An attendee wears a VR headset while playing an interactive game at the Qualcomm booth, January 10, 2019 at CES 2019 in Las Vegas, Nevada. The enormous international gadget and consumer electronics show returns to Las Vegas on January 7, 2020. / AFP / Robyn Beck
Barulhos altos podem afetar a audi��o de pessoas de qualquer idade. No entanto, um novo alerta emitido pela Academia Americana de Pediatria (AAP), aponta que a exposi��o excessiva a ru�dos na inf�ncia e na adolesc�ncia podem ter efeitos cumulativos irrevers�veis na sa�de auditiva.
De acordo com Balk, a urbaniza��o e a industrializa��o tornaram o mundo mais barulhento. Al�m disso, o uso de dispositivos eletr�nicos por crian�as cresce cada vez mais, resultando em exposi��es prolongadas ao ru�do. A Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) estima que quase 50% das pessoas com idade entre 12 e 35 anos correm o risco de perder a audi��o devido � exposi��o excessiva a sons altos.
“Muitas crian�as j� apresentam perda auditiva. Gostar�amos que m�dicos, pais, crian�as e outras pessoas aprendessem mais sobre os perigos do ru�do para que possam ajudar a prevenir e mitigar as exposi��es desses jovens”, enfatiza Balk. A lista de cuidados vai desde aten��o a locais barulhentos e uso de fones de ouvido at� o volume de brinquedos e de m�quinas de indu��o de sono.
Risco de surdez
Conforme a coordenadora do Departamento de Pediatria Ambulatorial da Sociedade de Pediatria do Distrito Federal, Andrea J�como, o ru�do pode provocar a perda auditiva por trauma ac�stico ( concentra��o de som intenso em um �nico momento) ou de forma induzida. “A perda auditiva induzida pelo ru�do ocorre quando sons acima de 85 decib�is (dB) s�o ouvidos de forma repetitiva, durante um longo per�odo de tempo. Isso acarreta em uma deteriora��o auditiva lentamente progressiva” explica a pediatra.
Por isso, J�como atenta que o uso cont�nuo de fones de ouvido de alta pot�ncia podem levar � perda de audi��o. O n�vel de intensidade do som desses dispositivos varia de 60dB a 120dB, e ru�dos acima de 80dB se enquadram como nocividade auditiva. “Pediatras, pais e educadores precisam estar alertas quando as crian�as e os adolescentes tiverem dificuldades de perceber sons agudos, como telefones e campainhas, pois as frequ�ncias altas s�o as primeiras a serem alteradas” alerta. A m�dica tamb�m orienta que, caso sejam percebidos transtornos de fala ou audi��o, � importante manter um acompanhamento com fonoaudi�logo e fazer avalia��o auditiva com um especialista em otorrinolaringologia.
De acordo com Balk, crian�as pequenas est�o mais suscet�veis aos impactos do ru�do porque t�m canais auditivos menores, o que intensifica mais o som. Al�m disso, a exposi��o constante a barulhos pode trazer outras consequ�ncias para a sa�de como maior risco de doen�as card�acas, problemas de sono, estresse psicol�gico e dificuldades de aprendizagem. “Esperamos que essa declara��o pol�tica de alerta conduza a uma maior conscientiza��o sobre os muitos efeitos do barulho. A perda auditiva induzida por ru�do � evit�vel se os pediatras, os pais e os pacientes estiverem atentos”, salienta Balk.
Proteja sua sa�de auditiva
Segundo a AAP, � poss�vel diminuir os impactos da exposi��o a ru�dos com a��es de cuidados individuais. Entre as recomenda��es listadas pela academia, est�o:
- Garantir que beb�s usem protetores de ouvido em eventos barulhentos.
- Se usar m�quinas de “ru�do branco” para ajudar no sono, deix�-las em volume baixo pelo menor tempo poss�vel e distantes do beb�.
- Na hora de comprar brinquedos, evitar os que emitem som alto.
Definir limites de volume nos dispositivos eletr�nicos. - Discutir a import�ncia de proteger a audi��o com crian�as mais velhas.
- Usar fones de ouvido com cautela.
- Fazer intervalos de escuta.
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