
Em cl�ssico que come�ou com 32 minutos de atraso devido � chuva, Am�rica e Cruzeiro n�o sa�ram do 0 a 0, ontem, no Independ�ncia. O maior beneficiado com isso foi o Atl�tico, que na v�spera havia assumido a lideran�a do Campeonato Mineiro ao bater o Tupi por 2 a 0, tamb�m no Horto, e agora tem um ponto de vantagem sobre os rivais, dependendo apenas de si para terminar a primeira fase com a melhor campanha.
Resta, ent�o, a Coelho e Raposa vencer todos os jogos para tentar desbancar o Galo. Os americanos t�m ainda confronto direto com os atleticanos, em 17 de mar�o, enquanto os cruzeirenses v�o terminar a primeira fase do Estadual com dois empates em cl�ssicos.
Apesar do resultado n�o ter sido bom para nenhum dos dois, os times sa�ram satisfeitos do Independ�ncia. “A gente vem de um jogo dif�cil na Copa do Brasil (empate sem gols com o S�o Raimundo-RR), viagem longa (a Boa Vista, Roraima). Mas fizemos bom jogo e at� poder�amos ter um resultado melhor. Como o Cruzeiro tamb�m teve chances, foi justo”, disse o volante americano Z� Ricardo. “A gente fez um bom jogo, trabalhamos a bola de lado, mas sem penetrar. � continuar trabalhando para voltar a conquistar tr�s pontos”, afirmou o zagueiro cruzeirense Leo.
O gramado encharcado, principalmente no come�o da partida, prejudicou o espet�culo. Matheusinho, do Am�rica, foi o primeiro a sentir os efeitos do campo pesado, com a bola parando ao tentar acionar Neto Berola na ponta direita logo no primeiro minuto. Pouco depois foi o pr�prio Neto Berola quem n�o conseguiu executar passe com precis�o dentro da �rea.
Para n�o correr riscos, as defesas n�o se intimidaram em dar chut�es em vez de tentar sair jogando. Isso fez o jogo ficar bem feio e com poucas emo��es no come�o. A primeira foi s� aos 15min, em chute de fora da �rea do cruzeirense Marquinhos Gabriel, que desviou na defesa americana e assustou Fernando Leal. Tr�s minutos depois foi a vez de Rodriguinho tentar de fora, mandando por cima.
Com a drenagem eficiente, o gramado passou a oferecer cada vez melhor condi��o de jogo. E as equipes passaram a tocar mais a bola e a tentar criar jogadas rasteiras. Mas foi tamb�m em chute de fora da �rea que Z� Ricardo fez a primeira finaliza��o para o Coelho, exigindo boa defesa de F�bio, aos 21min.
DUELO MORNO Logo com 1min da etapa final, Raniel completou escanteio da esquerda e mandou rente � trave. Mas, depois disso, pouca coisa de importante aconteceu em campo. Emo��o mesmo s� aos 35min, quando Sass� foi lan�ado na �rea e Fernando Leal tirou a bola dos p�s do atacante. J� o Am�rica amea�ou em chute da entrada da �rea de Felipe Azevedo, desviado por F�bio.
FICHA T�CNICA
Am�rica 0 x 0 Cruzeiro
Am�rica: Fernando Leal; Leandro Silva, Diego Jussani, Paul�o e Jo�o Paulo; Z� Ricardo, Juninho e Matheusinho (Fran�a 38 do 2º); Neto Berola (Felipe Azevedo, intervalo), J�nior Viosa (Jonatas Belusso 38 do 2º) e Marcelo Toscano
T�cnico: Givanildo Oliveira
Cruzeiro: F�bio; Ed�lson, Ded�, Leo e Eg�dio; Henrique, Lucas Silva (Ariel Cabral 19 do 2º), Robinho, Rodriguinho e Marquinhos Gabriel (Rafinha 19 do 2º); Raniel (Sass� 25 do 2º)
T�cnico: Mano Menezes
S�tima rodada do Campeonato Mineiro
Est�dio: Independ�ncia
�rbitro: Ronei C�ndico Alves
Assistentes: Magno Arantes Lira e Marcyano da Silva Vicente
Cart�o amarelo: Diego Jussani*, Raniel, Z� Ricardo, J�nior Vi�osa*, Rafinha, Ariel Cabral, Juninho, Eg�dio, Jonatas Belusso e Ded�
Pagantes: 6.620
Renda: R$ 76.563
Pr�ximos jogos do Am�rica: Boa (F), Tupynamb�s (C) e Atl�tico (F)
Pr�ximos jogos do Cruzeiro: URT (F), Tombense (C) e Tupi (F)
* Suspensos
Justo para ambos os lados
N�o foi apenas em campo que o cl�ssico entre Am�rica e Cruzeiro foi igual. Fora dele, os t�cnicos tamb�m tiveram opini�es id�nticas ao considerar que o 0 a 0 foi justo e que o gramado encharcado n�o foi determinante para o resultado.
“Achei que tinha de ser empate mesmo, o 0 a 0 representou o que foi o jogo. No primeiro tempo, eles agrediram mais, mas terminou sendo para empate mesmo. Claro que a gente sempre pensa na vit�ria, que nos daria o primeiro lugar, mas faz parte do jogo. Encontramos um time bem armado, bem postado, e isso nos dificultou”, argumentou Givanildo Oliveira, treinador do Am�rica, que viu o gramado em condi��es de jogo. “A chuva n�o fez a gente mudar o estilo de atuar. O �rbitro atrasou o in�cio e quando come�ou j� n�o havia mais po�a d’�gua. O jogo fluiu bem, a bola n�o parou. Deu para fazer uma boa partida.”
J� o cruzeirense Mano Menezes lamentou algumas decis�es erradas de seus comandados. “O placar foi justo. Fizemos um primeiro tempo um pouco melhor, mas tivemos bastante dificuldade no segundo, aceitamos a marca��o, n�o conseguimos contruir as jogadas. Em contrapartida, proporcionamos quase nada ao Am�rica”, disse o treinador da Raposa, que v� lado positivo no resultado: “Foi um cl�ssico mesmo, poucas chances. E n�o acho que tenha sido em fun��o da chuva, talvez o tempo da bola tenha dificultado um pouco. Mas esbarramos em problemas nossos, tomadas de decis�o equivocadas. S�o jogos que servem para a gente ir balizando as coisas, entendo o que temos de melhorar. Se n�o vencemos nenhum dos dois cl�ssicos, temos de melhorar”.
TEMPO LIVRE Tanto Givanildo quanto Mano ter�o a semana inteira para trabalhar. No caso do Am�rica, servir� tamb�m para recuperar atletas depois de viagem desgastante a Boa Vista (RR), onde a equipe enfrentou o S�o Raimundo, pela primeira fase da Copa do Brasil. J� para o Cruzeiro ser� a terceira semana seguida livre e a inten��o � entrosar melhor o time.
“Estamos vindo de uma sequ�ncia pesada, viajamos de madrugada e os jogadores n�o conseguiram dormir bem. Ent�o, houve preju�zo para n�s”, afirma Givanildo. “A exig�ncia do cl�ssico foi muito positiva para o Cruzeiro, s� temos ensinamentos a tirar”, ponderou Mano.
