paciente recebe atendimento durante hemodiálise

F�stula: o acesso vascular � permanente e pode durar entre tr�s e cinco anos dependendo da ades�o do paciente ao tratamento e comorbidades

HE/Divulga��o


Para muitos pacientes renais cr�nicos, o uso da f�stula arteriovenosa (FAV) � a pior parte do tratamento. Mas n�o precisa ser assim. O acesso implantado no corpo possibilita a liga��o com a m�quina de hemodi�lise e pode ter uma dura��o m�dia de tr�s a cinco anos, desde que seja adotada uma rotina de autocuidados. A medida tamb�m reduz os riscos de complica��es e de infec��es pelo usu�rio. 

Coordenadora de enfermagem do bloco cir�rgico da unidade de nefrologia de Venda Nova do Hospital Evang�lico de Belo Horizonte (HE), Ana Izabel Fernandes da Silva Costa destaca que o autocuidado com a f�stula, pelo paciente, � fundamental para que o tratamento de hemodi�lise alcance os melhores resultados: "Esse acesso vascular � permanente e pode durar entre tr�s e cinco anos dependendo da ades�o do paciente ao tratamento, comorbidades, da equipe de enfermagem que cuida diretamente do indiv�duo durante as sess�es e das a��es de educa��o em sa�de feitas para orientar sobre os cuidados com a FAV".

 
Na pr�tica o dispositivo � implantado em bloco cir�rgico com anestesia local e faz a liga��o de uma veia a uma art�ria para que o sangue arterial, que tem mais press�o, circule pela veia. O processo causa a dilata��o da veia, durante um per�odo de seis semanas, prazo que consolida a forma de acesso f�sico ao tratamento em hemodi�lise.

Boas pr�ticas

Para manter a f�stula em boas condi��es de uso, o paciente deve observar alguns cuidados. Entre eles:
  • Evitar carregar peso
  • N�o dormir sobre o bra�o
  • N�o permitir a verifica��o da press�o arterial e de coleta de sangue no membro
  • N�o remover crostas formadas pelas pun��es feitas na regi�o
  • Fazer exerc�cios di�rios no membro em que foi feita a FAV
  • Proceder com a compress�o adequada para hemostasia (conjunto de mecanismos que mant�m o sangue dentro do vaso, sem coagular, nem extravasar) depois da di�lise
  • Verificar diariamente a presen�a de algum ru�do (fr�mito) no equipamento e observar altera��es no local etc.
“Geralmente, os pacientes s�o acompanhados nas sess�es. Essas pessoas tamb�m s�o orientadas a incentivar o autocuidado e a observar as condi��es da FAV. A n�o realiza��o dos cuidados pode complicar o quadro cl�nico do paciente, que necessitar� de interven��es mais complexas e at� mesmo de hospitaliza��o”, aponta Ana Izabel Fernandes da Silva Costa.

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Desde 2022, as quatro unidades de Nefrologia do HE j� disponibilizam uma cartilha pr�pria, formatada pela ger�ncia de ensino, pesquisa e inova��o em sa�de da institui��o com todas as informa��es para os pacientes que est�o iniciando o tratamento em hemodi�lise.

Para incentivar o autocuidado, colaboradores da unidade que participam do Programa de Acelera��o do Aculturamento �gil na Associa��o Beneficente Evang�lica de Minas Gerais (Colmeia AEBMG 2023) vai propor a cria��o de grupos de orienta��o espec�ficos sobre esse tema. Atualmente, s�o atendidos cerca de 3,5 mil pacientes.

A institui��o

Fundada h� 77 anos, inicialmente como ambulat�rio, o Hospital Evang�lico de Belo Horizonte engloba, al�m da unidade Serra, mais nove unidades de atendimento m�dico e de sa�de em Belo Horizonte, Contagem e Betim.

Em 2021, fez mais de 1,300 milh�o de procedimentos m�dicos pelo SUS, conv�nios e particulares, e � refer�ncia em atendimentos de Nefrologia e Oftalmologia para o SUS no Estado. Atualmente, a rede tem mais de 2,3 mil colaboradores.