Droga para emagrecer promete reduzir risco card�aco para obesos

Um novo medicamento destinado a pacientes com obesidade, o Wegovy, reduz em 20% os riscos de eventos cardiovasculares adversos graves (MACEs, na sigla em ingl�s). O resultado, anunciado ontem, foi obtido em um grande teste, realizado pela fabricante, que contou com a participa��o de 17.604 adultos com 45 anos ou mais, doen�a cardiovascular estabelecida, acometidos por sobrepeso ou obesidade, mas sem hist�rico pr�vio de diabetes.

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O estudo comparou o uso da semaglutida, princ�pio ativo do rem�dio, aplicada de forma subcut�nea, em dose semanal de 2,4 mg, com um placebo. A inten��o era verificar de que forma a droga agia em complemento ao tratamento padr�o para a preven��o de problemas cardiovasculares graves durante um per�odo de at� cinco anos. A equipe concluiu que os indiv�duos que receberam a semaglutida tiveram uma redu��o significativa de MACEs.

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Segundo a Nova Nordik, respons�vel pela fabrica��o do Wegovy e pelo teste, durante a pesquisa, houve o registro de 1.270 MACEs. Esses eventos inclu�am falecimento por problemas cardiovasculares, ataques card�acos e acidentes vasculares cerebrais — esses dois �ltimos sem a ocorr�ncia de morte. Durante o ensaio, a droga se mostrou segura e bem tolerada pelos participantes, em conson�ncia com estudos feitos anteriormente com a mesma dose.

"As pessoas com obesidade t�m um risco aumentado de doen�as cardiovasculares, mas, at� o momento, n�o h� medicamentos aprovados para o controle de peso que tenham comprovado proporcionar gerenciamento eficaz do peso enquanto tamb�m reduzem o risco de ataque card�aco, derrame ou morte cardiovascular. Portanto, estamos muito animados com os resultados”, afirma, em nota, Martin Holst Lange, vice-presidente executivo de Desenvolvimento da fabricante.

Frederico Nacruth, cardiologista do Hospital Encore, considera a descoberta um grande avan�o para a medicina. “Esse rem�dio pode dar novos caminhos para tratamento e preven��o. Reduz a mortalidade reduzindo a obesidade, que � a doen�a do s�culo. Ent�o, as perspectivas s�o excelentes para diminuirmos a doen�a que mais mata no mundo, que � a cardiovascular”, afirma. “Acredito que essa medica��o ter� in�meras fun��es porque ela age em v�rios sistemas do organismo. Estamos entrando em uma era de mudan�a de paradigmas, com uma medica��o que tem atua��o sist�mica, n�o s� na parte de emagrecimento”, avalia.