Dados recentes do Minist�rio da Sa�de apontam que os fumantes com 18 anos ou mais representam 12,6% dos brasileiros
O c�ncer de pulm�o � o quarto tipo de tumor mais recorrente no Brasil. Segundo estimativas do Instituto Nacional do C�ncer (Inca), 32.560 casos dever�o ser diagnosticados em 2023, sendo 18.020 em homens e 14.540 em mulheres.
O Inca estima que, entre 2026 a 2030, haver� uma queda de 28% na mortalidade prematura de homens de 30 a 69 anos por c�ncer de pulm�o. A previs�o � feita por meio de um c�lculo matem�tico, que considera o n�mero de mortes por tipo de c�ncer, sexo e faixa et�ria entre 2001 e 2015 registrados no Sistema Nacional de Informa��es de Mortalidade (SIM). Os pesquisadores relacionam a queda ao esfor�o do governo federal para reduzir o tabagismo.
O oncologista da Oncologia D'Or, Mauro Zukin, destaca o sucesso das campanhas antitabagistas do governo brasileiro, que hoje s�o um modelo para os sistemas de sa�de de v�rios pa�s. "No entanto, os jovens est�o voltando a fumar", lamenta.
Diagn�stico precoce
Como 70% dos casos de c�ncer de pulm�o s� s�o identificados em est�gios avan�ados, e v�rios pa�ses, incluindo o Brasil, t�m feito o rastreamento para pacientes de risco. Essa medida � importante porque a doen�a n�o apresenta nenhum sintoma nas fases iniciais, como tosse e sangramento pelas vias respirat�rias.
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A For�a Tarefa de Servi�os Preventivos dos Estados Unidos recomenda o rastreamento anual com tomografia computadorizada de baixa dose em indiv�duos de alto risco, com idade entre 50 a 80 anos, fumantes ativo ou ex-fumantes h� menos de 15 anos e com hist�rico de tabagismo de 20 ma�os/ano, ou seja, dois 2 ma�os por dia por dez anos.
Tratamento
Nos �ltimos anos, o arsenal terap�utico para tratar o tumor aumentou muito, como a imunoterapia, que estimula o sistema imunol�gico a combater as c�lulas cancer�genas. Na �ltima edi��o do Congresso da Sociedade Americana de Oncologia Cl�nica (Asco, em ingl�s) foi apresentado um estudo mostrando que a aplica��o de quimioterapia seguida de osimertinibe reduziu em 51% o risco de morte pela doen�a em pessoas com c�ncer de pulm�o de n�o pequenas c�lulas, em est�gios iniciais, com muta��o no receptor do fator de crescimento epid�rmico, o EGFR.
Mauro Zukin aposta ainda no desenvolvimento de terapias menos agressivas como os anticorpos monoclonais conjugados, que j� s�o j� s�o usadas para tratar c�ncer de mama metast�tico e linfomas de Hodgkin. "Eles s�o a nova fronteira do tratamento do c�ncer de pulm�o", prev�.
Os anticorpos monoclonais conjugados transportam sust�ncias quimioter�picas ou radiotivas. Tais como m�sseis teleguiados, eles circulam pelo corpo at� encontrar as c�lulas tumorais, � quais se ligam para liberar essas subst�ncias. Desta forma, o tratamento torna-se menos agressivo porque, ao contr�rio da quimioterapia e da radioterapia, n�o afeta as c�lulas saud�veis.
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