Atl�tico nunca foi eliminado pelo Fluminense em torneios mata-mata

H� 21 anos, duas das mais tradicionais equipes do futebol brasileiro n�o se enfrentam na Copa do Brasil. A espera ter� fim nesta quinta-feira, quando Fluminense e Atl�tico duelar�o no Est�dio Nilton Santos, a partir das 21h30, pela partida de ida das quartas de final da competi��o. Na teoria, o favoritismo � do time alvinegro, com investimento muito maior que o advers�rio. E, se o hist�rico for levado em conta, a suposta vantagem atleticana aumenta: o Galo nunca foi eliminado pelo Tricolor em torneios mata-mata.

Atl�tico e Fluminense se encontraram em competi��es eliminat�rias em tr�s oportunidades (sempre com partidas de ida e volta): uma pela Copa do Brasil e duas pela extinta Copa Conmebol. Em tese, o equil�brio reina: foram duas vit�rias para cada lado e dois empates, com 13 gols marcados pelo time alvinegro e dez pelos tricolores. Na pr�tica, o Galo avan�ou todas as vezes.

Os confrontos de 2000 - tamb�m v�lidos pelas quartas de final - foram os �nicos entre as equipes na hist�ria da Copa do Brasil. Diante de 16 mil pessoas no Maracan� no jogo de ida, o Atl�tico abriu 2 a 0, permitiu o empate, passou � frente novamente e viu o Flu buscar o 3 a 3.

O duelo decisivo foi na semana seguinte, no Mineir�o. Antes, por�m, o Atl�tico teve um compromisso, no m�nimo, inusitado: um amistoso contra a Sele��o Jamaicana no Gigante da Pampulha. A partida terminou com triunfo alvinegro por 2 a 1 e duas expuls�es (uma para cada lado): Mancini, da equipe mandante, e Walter Boyd, dos visitantes.

Depois de tr�s dias, o Atl�tico voltou a campo para, a� sim, decidir a vaga nas semifinais do torneio mata-mata diante de 25 mil pagantes. O time do t�cnico M�rcio Ara�jo contou com gols de Ramon Menezes (de falta) e Guilherme para se classificar com o empate por 2 a 2 - o n�mero de gols marcados fora de casa ainda era crit�rio de desempate � �poca. Magno Alves e J�lio C�sar marcaram para o Flu.

O Atl�tico seria eliminado na etapa seguinte da competi��o para o S�o Paulo, ap�s derrota por 3 a 0 e empate por 3 a 3. O t�tulo acabou com o Cruzeiro. Desta vez, se avan�ar, o Galo pode voltar a encarar os paulistas, que enfrentam o Fortaleza nas quartas de final.

O Atl�tico passou pelo Fluminense na caminhada rumo ao primeiro t�tulo continental: a Copa Conmebol de 1992. Mandante, o time carioca decidiu jogar a partida de ida das oitavas de final em... Minas Gerais. Isso mesmo. No Est�dio M�rio Hel�nio, em Juiz de Fora, na Zona da Mata Mineira, o Tricolor fez 2 a 1 e abriu vantagem no confronto.

Apenas tr�s dias depois, o jogo de volta. No Mineir�o com somente 6 mil pagantes, o Atl�tico atropelou o Fluminense, goleou por 5 a 1 - com direito a um gola�o de falta de Moacir - e avan�ou �s quartas de final. A partida marcou a despedida do t�cnico Vantuir Galdino, que foi para o futebol �rabe. Proc�pio Cardoso fez o caminho inverso e assumiu o time para lev�-lo ao t�tulo in�dito. Na trajet�ria at� a ta�a, o Galo ainda eliminaria Junior, El Nacional e Olimpia.

Em agosto do ano seguinte, Atl�tico e Flu se reencontraram novamente nas oitavas de final do torneio continental. Desta vez, a partida de ida foi com mando alvinegro. No Mineir�o, a vit�ria por 2 a 0 (gols de Wiver) parecia encaminhar uma classifica��o tranquila.

Por�m, o time tricolor devolveu o placar no Est�dio das Laranjeiras e levou a decis�o para os p�naltis. Nas penalidades, melhor para o Galo: 4 a 2 e vaga nas quartas de final garantida. A trajet�ria atleticana na competi��o terminaria com elimina��o para o Botafogo na semifinal. O time carioca foi o campe�o do torneio ao bater o tradicional Pe�arol na final.

Nenhum personagem dos confrontos de 21 anos atr�s, obviamente, segue nas equipes. O Atl�tico vive um momento promissor: l�der do Campeonato Brasileiro, semifinalista da Libertadores e nas quartas da Copa do Brasil.

J� o Fluminense, eliminado no torneio continental, segue vivo nas outras duas frentes. A fase, por�m, n�o � das melhores. O time tricolor est� � beira da zona de rebaixamento na S�rie A e demitiu o t�cnico Roger (substitu�do por Marc�o).

Fluminense e Atl�tico se enfrentaram nessa segunda-feira, pela 17ª rodada do Brasileir�o. Em S�o Janu�rio, os cariocas sa�ram na frente, mas viram o advers�rio empatar o jogo. O 1 a 1 poderia parecer uma pr�via da partida desta quinta. Por�m, o t�cnico Cuca cr� que as diferen�as entre as competi��es podem mudar o cen�rio do duelo.

"Vamos ver. Na quinta-feira, � outro jogo, outra competi��o, outros crit�rios, ainda que a Copa do Brasil n�o tenha mais o gol qualificado. Vamos pensar bem tudo o que a gente pode fazer, j� sabendo que vamos ter dificuldade na quinta-feira, porque � um advers�rio que marca bem, atr�s, e busca o contragolpe. Tem jogadores r�pidos pelos lados do campo para buscar essa bola em profundidade", projetou o treinador.

Apesar do desgaste decorrente da disputa de tr�s competi��es simult�neas, Cuca garantiu que n�o priorizar� torneio algum. A expectativa � que o comandante mantenha a base do time titular que iniciou a partida dessa segunda, contra o Flu. E, se precisar, ter� boas alternativas � disposi��o. � nisso que aposta o atacante Eduardo Sasha, que saiu do banco para empatar o jogo do Brasileiro.

"Um time ganha um jogo ou outro, mas o elenco ganha campeonato. A gente est� na frente em praticamente todos os campeonatos. Isso mostra a for�a do elenco. Quando precisou mesclar o time que era considerado titular, quem entrou deu conta do recado. Quem n�o saiu jogando, entrou e ajudou de alguma forma", avaliou.