laço azul, símbolo do novembro azul, com desenho de um  bigode no meio do laço

O c�ncer de pr�stata representa uma das doen�as com maior impacto na sa�de dos homens depois dos 45 anos

Maicon Fonseca Zanco/Pixabay


O c�ncer de pr�stata representa uma das doen�as com maior impacto na sa�de dos homens depois dos 45 anos. J� que, em exce��o ao c�ncer de pele, � a neoplasia maligna mais diagnosticada e dessa forma apresenta elevada preval�ncia na popula��o masculina. No Brasil, segundo dados do Instituto Nacional do C�ncer (Inca); a estimativa anual de casos em 2023 ser� de cerca de 71 mil novos casos.

Quando se fala no n�mero de mortes relacionadas ao c�ncer de pr�stata, os n�meros mais recentes mostram que em 2020, no Brasil, cerca de 15.800 homens morreram devido essa doen�a. O principal fator de risco para o c�ncer de pr�stata � a idade, com o risco aumentando � medida que os homens envelhecem. Al�m disso, a hereditariedade desempenha um papel significativo, especialmente em fam�lias que apresentam altera��es no gene BRCA, associado tamb�m ao c�ncer de mama.

Conforme Andr� Lopes Salazar, urologista e professor da Faculdade Ci�ncias M�dicas de Minas Gerais (FCMMG), o rastreamento sistem�tico do c�ncer de pr�stata na popula��o masculina � a estrat�gia mais eficaz para o tratamento. Ele destaca a import�ncia de consultas peri�dicas com um urologista a partir dos 45 anos para todos os homens.

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Exames e estrat�gias para rastrear o c�ncer de pr�stata

Atualmente, existem diversos exames e estrat�gias para rastrear e detectar precocemente a doen�a. O toque retal e o exame sangu�neo para medir o  pProstate specific antigen (PSA) s�o parte dessas ferramentas. O aumento do PSA no sangue sugere altera��es na pr�stata, incluindo o c�ncer.

André Lopes Salazar, urologista e professor da FCMMG

Andr� Lopes Salazar, urologista e professor da FCMMG, alerta que rastreamento sistem�tico do c�ncer de pr�stata na popula��o masculina � a estrat�gia mais eficaz para o tratamento

Arquivo Pessoal
Andr� Lopes Salazar tamb�m menciona o papel das t�cnicas de imagem, como a Resson�ncia Magn�tica Multi Param�trica (RNM-MP), que se tornaram fundamentais para detectar tumores em pr�statas com altera��es nos exames de toque e PSA: “quando h� suspeita de altera��es, o urologista pode solicitar uma bi�psia da pr�stata, geralmente auxiliada por ultrassom. Com base nos resultados da bi�psia, o m�dico pode confirmar ou descartar a presen�a de c�ncer na pr�stata.

Salazar explica que a escolha do tratamento depende de v�rias vari�veis, incluindo os resultados da bi�psia, PSA e exame de toque. Se detectado precocemente, as taxas de cura para o c�ncer de pr�stata s�o superiores a 90%. O rastreamento do c�ncer de pr�stata � justificado pela alta preval�ncia na popula��o masculina, pela possibilidade de detec��o precoce e pelos excelentes resultados dos tratamentos. Atualmente, o tratamento se modernizou em diversas frentes, incluindo cirurgia, radioterapia e tratamento baseado na observa��o do tumor. A cirurgia, com o aux�lio rob�tico, oferece um refinamento na t�cnica cir�rgica. A radioterapia agora utiliza t�cnicas de localiza��o do tumor para fornecer radia��o direcionada � pr�stata, reduzindo os efeitos colaterais.

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O urologista destaca que a observa��o ativa � uma op��o para tumores iniciais e de baixo risco, permitindo que os pacientes adiem o tratamento ativo e evitem efeitos colaterais indesejados: “Esta modalidade de tratamento se destina a tumores iniciais e de baixo risco que foram detectados no rastreamento. Caso o paciente se encaixe nesta categoria, e concorde com a indica��o, ele ser� colocado em um protocolo de observa��o com consultas e exames peri�dicos que permitem manter o tumor sem necessidade de cirurgia ou radioterapia. Ficando sempre claro que a possibilidade de tratamento ativo pode ocorrer em qualquer momento da observa��o”.

Diante de todos os dados descritos anteriormente, nunca foi t�o importante falar sobre o c�ncer de pr�stata. Sabemos que � uma doen�a frequente nos homens depois dos 45-50 anos e pass�vel de um tratamento eficaz que cada vez mais tem menos impacto de efeitos colaterais.