Ainda com o futuro indefinido no clube, Ch�vare avaliou as mudan�as profundas comandadas por ele nas divis�es de base do Atl�tico. Desde que chegou ao Galo, o coordenador tra�ou uma estrat�gia de capta��o mais agressiva, com atletas em processo mais avan�ado de forma��o.
Em entrevista ao Superesportes, Ch�vare relembrou toda a trajet�ria na base do Galo para que o time alcan�asse resultados expressivos. De acordo com o coordenador, o m�todo adotado por ele no clube possibilitou a forma��o de um time vencedor e capaz de auxiliar a equipe principal.
“Mais do que falar quem eu trouxe e quem eu n�o trouxe, � falar do m�todo para a montagem disso tudo. No ano passado, come�amos a fazer a remodelagem das categorias e fizemos alguns investimentos pontuais para o sub-20. Um dado importante � que tivemos apenas cerca de 15% da capta��o em jogadores de 18 a 20 anos. Os demais s�o jogadores mais novos. O maior coeficiente de capta��o que a gente teve no ano passado foi de jogadores de 16 anos para baixo, algo em torno de 75%. A gente fez uma remodelagem desde o sub-14 at� o sub-20. No sub-20, a gente buscou posi��es que a gente necessitava de um pouco mais de peso, consist�ncia. ”, disse o dirigente.
Para o coordenador, o planejamento feito pelo Atl�tico possibilitou que as equipes de base n�o sofressem com as constantes solicita��es de Jorge Sampaoli no time profissional.
“Planejamos o ano de 2020, antes da pandemia, com dois times competitivos. Um time para jogar o Campeonato Brasileiro e outro time, mais jovem, para competir no Mineiro. Nossa ideia era jogar o Mineiro com os atletas de 18 anos na equipe sub-20 e os atletas de 16 anos na equipe sub-17. Desta forma, os times principais ficaram para as competi��es de maior peso”, afirmou, completando.
“Isso aconteceu de uma certa forma, em fun��o do modelo de jogo do Jorge Sampaoli. Temos 15 atletas do sub-20 e outros dez do sub-17 que ficaram dispon�veis � equipe principal. A �nica coisa que pedimos foi para fazer um rod�zio, e o Sampaoli foi muito sol�cito. Desta forma, girou todo o elenco da base. Todos que est�o l� s�o jogadores de alta relev�ncia que poderiam contribuir muito”.
Capta��o agressiva
Ch�vare j� havia feito o mesmo processo nas divis�es de base de outros clubes. No Atl�tico, buscou jogadores em todos os cantos do pa�s e montou uma equipe forte. O processo de contrata��o � id�ntico para todos os atletas: empr�stimo gratuito com op��o de compra de um grande percentual do atleta por um valor baixo.
Um dos exemplos de sucesso foi o do jovem Calebe, que faz parte do grupo principal comandado por Sampaoli. Ele pertence ao S�o Paulo e deve ser comprado pelo alvinegro ao fim do v�nculo por empr�stimo.
Sem contratos longos, Ch�vare consegue fazer uma avalia��o minuciosa de cada atleta e decidir se ele tem condi��o de permanecer e ser um bom ativo para o clube. E, de acordo com o dirigente, o clube consegue mapear todos os times das tr�s principais divis�es do futebol brasileiro.
“A� a gente volta naquela grande remodela��o que aconteceu. A capta��o do Atl�tico voltou a ser agressiva, ela conseguiu mapear todos os estados do Brasil. Posso garantir que o Atl�tico sabe quem quer em cada um dos 20 clubes da s�ries A, B e C”, concluiu.
Apesar do trabalho feito no clube, J�nior Ch�vare n�o tem a perman�ncia definida no Atl�tico. Nos bastidores, se fala em mudan�a no comando da base. No entanto, o dirigente ainda n�o conversou com o presidente S�rgio Coelho e a situa��o segue indefinida.