demência de perda de memória e conceito de alzheimer criado com tecnologia generative AI

Esquecimento dos entes mais amados, da pr�pria hist�ria, perda das mem�rias mais felizes, das principais habilidades e decl�nio acentuado das fun��es cognitivas s�o sintomas de diferentes tipos de dem�ncias

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Ainda sem cura, a doen�a de Alzheimer vem mobilizando o sistema de sa�de, governos, organiza��es e a ci�ncia em busca de solu��es para levar novas perspectivas �s pessoas j� diagnosticadas e para aquelas com possibilidade de serem acometidas pela enfermidade. Nesse sentido, vale destacar, no Dia Mundial do Alzheimer (21/09), importantes achados da medicina que permitem, por exemplo, detectar precocemente, por meio de uma simples coleta de sangue, a propens�o do indiv�duo a ter a doen�a.

O exame de sangue � uma t�cnica mais confort�vel e menos invasiva. “Utilizamos a tecnologia ‘espectrometria de massas’, que busca um dos principais biomarcadores da doen�a: as altera��es da prote�na beta-amiloide, presente no c�rebro de pacientes com a enfermidade”, explica o patologista cl�nico  M�rcio Nunes da Silva, coordenador m�dico do S�o Marcos - Sa�de e Medicina Diagn�stica . 

Ele destaca que o exame � indicado na avalia��o de risco para a doen�a de Alzheimer (DA) em pacientes adultos com comprometimento cognitivo leve ou com dem�ncia e tamb�m no monitoramento das altera��es da beta amil�ide, ajudando a avaliar o potencial de risco de progress�o da DA.  “O exame, entretanto, n�o deve ser realizado em pacientes assintom�ticos ou utilizado como forma de triagem”, esclarece. 


Testes gen�ticos

A doen�a ainda pode ser investigada por meio de exames gen�ticos e gen�micos. “Oferecemos no laborat�rio o painel para Alzheimer precoce, em que s�o investigados, por sequenciamento, genes associados ao surgimento do Alzheimer antes dos 65 anos. Est� tamb�m dispon�vel a pesquisa de variantes no gene APOE, que � respons�vel pela produ��o da apolipoprote�na E, prote�na importante para manter a homeostase lip�dica no c�rebro e em �rg�os perif�ricos, j� associada como uma poss�vel preditora de risco para Alzheimer”, explica Fernanda Soardi, PhD em gen�tica e gen�mica, da rede de sa�de Dasa.  

Segundo ela, outra op��o � o Exoma, exame que investiga a regi�o codificante dos mais de 20.000 genes que formam um indiv�duo e que pode apresentar resultados informativos em rela��o a genes associados ao Alzheimer. 

Fernanda Soardi destaca a import�ncia dessas tecnologias, realizadas atrav�s de m�todos mais simples  e n�o invasivos. “Da amostra de sangue, por exemplo, � extra�do o DNA, que � a base para a realiza��o dos exames gen�ticos e gen�micos. Eles permitem identificar variantes em genes previamente associados com a predisposi��o ou risco para a condi��o cl�nica”, complementa. 

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De acordo com a especialista, os testes gen�ticos e gen�micos s�o indicados para pessoas que come�am a apresentar sinais e sintomas leves do Alzheimer antes dos 65 anos, ou pessoas que possuem hist�rico familiar de Alzheimer de in�cio precoce ou de dem�ncia n�o esclarecida. 

Esperan�a

Esquecimento dos entes mais amados, da pr�pria hist�ria, perda das mem�rias mais felizes, das principais habilidades e decl�nio acentuado das fun��es cognitivas s�o sintomas de diferentes tipos de dem�ncias que afetam mais de um milh�o de pessoas, predominantemente idosos, no Brasil. S�o diagnosticados no pa�s 100 mil novos casos, por ano, conforme dados do Minist�rio da Sa�de. Das dem�ncias, o Alzheimer � a de maior incid�ncia. A estimativa da organiza��o Alzheimer´s Disease International � que, at� 2050, 139 milh�es de pessoas no mundo ter�o a doen�a. 

Para Fernanda Soardi, por possibilitarem a detec��o precoce do risco do Alzheimer, esses exames surgem como uma grande esperan�a. “Quanto mais cedo descobrir se h� predisposi��o para o Alzheimer, mais cedo podem ser iniciadas mudan�as de h�bitos (quando necess�rios) e acompanhamento m�dico adequado, com terapias e tratamentos direcionados.”