ilustração do corpo humano mostrando os rins

Pedra nos rins: entre os principais sintomas, destacam-se a vontade de urinar, dor na regi�o lombar irradiando para o abd�men entre outros

julien Tromeur/Unsplash
Carlos Drummond de Andrade certa vez disse 'Nunca me esquecerei desse acontecimento na vida de minhas retinas t�o fatigadas', e essa frase me veio � mente quando, ao me inclinar para sentar, senti uma dor aguda na regi�o lombar, como se tivesse sido atingido por algo cortante. A dor passou momentaneamente, mas logo retornou, persistindo por mais de 10 dias. Numa escala de 0 a 5, posso afirmar que ela se encontra por volta do n�vel 3, variando de intensidade, mas sem desaparecer completamente.

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A causa dessa dor � a presen�a de pedras nos rins, massas s�lidas formadas pelo ac�mulo de cristais presentes na urina, que dificultam o funcionamento adequado do sistema urin�rio. Quando se deslocam, provocam fortes dores na pessoa afetada. O objetivo das pedras � alcan�ar a bexiga e serem expelidas. Entre os principais sintomas, destacam-se: vontade de urinar (presente), dor na regi�o lombar irradiando para o abd�men (presente), ard�ncia ao urinar (ausente), sangue na urina (ausente), n�useas e v�mitos (ausentes), suspens�o ou diminui��o do fluxo urin�rio (aumentado no meu caso) e febre (ausente).
Uma tomografia computadorizada com contraste realizada por mim revelou a presen�a de uma pedra de 5 mil�metros, prestes a ser expelida, por�m sem um prazo definido. Conhe�o algu�m que teve uma pedra de 10 mil�metros e precisou de cirurgia para remov�-la, mas esse n�o � o meu caso. N�o h� medicamentos espec�ficos para expulsar a pedra, apenas para aliviar a dor. A recomenda��o � esperar e consumir muita �gua, pelo menos tr�s litros por dia, fazendo com que eu v� ao banheiro a cada 20 ou 25 minutos.
 
Nesses momentos, tor�o para que a pedra seja eliminada e acabe com o sofrimento, mas tamb�m temo a dor que isso pode causar. Contradit�rio? A vida o �. Gostamos de pensar que estamos no controle de tudo, mas ignoramos o acaso e os fatores aleat�rios.

Curiosamente, sou Jos� e tamb�m Delgado por parte de m�e. O sobrenome Noblat, segundo meu av� paterno, vem de dois mission�rios franceses que chegaram ao Brasil no s�culo 19. Visitei a pequena cidade de Saint-L�onard-de-Noblat na Fran�a, mas n�o encontrei vest�gios de meus ancestrais. Acredito que, assim como os santos que protegem os portadores de pedras nos rins e as mulheres gr�vidas, tamb�m sou guardado por alguma for�a divina em minha luta contra essa condi��o.