Aplicação de Ozempic

Aplica��o de Ozempic

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S�O PAULO, SP (FOLHAPRESS) - No �ltimo ano, medicamentos injet�veis para diabetes como Ozempic e Saxenda viralizaram nas redes sociais como aliados no tratamento da obesidade. Mas sua aplica��o n�o � econ�mica. Os rem�dios custam entre R$ 600 e R$ 1.000.

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Nova op��o das chamadas "canetas emagrecedoras", o Wegovy, autorizado para tratar obesidade, pode chegar �s farm�cias brasileiras em 2024 com pre�o acima de R$ 2.000. O Mounjaro, que busca aprova��o para ser comercializado no pa�s, � vendido a US$ 1.000 os Estados Unidos (R$ 4.790 na convers�o atual).

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O alto custo tem a ver com o uso de uma nova tecnologia que ainda n�o est� dispon�vel no SUS (Sistema �nico de Sa�de), segundo o m�dico endocrinologista Levimar Rocha, presidente da SBD (Sociedade Brasileira de Diabetes).

"Infelizmente, quando tem tecnologia nova, � a ind�stria que faz o pre�o, e eles ainda t�m patente e n�o t�m muita concorr�ncia", diz Rocha.

A Novo Nordisk tem a patente da semaglutida, princ�pio ativo da Ozempic e do Wegovy, at� o final do ano de 2024. Depois disso, farmac�uticas poder�o produzir medicamentos gen�ricos.

A patente � um direito de exclusividade tempor�rio, que garante ao fabricante original do rem�dio ser o �nico a explor�-lo economicamente durante um per�odo.

O especialista em direito autoral Luiz Friggi, professor de Direito Empresarial na Mackenzie, diz que o valor alto no caso dos f�rmacos busca alcan�ar o lucro projetado pela ind�stria farmac�utica, cobrindo os custos de pesquisa e desenvolvimento realizados pelos laborat�rios.

Segundo ele, � prov�vel que os pre�os diminuam ap�s a perda de patente das farmac�uticas, uma vez que os fabricantes de gen�ricos ter�o menor custo e maior competi��o entre si.

Isso n�o significa, por�m, que o tratamento ser� necessariamente econ�mico. O c�lculo de teto de pre�o de medicamentos no Brasil segue regras previamente definidas em resolu��es da C�mara de Regula��o do Mercado de Medicamentos (CMED), que � o �rg�o da Anvisa (Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria) respons�vel pelo tema.

Essas regras levam em conta o car�ter inovador ou n�o do produto e o pre�o praticado em outros pa�ses de refer�ncia.

A CMED considera produtos novos os medicamentos com mol�cula nova no pa�s, que s�o divididos em cinco categorias de pre�o. Em todas as categorias, s�o considerados os menores pre�os praticados em outros pa�ses ou a m�dia dos valores de outras apresenta��es do medicamento no Brasil, com igual concentra��o e mesma forma.