Setembro amarelo: como a depress�o p�s-parto afeta a sa�de do beb�

Desde 2014, o m�s de setembro � destinado � conscientiza��o da popula��o sobre temas relacionados � sa�de mental. Na maternidade, o assunto ainda � um tabu e muitas m�es enfrentam os sintomas da depress�o p�s-parto sozinhas.

Dados da Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz) revelam que a doen�a acomete cerca de 25% das m�es brasileiras no per�odo de seis a 18 meses ap�s o nascimento do beb�, e provoca altera��es cognitivas, emocionais, f�sicas e comportamentais.

O transtorno � caracterizado por uma tristeza profunda; sofrimento; falta de vontade; labilidade do humor com momentos de grande irritabilidade; sentimento de culpa, de desesperan�a, levando a m�e � percep��o de que n�o � capaz de conferir ao seu beb� os cuidados necess�rios para a manuten��o de sua vida, sentindo-se frustrada de sua liga��o com o mesmo.

E, para al�m da mulher, os sintomas da depress�o tamb�m s�o transmitidos ao beb�. Para a psic�loga Thayssa Quaglietta, do Grupo Prontobaby, o estado emocional da m�e pode representar um potente modulador do humor do seu filho.

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"Altera��es na regula��o do sono provocadas pelas modula��es de humor da m�e, interfer�ncia no desenvolvimento comunicativo-lingu�stico, al�m de afetar a parte cognitiva do rec�m-nascido, considerando os poucos est�mulos dados nessa fase, s�o alguns dos sintomas", comenta a psic�loga, ao indicar o aleitamento materno como uma das principais dificuldades, j� que o processo contempla condi��es psicol�gicas e fisiol�gicas da m�e.

Thayssa Quaglietta sinaliza que os fatores de risco para o desenvolvimento da depress�o p�s-parto s�o diversos e podem estar atrelados a aspectos biopsicossociais. Por isso, � imprescind�vel o cuidado integral com a m�e durante toda a gesta��o, bem como no parto e ap�s o nascimento da crian�a, quando ser�o realizados levantamentos de hist�rico familiar de depress�o ou algum outro transtorno mental.

"Para isso, � indicado o acompanhamento psicol�gico e psiqui�trico da m�e e, em alguns casos, o tratamento medicamentoso, envolvendo toda a fam�lia nesse cuidado, j� que n�o afeta somente a mulher, mas todos � sua volta", complementa a especialista.

No Brasil, existem mais de 11 milh�es de m�es solo. Com este dado, � poss�vel imaginar que a aus�ncia paterna pode trazer consequ�ncias para a sa�de mental dessas mulheres, que por muitas vezes se veem sozinhas e sobrecarregadas nos cuidados com os filhos.