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Estado de Minas RETROSPECTIVA 2020

O esporte em 2020: um ano em que poucos se salvaram

Mundo esportivo se viu abalado pela pandemia de COVID-19, com mudan�as em formatos e adiamentos de competi��es


31/12/2020 04:00 - atualizado 31/12/2020 01:29

Novo coronavírus fez com que Jogos Olímpicos de Tóquio passassem para julho de 2021(foto: Charly TRIBALLEAU/AFP)
Novo coronav�rus fez com que Jogos Ol�mpicos de T�quio passassem para julho de 2021 (foto: Charly TRIBALLEAU/AFP)

O ano de 2020 foi desafios e incertezas no mundo por causa da pandemia de COVID-19. Para o esporte, a temporada era ansiosamente aguardada por v�rios eventos e competi��es de grande import�ncia, mas o risco de contamina��o levou autoridades a repensarem o calend�rio em nome da sa�de de atletas e torcedores. O adiamento mais emblem�tico foi o dos Jogos Ol�mpicos de T�quio, reagendados para 2021.

Independentemente da modalidade, 2020 ficou marcado por r�gidos protocolos de seguran�a nas disputas, est�dios sem p�blico e competi��es reorganizadas.

Apesar do cen�rio obscuro, estrelas ainda brilharam, como o piloto Lewis Hamilton, heptacampe�o de F�rmula 1, e o polon�s Levandowski, eleito melhor jogador do mundo da Fifa ap�s ajudar o Bayern de Munique a ser campe�o europeu pela sexta vez. A temporada ser� lembrada ainda pelas dolorosas despedidas de g�nios, como Diego Maradona e Kobe Bryant, e dos campe�es mundiais de futebol Paolo Rossi e Jack Charlton.


Adeus a �dolos no futebol e no basquete

Al�m do drama mundial pela expans�o da COVID-19, o mundo do esporte ficou abalado com a partida de �dolos que encantaram diferentes gera��es.

Logo em janeiro, antes do in�cio da pandemia, o planeta ficou perplexo com a morte tr�gica do ala-armador Kobe Bryant, de 41 anos, do Los Angeles Lakers, ap�s queda de helic�ptero em Calabasas, no Sul da Calif�rnia. A filha Gianna, de 13 anos, tamb�m estava no voo, que n�o teve sobreviventes.

Velório de Maradona levou mais de 1 milhão de pessoas à Casa Rosada(foto: Presidência da Argentina/AFP)
Vel�rio de Maradona levou mais de 1 milh�o de pessoas � Casa Rosada (foto: Presid�ncia da Argentina/AFP)
No futebol, nenhum adeus causou tanta como��o quanto o de Diego Maradona, que sofreu uma parada cardiorrespirat�ria em 25 de novembro.

Campe�o mundial com a Argentina em 1986 e um dos maiores �dolos da hist�ria do esporte, o craque, de 60 anos, havia passado por cirurgia no c�rebro e se recuperava em casa, em Tigre, na Regi�o Metropolitana de Buenos Aires. Mais de 1 milh�o de pessoas compareceram ao vel�rio, na Casa Rosada.

Pouco depois, outro campe�o mundial se despediu ap�s luta contra um c�ncer no pulm�o. Carrasco do Brasil na Copa do Mundo de 1982, o atacante Paolo Rossi morreu aos 64 anos, no dia 9 deste m�s. Ele levou a It�lia ao t�tulo h� 38 anos, com seis gols nas tr�s �ltimas partidas.

A Inglaterra tamb�m esteve em luto com a morte do ex-zagueiro e ex-treinador Jack Charlton (irm�o do astro Bobby Charlton), campe�o mundial em 1966. Aos 85 anos, ele lutava contra um linfoma.

No Brasil, Valdir Espinosa, treinador e ex-lateral-direito, morreu em fevereiro, aos 72 anos, depois de complica��es de uma cirurgia no abd�men. Ele levou o Gr�mio ao t�tulo mundial de clubes em 1981, no Jap�o. Em Minas, Ronaldo Drummond, campe�o brasileiro com o Atl�tico em 1971 e da Libertadores com o Cruzeiro em 1976, morreu aos 73, com quadro de hemorragia g�strica.

O jornalismo esportivo perdeu Rodrigo Rodrigues, apresentador e m�sico, em julho, v�tima de trombose venosa cerebral aos 45 anos decorrente da COVID-19. E o experiente Fernando Vanucci, mineiro de Uberaba, faleceu aos 69 anos, em novembro, por causa de complica��es de um infarto.


Campe�o dentro e fora das pistas

Campeão da Fórmula 1 pela sétima vez, Hamilton se destacou também pelo ativismo(foto: JOSE SENA GOULAO/AFP)
Campe�o da F�rmula 1 pela s�tima vez, Hamilton se destacou tamb�m pelo ativismo (foto: JOSE SENA GOULAO/AFP)
O ano de 2020 testemunhou a consagra��o de Lewis Hamilton como o maior piloto de todos os tempos da F�rmula 1 e um dos destaques esportivos no mundo.

Em toda a temporada, o brit�nico de 35 anos estabeleceu diversas marcas e recordes que ficaram na hist�ria. Al�m do s�timo t�tulo mundial, igualando-se ao alem�o Michael Schumacher, ele chegou ao maior n�mero de vit�rias da modalidade (94), maior n�mero de pontos (3.713), de pole positions (97), p�dios (162) e pontos numa mesma temporada (413).

