Faust�o: entenda como funciona a fila para transplante de cora��o

O apresentador Fausto Silva, de 73 anos, precisar� passar por um transplante de cora��o. Segundo o boletim m�dico divulgado pelo Hospital Albert Einstein neste domingo (20/8), o quadro de insufici�ncia card�aca de Faust�o se agravou. Internado desde 5 de agosto, o artista est� fazendo di�lise e necessita de medicamentos para ajudar a bombear o cora��o. 

Faust�o agora est� aguardando por um doador pelo Sistema �nico de Sa�de (SUS). "Fausto Silva j� foi inclu�do na fila �nica de transplantes, regida pela Secretaria de Estado da Sa�de de S�o Paulo, que leva em considera��o, para defini��o da prioriza��o, o tempo de espera, a tipagem sangu�nea e a gravidade do caso", diz um trecho do boletim m�dico. 

De acordo com o manual do paciente de transplante de cora��o feito pela Secretaria da Sa�de de S �o Paulo, para ser colocado como preferencial na lista de distribui��o de �rg�os � levado em considera��o a "gravidade do quadro cl�nico em que se encontra o paciente e segue crit�rios bem estabelecidos e predeterminados pelo Minist�rio da Sa�de."

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"A indica��o de prioriza��o � de compet�ncia m�dica, portanto, o pedido de prioriza��o � feito pela equipe respons�vel por voc�. Assim, este pedido, juntamente com documentos que comprovem a gravidade do quadro, � encaminhado para a Central de Transplantes. A validade da prioriza��o � de trinta dias podendo, entretanto, ser renovada", informa um trecho do documento. 

Ainda segundo a Secretaria, existe apenas uma fila para todo o estado de S�o Paulo, onde os pacientes s�o listados por ondem cronol�gica e por tipo sangu�neo, sendo os primeiros lugares ocupados pelos pacientes inscritos no Cadastro T�cnico h� mais tempo. 

Paulo Pego Fernandes, cirurgi�o cardiovascular e tor�cico do Hospital do Cora��o (Hcor), explica que a fila de transplantes de cora��o � estadual e o tempo de espera depende da condi��o de sa�de do paciente. Al�m disso, leva-se em considera��o tamanhos e tipos sangu�neos. "Tem tipos sangu�neos mais comuns e tamanhos de pessoas mais comuns. Por exemplo, uma pessoa muito grande ou muito pequena tem um pouco mais de dificuldade", ressalta.

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No entanto, o m�dico refor�a as quest�es de prioridade. "Se o paciente fica muito grave, ele precisa de interna��o, isso conta na prioridade. Ele pode precisar ir para a UTI, receber medicamentos, � uma prioridade um pouco maior. Ele pode precisar de um bal�o intra-a�rtico, que � um dispositivo que ajuda o cora��o, que � uma prioridade ainda mais alta. Ou pode precisar de um ECMO, que � a prioridade m�xima. Ent�o dependendo da prioridade, ele passa na frente", esclarece.

Distribui��o do cora��o

A distribui��o do cora��o � feita para pacientes inscritos no Cadastro T�cnico �nico. Para participar, � preciso estar com o cadastro no status "ativo". Os pacientes s�o selecionados automaticamente por meio de um programa de computador, onde n�o h� possibilidade de interfer�ncia por parte dos operadores. 

A Central de Transplantes � quem realiza a distribui��o do �rg�o, obedecendo os seguintes crit�rios: 

a) caracter�sticas espec�ficas do doador;

b) compatibilidade de grupo sangu�neo e de peso entre paciente e doador; e

c) crit�rios de prioriza��o do receptor, entre outros.

De acordo com dados do Minist�rio da Sa�de, 334 transplantes de cora��o foram feitos em 2021, �ltima atualiza��o dos dados. 

Faust�o j� fez campanha de doa��o de �rg�os

Durante o programa Faust�o na Band , o apresentador reservou um espa�o para conscientizar a popula��o sobre a import�ncia da doa��o de �rg�os. Na ocasi�o, em setembro de 2022, Faust�o recebeu o m�dico que, atualmente, acompanha seu caso. 

"40 mil pessoas na atualidade esperam um �rg�o. Esse n�mero � bastante importante para que todo mundo pense bastante e, principalmente, tome uma decis�o dessa import�ncia, de ser essencial. Se voc� pode, depois da morte, fazer o bem. Se voc� � saud�vel, servir de vida para uma outra pessoa, que nem te conhece, mas com certeza essa pessoa vai te agradecer pelo resto da vida e rezar por voc�", disse o artista, na �poca. 

Al�m dessa ocasi�o, Faust�o j� falou sobre o assunto outras vezes. Em 2016, ele exibiu o caso de alguns pacientes que foram beneficiados pelo transplante dos �rg�os de uma crian�a de 10 anos.