Manter bons hábitos de vida ajuda a ter mais saúde e evitar doenças crônicas

Manter bons h�bitos de vida ajuda a ter mais sa�de e evitar doen�as cr�nicas

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"O cora��o, os rins, os pulm�es, o f�gado, o est�mago, o intestino, todos s�o �rg�os cujo bom funcionamento depende muito de como nos alimentamos, nos hidratamos e nos movimentamos", explica a m�dica nefrologista Lecticia Jorge, gerente m�dica da Fresenius Medical Care. Segundo ela, cresce o n�mero de pessoas acometidas por doen�as que se tornam cr�nicas, ou seja, duram mais de um ano e demandam cuidados m�dicos constantes, sobretudo com a popula��o vivendo por mais tempo.

C�ncerdiabetesproblemas cardiovasculares, como a hipertens�o, est�o entre as principais causas de morte no Brasil e no mundo, conforme a Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS). E muitas doen�as t�m como origem a m� alimenta��o, sobretudo pelo consumo excessivo de sal, a��car e gorduras e o sedentarismo.

"At� mesmo o estresse, um forte causador de hipertens�o, infarto, entre outros problemas, pode ser aliviado com cuidados b�sicos de sa�de. Hoje, a busca � por viver mais tempo, mas com qualidade de vida, sem doen�as", aponta Lecticis.

A m�dica lembra que as mudan�as de h�bito podem inicialmente parecer mais dif�ceis, mas depois de algum tempo persistindo e fazendo pequenas mudan�as no dia a dia � poss�vel se acostumar com uma nova alimenta��o e tamb�m com uma rotina que inclua atividades f�sicas.

"Tudo no in�cio parece estranho, ruim e diferente. Mas temos que perseverar, porque nosso corpo se habitua. Por exemplo, quem diminui o a��car, estranha quando come algo muito doce. O mesmo ocorre com quem reduz o sal da comida. Se vai a um restaurante e a comida est� mais salgadan�o tolera mais. Por isso, hoje muitos restaurantes j� colocam pouco sal na comida e deixam a gosto de cada um. Quem se acostuma a comer pouca gordura, at� passa mal, fica com o intestino mais solto, se ingerir algo muito gorduroso. E o mesmo vale para a pr�tica de um exerc�cio. No in�cio � dif�cil, depois a pessoa n�o abandona a pr�tica de jeito nenhum porque passa a se sentir muito bem. E quanto a �gua? Muitas pessoas me dizem que n�o suportavam beber �gua e hoje em dia adoram. Tudo � costume", refor�a.

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Os m�dicos ensinam que comer bem � muito simples. Basta alternar nos pratos arroz, feij�o, carne, ovo, legumes variados e verduras. E de sobremesa ou nos lanches, ingerir frutas, cereais, leite. O p�o pode fazer parte tamb�m, desde que haja controle e modera��o na quantidade. Se for de farinha integral � melhor ainda. O �lcool, por exemplo, tem que ser utilizado com cuidado, h� limites na dosagem. J� o tabaco o correto � jamais fazer uso. "Quem segue essas regrinhas b�sicas, possivelmente j� vai viver mais e melhor", diz Lecticia.

Como a sa�de renal importa

A sa�de renal ainda recebe pouca aten��o pela maior parte da popula��o e milhares de pessoas ao redor do mundo morrem por problemas que se iniciam com o mau funcionamento dos rins e que culminam, por exemplo, em derrame cerebral ou infarto.

A sa�de do rim ent�o � t�o importante quanto a do cora��o. E um grande problema � que a doen�a renal � silenciosa, nem sempre aparecem sintomas e a doen�a vai progredindo at� os rins pararem completamente de exercer suas fun��es principais, que s�o filtrar subst�ncias nocivas do sangue que fazem mal ao organismo, retirar excessos de l�quidos e equilibrar a press�o arterial, produzir os horm�nios que protegem os ossos e participar da produ��o de gl�bulos vermelhos, que evitam a anemia.

Muitas pessoas ainda conseguem controlar o problema com rem�dios, mas algumas atingem a etapa final da doen�a. Estima-se que cerca de 10% da popula��o mundial tenha algum problema renal, com o rim filtrando menos do que o normal.

De 2005 a 2022, o n�mero de pacientes em di�lise cr�nica no Brasil mais que dobrou, passando de 65 mil para 155 mil pessoas, segundo o censo realizado pela Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN).

Lecticia ressalta que hoje a popula��o se exp�e a v�rios fatores simult�neos que podem trazer preju�zos aos rins. "As pessoas est�o consumindo muito sal, sobretudo com alimentos industrializados, que cont�m sal como conservantes, outros cont�m muito a��car e gorduras. Bebem pouca �gua, tomam muitas bebidas prontas a�ucaradas, fazem muito uso de bebidas alco�licas, tomam medicamentos � vontade e n�o praticam atividades f�sicas, al�m de viverem constantemente sob estresse. Tudo isso prejudica a longevidade. E os idosos, que sentem mais dores, s�o os mais afetados em seus rins e f�gado com esse costume de tomar medicamentos em excesso. � preciso mais cautela e acompanhamento m�dico".