Diferente dos adultos, as principais causas de DRC em crian�as variam conforme a faixa et�ria
Vitolda Klein/Unsplash
A doen�a renal cr�nica (DRC) � definida pela altera��o da fun��o dos rins e das vias urin�rias por mais de tr�s meses e, embora seja mais comum em adultos, as crian�as tamb�m podem ser acometidas. Diferente dos adultos, as principais causas de DRC em crian�as variam conforme a faixa et�ria.
Nos menores de cinco anos s�o mais frequentes as malforma��es cong�nitas do trato urin�rio, enquanto em crian�as de idade escolar e adolescentes predominam a glomerulopatia, nome dado ao grupo de doen�as que acometem os glom�rulos, uma estrutura microsc�pica existente nos rins, respons�vel pela filtra��o do sangue e produ��o da urina. Al�m disso, podem acontecer sequelas de doen�as adquiridas e enfermidades de car�ter heredit�rio.
A promo��o da sa�de � um fator important�ssimo na preven��o da doen�a renal, assim como idas frequentes ao pediatra para acompanhar o desenvolvimento da crian�a, monitorar o consumo de �gua e dieta, com perfil e quantidade de nutrientes indicados para a idade. Com isso, � poss�vel identificar de maneira precoce altera��es da fun��o renal.
Alguns sinais de DRC podem ser identificados com mais facilidade como altera��es de cor, quantidade e frequ�ncia urin�ria, presen�a de espuma na urina, edema facial ou em extremidades, d�ficit de crescimento ou altera��es de press�o arterial.
“� necess�rio medir a press�o em todos os atendimentos nas crian�as acima de tr�s anos e, caso haja algum fator de risco pessoal ou familiar, medir em qualquer idade. Tamb�m � indicado aferir a fun��o renal atrav�s da dosagem da creatinina s�rica sempre que identificar situa��es de risco, solicitar sum�rio de urina e procurar sinais precoces de doen�a renal, como pequenas quantidades de prote�na na urina”, explica Gustavo Coelho Dantas, nefropediatra na DaVita Recife e coordenador de nefropediatria do Hospital Santa Joana de Recife.
Para o nefropediatra, o tratamento da doen�a renal cr�nica deve come�ar quando h� suspeita ou qualquer altera��o anat�mica, de press�o ou nos exames laboratoriais, al�m de promover bons h�bitos de sa�de, controle da press�o arterial e at� uso de medicamentos que possam evitar a progress�o da doen�a renal para uma fal�ncia da fun��o do �rg�o.
“Quando a fun��o renal fica abaixo de 30%, o tratamento conservador j� inclui medicamentos para ajudar nas fun��es hormonais e de controle hidroeletrol�tico e da acidose, que o rim passa a n�o exercer completamente,” afirma Dantas. “Quando essa fun��o residual se aproxima de 15%, � preciso lan�ar m�o dos m�todos de substitui��o renal: a di�lise peritoneal, a hemodi�lise ou, assim que poss�vel, o transplante renal”.
Assim como na fase adulta, por ser uma condi��o cr�nica, a doen�a renal infantil muitas vezes pode ser uma jornada exaustiva e dif�cil, e o suporte familiar � um aliado imprescind�vel para que a crian�a tenha qualidade de vida e consiga realizar seu tratamento da melhor maneira poss�vel.
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