Hamilton, por�m, foi mais que um �dolo do esporte. Ele se usou sua imagem como ativista de importantes causas sociais, em busca de igualdade, justi�a, fraternidade e prote��o ambiental. Participou intensamente das lutas antirracistas pelo mundo no movimento “Vidas Pretas Importam”, ap�s a morte do afro-americano George Floyd por policiais brancos, em maio, nos Estados Unidos. Ap�s todas as suas vit�rias, fez protestos pol�ticos no alto do p�dio, mostrando camisas e m�scaras com mensagens contra o racismo.

O piloto brit�nico foi uma das milh�es de pessoas no planeta infectadas pelo novo coronav�rus. Por isso, n�o participou do GP de Sahkir, no Bahrein, pen�ltima etapa da temporada. Ele se recuperou a tempo de disputar o GP de Abu Dhabi, no encerramento do campeonato, terminando em terceiro na prova.


Olimp�ada, s� em 2021


A COVID-19 tamb�m afetou o principal evento do calend�rio esportivo de 2020: autoridades do Jap�o e do Comit� Ol�mpico Internacional (COI) relutaram o m�ximo que puderam, mas tiveram de passar os Jogos Ol�mpicos e Paral�mpicos de T�quio para 23 de julho de 2021. A press�o dos atletas – que n�o queriam se expor em meio ao crescimento da doen�a – e as incertezas quanto � presen�a de p�blico interferiram na decis�o.

O adiamento implicou em novos gastos para o governo japon�s: o custo total para manter as arenas, contratar novos seguran�as e m�o de obra seria em torno de R$ 10 bilh�es. Tamb�m entram na conta os procedimentos de seguran�a contra a infec��o pelo novo coronav�rus, como a compra de equipamentos, m�scaras e �lcool em gel. O custo total da Olimp�ada e da Paraolimp�ada ser� de R$ 70 bilh�es.

Outras competi��es tiveram de mudar de data. O tradicional torneio de Roland Garros foi reagendado para setembro e outubro, com p�blico restrito nas quadras da Fran�a. No masculino (simples), o espanhol Rafael Nadal levou a melhor sobre Novac Djokovic e sagrou-se campe�o pela 12ª vez. No feminino, a melhor foi a polonesa Iga Swiatek, que venceu a norte-americana Sofia Kenin. Nas duplas, o mineiro Bruno Soares perdeu a final, ao lado do croata Mate Pavic.

Neymar não conseguiu título europeu, nem ser o melhor do mundo(foto: FRANCK FIFE/AFP)
Neymar n�o conseguiu t�tulo europeu, nem ser o melhor do mundo (foto: FRANCK FIFE/AFP)

Neymar superado e Messi em queda

Com planos de levar o Paris Saint-Germain ao t�tulo da Liga dos Campe�es e de ser o melhor jogador do mundo, o atacante Neymar novamente fracassou.

Embora tenha se livrado das les�es e mostrado bom futebol na caminhada � decis�o da principal competi��o de clubes do mundo, o camisa 10 viu o PSG perder a ta�a para o Bayern – Portugal sediou todos os jogos a partir das quartas de final, por causa da COVID-19. 

Neymar tamb�m ficou de fora da final da premia��o de melhor do mundo da Fifa: o vencedor foi o polon�s Robert Lewandowski, artilheiro da Liga dos Campe�es, com 15 gols, que levou o pr�mio pela primeira vez ao superar Messi e Cristiano Ronaldo. Pela Sele��o Brasileira, Neymar foi destaque na vit�ria sobre o Peru por 4 a 2, em Lima, pelas Eliminat�rias, marcando tr�s gols.

Messi, por sua vez, teve um ano conturbado e pela primeira vez admitiu a possibilidade de deixar o Barcelona. A gota d’�gua foi a goleada sofrida pelo time catal�o por 8 a 2 para o Bayern, que exp�s a grave crise vivida pelo clube. Com v�nculo at� o meio de 2021, h� quem diga que o astro j� vai assinar pr�-contrato em janeiro com outra equipe, para tentar reviver os bons momentos no futebol.


Brasileiro adiado e sem p�blico

Pela primeira vez na hist�ria, o Campeonato Brasileiro teve todos os seus jogos disputados em est�dios totalmente vazios. Prevista para come�ar em abril, a competi��o deu o pontap� inicial s� em agosto e ter� fim apenas em fevereiro – a Copa Libertadores e a Copa do Brasil seguiram o mesmo caminho. Apesar dos protocolos de seguran�a, v�rias equipes sofreram com os surtos de COVID-19, como Atl�tico, Flamengo, Palmeiras, Fluminense e Goi�s, que perderam atletas e amargaram preju�zos t�cnicos durante a campanha.

Dos torneios, somente os estaduais foram finalizados a tempo. Em Minas, o Atl�tico foi o �nico a comemorar um t�tulo em 2020, do Mineiro, o primeiro sob o comando do badalado t�cnico Jorge Sampaoli. J� o Cruzeiro viveu o ano mais dif�cil de sua hist�ria. Al�m de ficar fora das semifinais do Estadual, atravessa um calv�rio na S�rie B e ainda amargou grave crise financeira. J� o Am�rica comemorou uma temporada em que fez hist�rica campanha na Copa do Brasil e participa��o de destaque na Segunda Divis�o Nacional.

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