradas.
  • Glaucoma facom�rfico: Que � secund�rio � presen�a de uma catarata grande e densa. Modificando a autonomia do olho e gerando glaucoma secund�rio sendo imprescind�vel que se fa�a a cirurgia da catarata para resolu��o desse glaucoma.

  • Glaucoma neovascular: Cria��o de vasos sangu�neos na �ris em todo o segmento anterior do olho, esses vasos acabam surgindo no ter�o anterior do globo ocular secund�rio altera��es de isquemia, ou seja de falta de sangue que aconteceram l� no fundo do olho, l� na retina. Ent�o doen�as sist�micas como diabetes, hipertens�o podem provocar hemorragias, tromboses na retina.
  • Glaucoma cong�nito:  Considerado a forma mais rara da doen�a que na maioria das vezes, heredit�rio e consiste no aumento da press�o intraocular em crian�as e rec�m- -nascidos 

*Estagi�ria sob supervis�o de Ronayre Nunes